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domingo, 31 de agosto de 2014



Sonho Meu, sonho Teu.
J. Norinaldo.


Cavalgue nas ondas das minhas crinas, de asas a imaginação me torne um cavalo alado, vá a um mundo destroçado como as Valquírias vão, desdém o tinir das espadas e o troar do canhão, tente levantar  do chão quem não merece tombar.  assim como a onda mansa que o barco leva ao destino, como num sonho de menino guarde a paisagem que vê. Como uma rosa se abrindo, como um raro perfume que assim com num frasco  se confunde a onda branca quem vem lhe beijar os cascos. Cavalgue-me mesmo em sonho, venha a noite a beira mar, escute apenas o vento  e  onda a marolar; o mar imenso é azul nada é azul da cor do mar, mas aqui se vê o branco da onda que se esparrama como a fazer um cama para o cavalo deitar. Segure a crinas da vida se as rédeas lhe escapara da mão, faça a mais linda paisagem mesmo com as pedras do chão, é tão simples é tão fácil, é só fechar os olhos e dar asas a imaginação.

Veja que coisas mais belas, uma das mais lindas telas que os meus olhos já viram, de repente um estampido, quem sabe algum bandido, me acordou e o meu sonho acabou, e para minha imensa dor, mar, onda e cavalo sumiram.

quarta-feira, 27 de agosto de 2014






Agnes um Sonho Cruel.
J. Norinaldo

Sonhei um sonho tão lindo, que de tão lindo cruel, estava numa festa tão simples, entre árvores, barriquinhas e crianças a correr em volta de um jardim. Estava sentados num banco de madeira compridos uma longa mesa repleta de doces rosa e jasmim, de repente sinto sobre meus ombros um suave peso, seguido de um perfume que eu conhecia, duas mãos pequenas e macias carinhosamente me envolviam, olhei para cima e vi uma deusa vestida de rosa, com um chapéu enfeitado de fitas, um rosto como nunca vi, uma mulher mais bonita, apenas dobrei o pescoço minha Cabeça tocou os seus braços, e vi no olhar dos presentes a admiração e tive certeza que  aquela era a maior beleza que eles também viam com toda razão. Não sei que nome ela tinha, vinha com duas irmãs para cada uma comprei uma maçã do amor, e foi ai que um delas, jovem e uma das mais belas sorrindo me perguntou: E Agnes não ganha o carinho? Respondi: Para vocês a maçã eu dou, Agnes fica com meu amor e abraçava e beijava na boca, numa ânsia tão louca que parece que o mundo ia se acabar. Acordei com frio e o braço dormente, e a dor de um ferro em quente no peito,  e uma vespa me enterrando  o ferrão sozinho abraçando o nada, o nada ou a solidão. As vezes os sonhos são lindos, de tão lindos chegam  a ser cruéis; se Vênus  pudesse ver a Agnes do meu sonho, veria que sua beleza não chegava aos seus pés. Guardeis os traças do seu rosto, para meu desgosto não consigo esquecer, e tenho medo de dormir novamente, e Agnes me aparecer novamente para me fazer sofrer. Ah! Como queria ser um poeta para poder contar esta história completa e como a vida gosta de um viés, permite sonhos tão lindos, que de tão lindos passam a ser cruéis.




