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sexta-feira, 25 de julho de 2014

Lembranças.
J. Norinaldo.


Quando a Nostalgia me pegar de jeito, e sem nenhum respeito fizer eu te esquecer; esquecer teu nome e tuas feições, como uma barragem que impede o rio de cumprir seu destino se tornando mar; quero estar bem perto perto do fim da estrada, onde já não me importe me lembrar mais nada; quem sabe esquecendo ate meu próprio  eu e o meu verdadeiro nome que alguém me deu; então nós dois no mundo esquecido, eu querer-te como sempre fui querido sem lembranças mortas que o vento levou. Sermos só crianças como fomos antes, chamarmos de arte a nossa aventura e a felicidade que nos deu a vida, sem me importar que estás esquecida. Quando o esquecimento se lembrar de nós, de modo nenhum queremos sermos lembrados, pois amor vivido não é esquecido, como velhos retratos amarelecidos, em velhos baús de sótãos assombrados. A grande vantagem da nossa loucura, é que a velhice jamais nos alcança, no esquecimento da nossa aventura o futuro recua e o passado avança. Quando a rosa abre já não é futuro, é efêmero presente que vira passado, e todo perfume que se vai com o vento, não imagina em nenhum momento se foi esquecido ou será lembrado. Esta é minha homenagem a todo (a) Escritor, que com tanto amor nos dar algo escrito, a seiva da alma que pulsa na  mão... Na pena  molhada no seu coração.

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