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domingo, 3 de novembro de 2013




Eterna Busca.
J. Norinaldo

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O que tanto busco pode estar num galho seco, ou num caminho onde ninguém mais quer passar, e eu não encontro porque procuro em avenidas, em frondosas árvores num jardim ou num pomar. Quem sabe um dia encontre a felicidade, não na cidade, numa cabana a beira mar, uma canoa com o nome de vaidade, sem pintura e só um remo pra remar; passar o tempo ouvindo a canção do vento, acompanhado pelo batuque do mar, sempre a sonhar sem revelar nenhum segredo, como o amor entre a onda e o rochedo, que em cada beijo faz a terra balançar. O que tanto busco talvez esteja nos teus olhos, nessa maneira de sorrir e de me olhar, bem diferente da onda com o rochedo, meu amor morro de medo do meu amor declarar. Tento entender a canção que canta o vento, em um momento ele diz pra me calar, ficar atento prestando atenção na brisa, mas não me avisa o que ela vai falar. Tenho certeza de sucumbir após um não, meu coração não poderia resistir, prefiro então viver a dúvida e a certeza  desse não, me destruir.

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