A Baleia Assassina e a Vida.
J.Nornaldo


A vida e Baleia assassina são pinturas do mesmo pintor, a baleia se diverte com a presa antes de comê-la, simplesmente por puro prazer, o animal antes de ser engolido, tem que penar e sofrer, a vida é como a sucuri, que antes da presa consumir, amassa, destrói e humilha, formando um verdadeiro bagaço, para depois engolir. Que mal fizemos a vida, e ainda temos que agradecer, por cada dia que é dado, para a gente viver, quanto mais dias mais tempo, quanto mais tempo mais dor, até não valer mais a pena de tanto que a vida amassou. Conheço a Baleia assassina, assim como a sucuri, conheço a vida e faz tempo, e quanto mais tempo mais dor, já não sei se vale a pena resistir A Baleia ou a sucuri. Às vezes a vida é legal, e quando já se está bem próximo ao final  ela te tira o poder de pensar, já não importa para ti,se te reserva a partida se a Baleia ou a Sucuri, és apenas um brinquedo da vida. A vida, a  Baleia assassina, a Sucuri, são pinturas da mesma aquarela, cada uma parece mais bela e a vida parece ter graça, até que por prazer te amassa antes de te fazer sumir. A vida é feita de tempo, e quanto mais tempo passar, mais a vida te amassa antes de te levar. Chegamos a vida chorando quiçá conhecendo o destino, quem todo caminho percorrer, chorando e engatinhando chegará, quanto mais tempo mais dor  sentir, quanto mais dor mais tristeza, por deixar tanta beleza, sem saber nem  para onde ir.


O homem é o Livro.
J. Nornaldo


O homem é como um livro para se compreendido, é preciso ser lido e hoje quase ninguém Le, o que vale é a aparência a opulência e o poder, portanto capa do livro que na verdade nada quer dizer. Se eu estivesse num barco a deriva, e não precisasse voltar, mesmo com uma só vela rota deixava o leme a solta até ver onde ia dar. O mar é imenso e azul como o céu parecem se tocar, um horizonte tão diferente para quem esteve em alto mar, onde as ondas parecem montanhas, caminhantes ao sabor do vento que o homem consegue vencer,mas  às vezes sucumbe esquecido, como um livro que ninguém Le. Quem compra um livro pela capa, pode até fazer bem, seu barco vencer a procela, o vento respeitar sua vela vai aonde ia e vem, porém nem sempre é assim, o homem os livro e as capas, são na verdade três etapas que temos que conhecer. Se o meu barco estiver à deriva, sem que eu saiba onde estou, o livro já não é segredo, é apenas mais uma etapa, pouco adianta a beleza da capa se não dominar o medo, não adianta um mapa, sem se saber onde está, o homem o livro e a capa e o barco a deriva no mar nem todo homem navega, mas de uma coisa não escapa, de um dia naufragar. A vida é feita é de letras que os olhos do tempo consomem, o homem é capa do livro, não o livro é a capa do homem.

sábado, 23 de agosto de 2014





O Cansaço e a Loucura.

J. Norinaldo

O limiar da loucura e do cansaço, como bagaço que se desfaz na ventania, vou caminhando na estrada sem destino, como um pastor que perdeu suas ovelhas e com elas sua calma. Por vezes vendo em tudo fantasia acreditando que talvez a poesia, seja o chorume da alma. No limiar do cansaço e da loucura tendo a estrada por tortura como os passos derradeiros, por não vê os rastros dos meus carneiros desenhados na poeira do caminho, sozinho me disponho do  cajado, tão útil a tão pouco e tão passado a não ser para tanger minha loucura. Primeiro o cansaço e depois vem a loucura, a tortura que a mente pastoreia, esconde os rastros na areia das ovelhas do pastor que já não tenho  mais meu cajado, bagaço desfeito e levado pelo vento jogado no abismo da loucura, ouvindo o som de um realejo, de outro louco que vive em algum vilarejo, como um deserto medonho, alguém que já não consegue ter nem sonho, que há muito perdeu o seu rebanho, seu cajado ferido de morte não tem cura, lhe resta a estrada e loucura e não mais o limiar. Delirar vendo as vilas do além mar, maldade da loucura a me mostrar Cabreira Góis, São Miguel Morua, Candal Losã, foz d’água Arganil e Monetezinho, e que só em sonho o louco viu, são vilas lá de Portugal que existiam mesmo antes do Brasil.


sexta-feira, 22 de agosto de 2014



Nossas Janelas.
J. Norinaldo.



