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quarta-feira, 21 de maio de 2014

Obrigado Pai,
J. Norinaldo.


Se todos os que vivem no planeta recebessem o dia assim, do mesmo jeito no mesmo instante, pense comigo por um momento não haveria dedos em riste, ou alguém triste por levar uma palmada, não haveria ninguém colocando fogo num rastilho, nenhum dedo no gatilho ou alguém caído na lama, lamentando numa cama, todos de braços abertos admirando o arrebol, e dando bom dia ao sol e agradecendo a Deus; quiçá depois dos braços em baixo corresse até um riacho de lágrimas de alegria, e tudo, tudo feito ou falado aquele dia, todos, todos sem exceção, antes de baixar as mãos poderiam perceber que deveria fazer o bem, o bem sem olhar aquém para  ter a consciência limpa para novamente erguer os braços  e a Deus Agradecer. Obrigado Pai por mais um dia, obrigado por ter braços e voz para Te agradecer, para abraçar aquele que merecer e também ser abraçado se mereço, obrigado pai  mesmo se não merecer, obrigado só por me deixar viver e Saberes o meu endereço.




Meu Barquinho de Papel
J. Norinaldo



Entre conflitos e medos, entre desterro e degredos vivi o sonho de construir o meu  barco, não para navegar no charco, mas num oceano imenso, seguido por fragatas, gaivotas e pelicanos, que enfeitam os oceanos com a sua liberdade.Conheci mares, oceanos, grandes rios, mas não sei se fui feliz, por que o barco que fiz foi de papel e naufragou. Outro dia cabisbaixo um enterro de alguém que viveu no mar, e vi que a vida não é como nós queremos, ia num barco muito pequeno levado por remadores que esqueceram seus remos. Deixou um charco de lágrimas que o vento veio e levou e bem longe dali deixou que uma onda carregasse para refletir o belo azul do céu, já que meu barco  de papel como uma flor que cai do cacho não conseguiu navegar, naufragou em um racho. Mas meu  o meu sonho acabou. Não sei se penso direito, ou é simplesmente um engano, que todo homem do mar gostaria de para sempre se embalar nas onda azuis do Mar... Depois do seu derradeiro sono.

domingo, 11 de maio de 2014



Eu Escravo de Mim Mesmo.
J. Norinaldo..



Sufoca-me a ferrugem das correntes e o mau cheiro das feridas dos grilhões, me ensurdecem os lamentos dos aflitos juntamente com os tiros dos canhões e o sangue que escorre na trincheira como se a vida fosse uma bandeira repleta de estrelas e brasões. Enoja-me o poema encomendado, remendado com a seda dos barões, que declamam como seus em seus salões, aplaudidas por grandes multidões, sufocadas da ferrugem das correntes e do mau cheiro das feridas dos grilhões. E eu não sei onde me encontro no contexto dos proscritos ou sou mais um aflito que lamenta, e aplaudo a quem lhe acorrenta como um ponto enferrujado do brasão; quem sabe eu não seja  apenas um barão que já não sente a ferrugem das correntes e nem  o peso do grilhão. Se não sei a verdade e grito a esmo, ou aplaudo a falta de liberdade, sou na verdade... Um escravo de mim mesmo.

sábado, 10 de maio de 2014



FELIZ DIA DAS MÃES.
J. Norinaldo.


Nem todo caminho é visto da mesma forma tanto na ida como na volta, que bom seria que fosse assim, para mim há alguns anos, avisaram-me que minha velha mãe queria falar comigo, estava escrevendo algo, quando o telefone tocou, sabia que era ela, e era, disse-me algumas palavras, depois de certo silencio disse: “ Tinha algo para te contar, mas esqueci, outra hora te conto”. 3 horas depois outro telefonema me informava sua morte repentina; e me veio a cabeça a alegria do primeiro telefonema, o mesmo caminho percorrido, agora não era o mesmo, os móveis, as paredes, o teto, tudo desaparecera, tudo era deserto, o mais frio e triste deserto. Muitas vezes na ida você passa por um caminho como esse abaixo mostrado, na volta vê apenas um pedaço de chão onde só cabem seus pés. Minha mensagem parece triste, mas não, estou chorando apenas por ser chorão mesmo; mas é muito bom para quem vier a ler este meu texto e que ainda tem sua mãe, valorize-a, por que não existe e nunca existirá tesouro mais valioso, acredite. Nem todos os caminhos são floridos nem todos os desertos são tristonhos, existem caminhos nos desertos que levam a oásis verdejantes onde existem mães felizes,, não importa o caminho como seja, beija a terra que leva a mãe que te ama e te deseja.

