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domingo, 12 de janeiro de 2014



A Loucura do Final.
J. Norinaldo.



Quando a beleza for saudade, que o mal que faz tremer faz esquecer, hás de bem dizer o mal por te trazer felicidade, a felicidade da loucura que brinca com a dor e com a sorte, desmoraliza a própria morte, sorrindo dela enquanto treme, mostrando claramente que não a teme, a temia quando sentia saudade. Quando tudo for turvo na visão, como era na Caverna de Platão, quando o espelho te negar teu próprio tu e o vento te negar uma nuança, talvez num gesto de ternura, dirás que abençoada é a loucura por não ter te deixado uma lembrança.Quando avistares o fim da estrada, sem conhecer a premissa do destino, um menino muito mal com quem brincastes, com quem trocastes momentos de felicidade, na verdade pelo brilho de alguns trastes; Ai, já não adianta olhar para trás pois não verás nem beleza nem fartura, com a visão turva quase escura, poderás ver o que te mostra a loucura que não temes, e lembra o que é enquanto tremes.

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