Não é altura ou a riqueza da janela, que torna quem se debruça nela, mais feia, mais linda ou mais bela, mas sim este sorriso encantador que mais parece um poema de amor, escrito em um verso só, pelo Poeta Maior. Da minha janela eu vejo a tua, vejo a rua vejo o sol e vejo a lua, tanta beleza numa só, mas quando te debruças na janela, como uma pintura feita com pincel e aquarela, fazes parte do poema do Poeta Maior. Beleza, inocência e humildade, ingredientes da felicidade, felicidade hoje tão rara, não é na morada mais cara que se encontra sempre esta raridade. Da tua janela vês a minha, que também não tem altura ou riqueza, fica do outro lado da rua, mas aqui tenho a felicidade de todo dia poder ver-te na tua. Remetes-me ao meu tempo de menino, num casebre coberto de capim, hoje olho para o outro lado da rua, da minha janela vejo a tua, e em ti debruçada vejo a mim.



A Beleza do Ipê.
J.Norinaldo


Quem der asas a imaginação, e não tiver medo das alturas verá que uma das mais belas pinturas, foi o mundo em Deus nos fez nascer. Verá bem o azul do oceano e verde da floresta que ainda resta, ver os rios correndo para mar, quem não tem medo de altura é só querer  vai voar  e vai amar ver a terra em Deus nos fez nascer. Verá o ipê a florescer, inundando de cores o Pantanal e poderá ver o sol nascer, e a tarde se esconder por trás da montanha secular. Quem cortar as asas da imaginação, andará se arrastando pelo chão, como a cobra que enganou Adão.  Não é preciso ser poeta, para voar com a imaginação, como se estivesse num balão que o vento levará onde quiser; com as cores do Ipê em cada lado, verá que não precisa ser Aldo, ou poeta para poder voar. Pena que enquanto você voa mais alto, verifica que no lugar do Ipê só tem asfalto, e no asfalto alguém tentando morrer, num carro que quanto mais correr, mais status dará ao seu dono, que tranquilo no seu trono, nem chega a ver a morte aparecer. E para que então tanta beleza que se torna banal e sem sentido, assim como a minha poesia, se o belo hoje é a tecnologia, quem mais está ligando a beleza do ipê que cada vez mais desaparece, enquanto sua árvore perece, para servir de mesa a sua TV.

quinta-feira, 21 de agosto de 2014



Mente de Poeta.
J. Norinaldo.


Minha mente sempre desobediente se recusa terminantemente a devolver a quem pertença esta imagem, e tente quem pensa ter coragem demove-la desta decisão, que as Valquírias sobre a paisagem  voarão escolhendo quem deve viver. Os escudos voarão com folhas mortas no outono, Morfeu acordará de um longo sono ao som de espada contra espada e se ouvirá em todo espaço do campo o retinir do aço e os gritos dos escolhidos  a tombar. A espada do poeta é uma pena, o escudo um tinteiro e o campo de batalha é um papel; se não tem isto um graveto e o chão e ele destila ali a inspiração que sua alma inquieta e sonhadora, colheu da sua lavoura, de rosas, jasmins e bem me quer ou margarida, junta a um perfume de mulher e está completa a batalha da vida. Por mais bela que seja a paisagem, por mais colorida a imagem, mas falta a sensibilidade tão antiga, se esmaga um jardim todo florido e se planta um canteiro de urtiga. A minha mente sempre desobediente, acredita que daqui pra frente esta imagem será sua, como a de uma deusa nua que nela vive permanentemente.

quarta-feira, 20 de agosto de 2014


Pintar também é Poetar.
J. Norinaldo.


