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sábado, 30 de novembro de 2013



Porta Fechada.
J. Norinaldo.


Não importa se a porta é resistente, me importo por quem chora no batente, se de fome de frio ou de tristeza, por que um filho não fez a gentileza sequer de a porta lhe abrir; eu só quero saber, se sente fome, frio tristeza ou muita dor, por ter dedicado tanto amor a quem sequer lembra seu nome. Apenas imagino seu desgosto, já que não consigo ver seu rosto, pálido como de uma morta, sentada no batente dessa porta daquele que em seu ventre carregou, por quem até se esqueceu de viver, o mesmo que agora mando seu mordomo lhe dizer, que vá embora que não a pode receber.  Isto é apenas um poema, uma velha uma porta e o batente como tema, assim como a fome e o frio, a ingratidão de um filho com um coração vazio; mas será que na verdade, em se tratando de realidade, algo assim nunca existiu?

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