Não deveria existir dia das mães e sim a vida inteira das mães, e para sempre não fosse utopia, que para sempre fosse a vida de cada mãe, repleta de flores, amores perfume e poesia. Feliz Dia das Mães para todos


Enquanto Existe um Olhar.
J. Norinaldo.


Enquanto eu contar com alguém que possa entender meu olhar, quando me faltarem as palavras para descrever minha dor, souber decifrar minhas lágrimas sabendo o que sentindo estou, não somente me alcançar um lenço para enxugar o meu pranto, mas sim fique junto comigo, mesmo somente como amigo, de que eu careço tanto. Enquanto eu tiver a visão que vê onde cai minhas lágrimas, minhas dores em forma de água, e um amigo que enxugue o meu pranto, não contarei minha mágoa e mesmo chorando canto; e um belo jardim eu planto em nome da felicidade, mesmo não tendo um amor, conto com uma amizade. Enquanto puder ver nos olhos de alguém a tristeza que me consome, e ver neles tristeza também, mesmo que não tenham mágoa, não transformo minha dor em água, a não ser para regar o jardim de alguém.

Enquanto existir um olhar, como este que você também vê, de felicidade ou tristeza, eu terei sempre a certeza e ao criador sempre rogo, meu pranto que  será um riacho e não um lago onde um dia me afogo.

sábado, 3 de maio de 2014


Última Canção.
J. Norinaldo.


Amigo, hoje  abandono-te a uma sombra amiga com o coração partido, por partir sem coragem de levar-te depois de tanta paz e alegria que me destes; mas como tudo nesta vida passa, a verdade é que nós também passamos, envelhecemos,  murchamos e morremos. Eu morto sigo sem a tua companhia, sem a tua melodia ou teus falsete, mas surdo de tanto evitar escutar o que hoje o mundo escuta, como o moldar a pedra bruta, que contigo se chamava lapidar. Sei que não me ouves meu amigo, acontece também comigo e com tantos que amavam de ouvir. Deixo-te entregue a madeira viva, quiçá teu pó ainda sirva para um dia lhe adubar, e quem sabe num futuro bem distante, voltes a ser importante em salão um deslumbrante num trocar de olhares entre amantes uma valsa recordar. A dor de seguir sozinho a estrada, mesmo sabendo onde chegar, mas não quero mais magoar meu coração e nem sei se os dedos obedeceriam minha mão... Para tocar uma ultima canção


sexta-feira, 2 de maio de 2014



Os Guardíões dos meus sonhos
J. Norinaldo



Os guardiões dos meus sonhos são fortes como dragões, tem garras afiadas como a cimitarras de um sheik caprichoso, capazes de rasgar o aço e um momento raivoso, o tigre que me guarda os sonhos não tem nome de pacato, mas é manso como um gato quando tratado com amor; minha aves de rapina pintadas de todas cores são balíssemos beija flores que a natureza pintou. Tem panteras, tem leões, tem unicórnio dragões, tem de tudo nos sonhos, não sei se existem nos seus, de meu apenas os sonhos, nada pertence a ninguém, tudo aqui pertence  a Deus, Este sim é poderoso, mesmo o sheik caprichos da cimitarra afiada, sem Deus seu reino é nada como um oásis sem água. Os dragões da minha infância que sonhei me defenderem nos momentos mais medonhos, jamais posso  esquece-los, hoje, pois hoje guardam meus sonhos livrando-me dos pesadelos. Pobre daquela criança que se esqueceu do amiguinho invisível que somente ele viu, dos seus dragões e hoje diz aos seus filhos que nada disso existiu, que o que interessa é o presente e o futuro que virá, este pode ter certeza que se foi feliz, mas não sentiu.