Eu queria ser pintor e não poeta somente, mas tento pintar com a mente o que alma me manda, às vezes a tinta desanda e a tela fica sem cor, mas é tudo feito com amor e muita dedicação, eu escrevo com a mesma mão de um poeta pintor, quem foi que nunca tentou desenhar um coração? Como consegue um poeta pintar imaginação, sem ter um céu como fundo, um riacho ou uma flor, feche os olhos e imagine esta minha poesia, use sua fantasia e poderá ver a tela, quem sabe talvez a mais bela que já pode admirar. Você também é poeta, talvez apenas não saiba assim como se expressar, feche os olhos e imagine uma poesia bela, use sua fantasia e transforme a poesia na sua mais linda tela. Um dos poemas de Deus é o nosso universo, e cada um de nós é uma estrela um verso Deste Poeta Maior, não há poeta melhor, há poetas diferentes, como os colibris errantes que brincam num roseiral, a poesia te faz viajar e te acalma, o  que  nenhum poeta é capaz de fazer discutir com alma, e não colocar no papel o que ela manda escrever.


Amamentar.
J. Norinaldo.


Disse-me certa vez um escultor do Rio de Janeiro que o maior problema para esculpir o corpo humano são as mãos como coloca-las, onde coloca-las, talvez até por isto a Vênus não as tenha. Para um poeta o maior problema é no meu ponto de vista a emoção, outro dia, mostrava algumas poesias antigas, lá do começo do meu blog a uma moça e de repente não me contive e paguei o maior mico, tentando em vão deter as lágrimas, e fica pior ainda quando a pessoa tenta te confortar com palavras como, calma cara isto é normal, poetas também tem emoções e coração. Agora e quem pinta? Que é  esculpir e poetar ao mesmo  tempo? Imagine-se pintando sua esposa amamentando o seu primeiro filho, se terá em algum momento tempo para pensar em mãos, onde coloca-las, como coloca-las? Olhe com cuidado que as mãos dessa pintura não são bonitas ou perfeitas, mas a cena dispensa qualquer comentário acerca de qualquer outro detalhe. Eu imagino o pintor ao ver a obra, não fazer com Michelangelo que mandou Davi Parlar, mas sim beijar a tela ainda fresca e assim danificar o quadro que ficará danificado, muito mais valorizado por um gesto de amor. Parla Tu agora, se estou certo ou errado, para mim esta tela seria, nada mais que uma linda poesia, esculpida com pincel, problemas existem como encontrar a ternura deste olhar, só inspiração do céu. A Vênus talvez assim mesmo não tendo as mãos, sei que não faria por mal com todo valor que ostenta, cederia sem pensar seu pedestal a esta mãe que amamenta.

terça-feira, 19 de agosto de 2014



Meus Fantasmas.
J. Norinaldo.


Procuro na noite quente sem brisa, a chama da vela até parece uma seta, buscando fantasmas que povoam meu sono, como se algum fosse dono do meu pensamento. Covardes se escondem nas sombras da noite, por que não se mostram quando estou desperta com medo da seta da ponta da vela, da chama amarela que clareia a sala. Vejo minha sombra imitando meus gestos desviando dos objetos assim como faço, onde estão os fantasmas que minutos atrás, me perseguiam sem piedade, a porta do quarto ainda está aberta, a cama deserta sem nenhum fantasma para minha felicidade; nada mais me roubará o sono, nem mesmo o fantasma que pensa ser dono do meu pensamento. De onde virão e agora onde estão ou serão só fantasias da minha imaginação, vou rasgando aos poucos com a minha vela de chama amarela a escuridão, buscando os fantasmas que povoam meus sonhos, pesadelos medonhos que crescem com o tempo, a falta do vento e a porta aberta, nua e sem coberta vou dormir novamente, só um raio de lua entra por uma fresta da minha janela, com a luz da vela espantei meus fantasmas.

domingo, 17 de agosto de 2014



Amigo.
J. Norinaldo.



