A Loucura do Final.
J. Norinaldo.
Quando a beleza for saudade, que
o mal que faz tremer faz esquecer, hás de bem dizer o mal por te trazer
felicidade, a felicidade da loucura que brinca com a dor e com a sorte,
desmoraliza a própria morte, sorrindo dela enquanto treme, mostrando claramente
que não a teme, a temia quando sentia saudade. Quando tudo for turvo na visão,
como era na Caverna de Platão, quando o espelho te negar teu próprio tu e o
vento te negar uma nuança, talvez num gesto de ternura, dirás que abençoada é a
loucura por não ter te deixado uma lembrança.Quando avistares o fim da estrada,
sem conhecer a premissa do destino, um menino muito mal com quem brincastes,
com quem trocastes momentos de felicidade, na verdade pelo brilho de alguns
trastes; Ai, já não adianta olhar para trás pois não verás nem beleza nem
fartura, com a visão turva quase escura, poderás ver o que te mostra a loucura
que não temes, e lembra o que é enquanto tremes.
Sem comentários:
Enviar um comentário