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quarta-feira, 4 de junho de 2014



Caminhos.
J. Norinaldo



Já falei muito em caminhos, por que caminhos conheço, caminhei em alto mar e em desertos sem endereço, pise tapetes vermelho que até nem sei se mereço, mas também pisei alguns que faço um esforço e esqueço. Quem faz o caminho belo e a tua inspiração, alguém pode ver um bosque onde somente existe mato, um jardim encantador onde só tem unha de gato; se o teu coração está feliz se em algum lugar do caminho o teu amor te espera, tu vês um lindo castelo onde existe uma tapera. Não te iludas com o caminho, acompanhado ou sozinho o caminho não importa, mas o castelo ou a tapera de que serve a beleza, quem te recebe a porta, com o rosto banhado em lágrima te diz: ela está morta! De que valeu a beleza que vistes pelo caminho? Se não notastes algum triste no cantar de um passarinho; não! Não importa o caminho de pedregulho ou espinho, a beleza às vezes está no final e é sempre o mais belo, na janela da tapera ou na torre do castelo quando quem te ama grita, o mundo em volta se agita e tua alma cria asa, o melhor caminho ainda... é o de volta pra casa...

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