Quem me dá o seu escudo e fica desamparado, quem me entrega sua espada desdenhando do perigo, quem me levanta e me tira pó da estrada, este sim é meu amigo. Inimigo serei eu se aceitar sua oferta, lhe deixando a morte certa por seu ato de bondade, tenho que pensar na vida,  e num pensamento mudo, e deixa-lo com a espada e aceitar somente o escudo para poder defende-lo, defender nossa amizade. Quem me livra dos fantasmas que ainda pensam que assustam, que me cura as feridas  que a vida finge não ver, mas passa longe sentindo o dor do sofrimento, quem procura o unguento por mais escasso e antigo é quem me dá seu escudo no momento de perigo, é quem me levanta na estrada e ainda bate a poeira é quem me abre a porteira, falo de quem é amigo. Ser amigo é tão difícil como ser bom e honesto, se alguém gritou; protesto, eu entendo e não refuto, em verdade não discuto não sei o que é a verdade e talvez por vaidade no meu pensamento prossigo: Aquele que me dá u escudo e me entrega a espada desdenhando do perigo, este para mim é amigo o resto é só falsidade.

Agnosia.
J. Norinaldo.

Não, não tente fazer, com que eu entenda tanto sofrimento, não, não tente esconder tentando entender o que não entendo. Eu já pensei escrever, mas pensei para que? se não ninguém o vai ler e ler não entende, e se alguém entender de que me adianta sem me conhecer. Não tente burlar a vida, o destino, este mau menino, com o qual não brinquei, não, tente saber de onde venho, não tente ser meu amigo, somente porque amigo não tenho isto eu sei. Deixem-me no esquecimento e  em algum momento em que uma flor se abrir, lembre-se que para existir, não precisa ser para sempre. Se um dia estiver no sopé da montanha, pense na pirâmide que alguém fez crescer; não chore e nem se lastime se o meu poema não consegue entender. Eu o encerro chorando neste momento, por que também não entendo o porquê de tanto sofrimento.


sexta-feira, 15 de agosto de 2014



Lá no fundo era belo.
J. Norinaldo.



Há quem veja nas flores a beleza do quadro, e o fundo verdejante que eu imagino, a verdade se faz entre o olho e o alvo e não no projeto tão antes pensado com tino, se o artista pudesse entender  que não precisa retoque para beleza ser, e nenhum alquimista que existiu nesta vida, consegui o perfume de uma margarida. P perfume mais caro é o do frasco menor, mas foi feito em quantia para encher tonéis, teve séculos de estudo para se fixar, no da margarida a efemeridade, a pele da raposa que brincava no campo aproveitando a vida, corria faceira entre  as margaridas sua pele hoje ser para vaidade. Qual a flor mais bonita a que colhe ou a que é colhida, a criatura enfeitada para ser vendida como marmelada, ou a margarida que fica onde nasce, oferece a beleza a quem acha bela, exala o perfume que não escolhe a janela que esteja aberta que o vento o leve. De vida tão curta, cheirosa e tão bela, murcha e morre e sai da janela, enquanto quem colhe como um ornamento um dia um momento, estará rodeada de flores e vela. Há quem veja nas flores a beleza do mundo, há quem veja no mundo o fundo da tela, há quem não veja nada nas flores em vida, um dia terá velas e margarida, e outras flores enfeitando o seu final de vida.

segunda-feira, 11 de agosto de 2014



Inveja.
J. norinaldo



Disto eu sinto inveja, liberdade, liberdade de não ter em quem votar, com medo de errar ou acertar, ou o  que fará o novo governante, se o meteoro passará próximo ou distante, nem sequer o que seja um meteoro. Disto eu tenho inveja e de ainda acreditar em Deus, a inveja nem sempre é nociva imagine se morte tirana fosse  viva que nação lhe daria asilo?Esta seria a verdadeira. Sinto saudade de correr na chuva pelo campo, encher um vidro de pirilampo para alumiar meu caminho; hoje entre milhões estou sozinho, já não é como antes, como um lobo desgarrado da matilha morrendo de medo dos meus próprios semelhante. Ah! Que maravilha aquele tempo, que ainda é o tempo de alguém, que sonha crescer como em sonhei também, para depois me arrepender. Veja essa criança que alegria será que alguma graça teria que ela soubesse Não por mim que dia iria quer voltar a ser assim? Será.


