Tapete de Esperança.
J. Norinaldo.
Com os pés descalços caminhei
sobre o mais belo tapete natural, sem desenhos sem cordas de sisal, não o vermelho como o vermelho da glória, mas
o verde da esperança que se implora de olho no vermelho mais a frente; a cor da
esperança é diferente e vem da terra, não é como o sangue da batalha, ou como o
fogo que espalha o tapete no teatro da guerra. Senti o macio que é prova, no
tapete que na natureza se renova a cada chuva que vem saciar a sede, e eu
pergunto meu Deus o que fizeste, pois tem gente lá no meu nordeste, que passa
anos sem ver este tapete verde. O que será que quis dizer a história, com o
vermelho significando glória; a glória da guerra e da vingança, o meu tapete é
de esperança, e o meu sonho desde o tempo de criança, é que o verde um dia
cubra a terra. Com os pés descalços e a alma nua, livre como os raios da lua
nas crinas do vento sou ginete, esqueço o vermelho da glória e seu topete, e
sigo caminhando descalço em meu tapete, da esperança que será sempre verde.