O Castelo e o Encanto.
J. Norinaldo.
Por mais simples o castelo nunca
é simples morada terá sempre seu encanto, lá no alto três janelas como uma cara
de espanto, olhando assim sem ver nada. Por trás dos muros existem o que o
olhar não desvenda, dores, amores contendas, que muros jamais separa, e quem
com calma repara nas pedras enfileiradas, verá que realmente parecem uma coluna
de nadas. Cada castelo uma história e cada história um brasão, em cada retrato
a óleo pendurado no salão, são apenas lembranças como algo que foi desfeito,
como as medalhas no peito, de algum herói ou varão. No estandarte no alto
identifica algum clã, que pode ser amanhã uma página sem glória, no rodapé da
história contada por um parente que nasceu em outra era, e já conheceu tapera o
castelo decadente. Por mais simples um castelo é sempre uma ostentação, que
convida a tentação do olhar de quem é pobre e sonha com a verdade,
pensando tudo que parece belo, como as
torres do castelo abriga a felicidade.
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