Fugir do Rei.
J. Norinaldo.



Se buscas os rastros da carruagem do teu rei e não sabes o caminho do castelo do destino, saibas que o vento não tem lei e jamais obedecerá qualquer rei há muito já os apagou desde que bateu o sino. Se a tua mensagem é importante ou é alguma coisa do acaso ou se causará dano seu atraso, te atira num penhasco um tanto raso e finge dar a vida por teu erro, senão eu irei ao teu enterro lamentando não cumprires meu conselho. Inventa que o sol te encadeou, como brilho do brasão da majestade, um rei não é nenhuma divindade para saber o que é mentira ou verdade  e quem sabe até sejas promovido. A vida nos ensina algum truque, que pode enganar até o rei, antes de te atirar no tal penhasco verificas se é raso realmente; não conheces o teor dessa mensagem, talvez seja só uma bobagem, ou outro reino declarando guerra ao rei. Neste caso amigo sou sincero, conheço muito bem o seu senhor, nem sei se poderei ir ao teu enterro, pois conheço não é de hoje o seu humor. Quem sou? O que importa, não mudará a tua sorte se a mensagem é importante mesmo sendo teu amigo, e conhecendo bobo da corte mais antigo nada mais poderei fazer por. Se sabes a direção do castelo, atira a mensagem no penhasco te transforma num gênio, e eu tento, te esconder dentro de um pequeno  frasco.

quinta-feira, 7 de agosto de 2014



Minha Riqueza é o Caminho.
J. Norinaldo.

Única riqueza que tenho é o amor pelos caminhos, caminhos por onde ando outros que nunca passei, caminhos que não existem a não nos meus sonhos que sonhei. Caminhos cheios de pedras ou de flores coloridas, caminhos que levam a vida para onde a vida vai, feliz quem tem que o levante quando em algum caminho cai. Caminhos cheios de espinhos pra quem caminha descalço, caminhos com muito atalho onde a maioria é falso, mas eu adoro os caminhos me levem onde levar, até o dia em que no fim do último caminho eu chegar; enquanto existir caminho eu puder caminhar, mesmo com passos já lentos caindo aqui e acolá; não renego meu tesouro, única riqueza que tenho, meu amor pelos caminhos para onde vou ou de onde venho; deixando rastros na poeira como um poema banal como uma vela que se acende o vento vem e apaga, mas o poema ele entende. Alguém pode até dizer que riqueza sem valor, de que vale ter tesouros mas quem nunca caminhou, não viu o monte e o vale e as cores do arrebol, nunca viu um por do sol por trás da alta montanha, quem vive enclausurado num castelo e não conhece a natureza, ou  andar na praia em uma noite de lua, não troco minha riqueza por dez mil riquezas sua.



Apenas Uma Mulher.
J. Norinaldo.

Caminhar a noite   sozinha pela beira da paria levantar a onda da areia como para fazer uma saia e olhar para a lua como se fosse o reflexo de  um farol, sentindo nos pés o frescor das marés enquanto se veste com a onda do mar, é mais que sonhar é divo e sereno e o ser se torna pequeno para guardar tanto amor. O mar é tão grande, poderoso e as vezes cruel, azul como o céu mas nem sempre é tão belo, as vezes é como um castelo onde habita um tirano, que mata por nada por puro prazer, tanto o mar como vida são cheios de revés, tem momentos de fúria como o mar furioso com ondas gigantes e de repente tão calmo e meigo  a beija os teus pés. Melhor que sozinho com alguém que se ama, dividir a beleza da noite e da lua, quando a maré se for e te deixar nua, amar com loucura antes que a noite acabe de repente, fazer o que somente o amor sabe fazer doravante que a loucura de amantes se na noite e na praia não seja impudor. Neste vestido branco transparente e liquido está escondido o que o amor quer, beleza e ternura, carinho e doçura, apenas uma mulher.


