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segunda-feira, 7 de abril de 2014



Baú do Esquecimento.
J. Norinaldo.



Tenho medo de mexer no esquecimento, e assim em um momento encontrar quem vale a pena ser retirado de lá, e de repente meu coração se enganar e me fazer chorar tudo que já chorei novamente. Sei que lá no passado existe um velho baú, forrado de veludo no sótão do esquecimento, de vez quando bate uma louca saudade assim do nada, de subir aquela escada do sótão do sofrimento. Quem sabe me enganei com alguém ao esquece-lo e com medo de perde-lo deixei naquele baú, muito raso forrado de veludo azul. Quem sabe um dia ainda volte para vê-lo, pois não consigo tira-lo do pensamento, pode até ser uma bobagem, abri-lo sei que não terei coragem de rever o que tem lá dentro. Se isto é loucura, pode ser e previsível, mas tenho medo de subir a este sótão e reencontrar o meu amiguinho invisível, do mesmo jeito que está o veludo azul, não me conheça como muitos já fizeram; ai eu mesmo me tranco nesse baú.

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