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quinta-feira, 31 de julho de 2014


Depois da Tempestadade.
J. Norinaldo.


Depois que cessar o relâmpago e o trovão, quando a chuva parar de cair, e o manto verde envolver a terra e as flores começarem a se abrir e o seu perfume começar se espargir como um recado do céu. Depois que as ondas amansarem e  a maré de espuma branca cobre a areia, mesmo sem acreditar, você ouve o canto da sereia. Quando o sol majestoso  retornar fazendo brilhar como pingentes, os pingos que as folhas retiveram, iluminando o campo como exército de pirilampo em aventura, paisagem que o pincel ainda não captura e só entende que tem sensibilidade e acredita que existe a felicidade. Quando os campos semeados com trigais, e a uva florescer nos parreirais para a tão sonhada festa da colheita; não importa que chova ou faça sol, a terra terá sempre a cor do arrebol, e Deus será sempre lembrado. Quando os rios transbordarem em sem caminho que tem destino certo, o mar que pode está longe ou perto, um dia ele lá chegará. Enquanto os pingos se entrelaçam na vidraça, como formigas que carregam suas crias, um colibri corteja galante uma flor, como o mias belo símbolo de amor e felicidade, aumentando o jardim da fertilidade; tenho muita pena, de quem viveu ou vive nesta vida e não notou. Como já disse outro Poeta noutra época, esse não viveu, apenas passou...

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