A Beleza da Flor.
J. Norinaldo
               

A flor mais bonita  para mim é aquela que brota, a beleza se nota por vezes no lugar onde está, em belo vaso sob bela toalha, no meio na lama ou esmagada por uma batalha; ninguém que tenha no peito um coração, chega ao lado de um caixão e diz: Oh! Mais que lindas rosas, pois rosas não adornam apenas paixão. A mais bela flor que lembro ter visto numa rachadura de um asfalto escaldante, que:  está deveria ser eterna, para mostrar que a beleza é bela por si, sem precisar retoque ou ser elegante. Era um flor amarela num raquítico talo, parei e pensei: será que a semente estava da construção, ou algum  pássaro quis fazer seu jardim, essa foi a flor mais bonita pelo menos para mim, pelo esforço, a luta para poder brotar, viver pouco tempo e desaparecer. As vez em viagens pelo pantanal via tanta beleza sem entender, tanto lugar para aquela  florzinha logo no asfalto fora nascer. Será que as flores também tem destino, como já se diz nota-se a diferença na sorte, umas enfeita o amor e a vida, outras brotam e são colhidas para enfeitar a mor,

quarta-feira, 6 de agosto de 2014


Que céu?
J. Norinaldo.

Tombam por terras as castanheiras, sangram na mata os seringais, por que o homem quer sempre mais, para depois olhar para trás e ver um mundo diferente, ser dele o orgulho da mudança da aridez, até parece um vingança porque o mundo não foi ele quem fez. Destruir é fácil muito fácil, se fala em matar um leão por dia, só queria ver quem o criou exigir que o mesmo fizesse um rato como seria? Não construir um rato, ou um inseto por dia, mas durante uma vida; nossas matas estão desaparecendo assim como desaparece nossa vida. A droga que antes era coisa fina, não para qualquer ter cocaína, ópio ou heroína, hoje se vê em cada esquina, uma criança que não está na escola, se não tem cocaína ópio tem cola e assim a humanidade caminhando. Quem parece ter tudo não tem nada, por que tudo é nada sem amor, Deus é vendido num mercado, ou simplesmente é trocado por uma droga qualquer; e quem vai chegando afim da linha, sabendo que não tem como voltar, tenta, mas mão não consegue comprar, um lugar ao lado do criador. Tombam as Castanheiras e os Jatobás e no lugar delas nasce mais, aquilo que parte da humanidade quer; acabando com a vida sem ter dó, buscando a felicidade em pó, se entregando ao desmazelo, confundindo sonho com pesadelo, tornando o mundo cada vez mais triste e sem amor, tentando provar que Deus não existe e o céu coisa de conservador.

terça-feira, 5 de agosto de 2014

O Mar, A Vida e a Beleza.
J. Norinaldo.


Atrás de mim está o mar, e a frente a vida a ser vivida; se não te encantas com o belo que ela é, cuidado porque  pela maré a vida poderá ser engolida. O mar é belo assim como é belo o arrebol, o por do sol por detrás do verde monte, tudo faz parte da natureza, porém realmente a  maior beleza no papel que faz a ponte; que liga o mar ao continente, onde existe o verde monte onde sol se põe ao entardecer, liga aquele irmão que quer ver o outro irmão do outro lado. Belo seria um mundo sem fronteira, unidos por uma só Bandeira; que representasse toda terra, não toda rabiscada por fronteira, conquistada decerto numa guerra. Do mar talvez tenha surgido a vida, essa colcha branca que se arrasta aos meus pés, como um santo que se encontra no seu nicho, mas nem sempre assim é, tenho visto muita Mara, apenas arrastando lixo. O mar, a vida e a beleza em que se resume a natureza ou simplesmente num canto do sabiá.

domingo, 3 de agosto de 2014



O Poeta mudo e o Cego.
J. Norinaldo


Um lindo poema pode ser feito sem precisar escrever, basta um sorriso um olhar, porém só vai decifrar quem conseguir entender; há sorrisos de tristeza e choro de alegria, se em nenhum  dos dois há ódio é poema é poesia. Existem poetas mudos e cegos grandes pintores, a fonte da poesia  na verdade são as dores, pois nem sempre lindas flores sevem só para buque, um cego pode não vê mas sente o frescor dá água de um riacho a correr, se sabe que era rosas belas quando desaparecer. Olhe para esse riacho e quem  é que ia pensar, em ver um grande navio sobre ele navegar; o poeta não esquece para o cego não aparece mas eles sabem que um dia o riacho será mar. Leve o tempo que levar  e a caminhada tamanha, tenha que dar tantas voltas para desvias montanhas um dia ele chega lá; o cego o sente nos pés quando visita a maré e o olhar do poeta avista o oceano com calma, pois o poema já feito está impresso na alma. O cego pergunta ao poeta que tamanho tem o mar, o poeta lhe responde a vista não alcançaria, mas só de ver seu sorriso lhe digo em hipocrisia, o mar é bem menor que a sua poesia.


O Destino.
J.Nonrinaldo.



Assim eu também pensei que seria esperar a vida, mas a vida tirou o banco eu tive que seguir, seguir sem saber aonde chegaria, mas , mais tarde me disseram que o destino era um só e o meu eu que faria, por diferente que fosse o final não mudaria. Caminhei pelos caminhos que encontrei construídos, aprendi e ensinei não sei se fui entendido, plantei colhi, cai e me levantei, pois me ensinaram bem cedo e isto eu não esqueço jamais, que dia cairia e ai não me levantaria nunca mais. Ainda lembro esta cena, e os contornos do banco, cheguei a sentar em outros macios acolchoados, andar acima das nuvens como um  verdadeiro ser alado, fui bajulada por muitos, ajudei fui ajudada, já levantei muita gente caída pela estrada, aprendi fazer o mas já fiz o mal, também construi caminho sem conhecer seu final; hoje com meus passos lentos e a alma  já cansada, sinto saudades do banco onde você me viu sentada, do meu vestidinho sujo do meu olhar inocente, sentada numa varanda querendo não sei o que, talvez saiba sim, meu velho banco novamente. Voltar é tão impossível, meu banco não sei existe, não existe um banco só, porém existe o destino, aquele que é para todos um dia retornar ao pó.

sexta-feira, 1 de agosto de 2014


A minha Sombra.
J. Norinaldo.



A sombra que me imita na parede, irá me seguir aonde eu for, nãoé  amizade nem amor é por que ela é uma simples sombra, só onde houver sombra ela se esconde, mas eu sei que está ali, sua sombra  jamais escolhe o caminho melhor a lhe seguir; por isto nunca digo que estou só por que sei minha está por perto, até gosto de caminhar sozinho, pois ninguém pisa minha sombra no deserto. Minha sombra não fala, não responde, não escuta o que alguém me diz, se danço minha sombra também dança, sem saber se estou triste ou feliz, se luto minha sombra luta junto, agora mudando de assunto, sabe na verdade o que me assombra, é que na verdade ninguém dar valor a sua sombra, a não ser a da montanha que lhe ampara mesmo assim é pouca gente que repara  na beleza da sombra da montanha. Outro dia vi um escaravelho, se amparando da chuva embaixo de um cogumelo, quis pegar por fiquei curioso, mas alguém disse não toca é venenoso e é fatal, o cogumelo pode ser, mas sua sombra não faz mal. As vezes nos momentos de tristeza, pergunto a minha sombra se não se cancã de me seguir, e eu mesmo respondo: se, se cansasse não estaria agora aqui. A sombra que me imita na parede, não pesa sobre a terra ou sobre a rede ou mais rica alcova, te abandonará depois da cova, mas não me pergunte pois sei para onde irá.