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sexta-feira, 22 de agosto de 2014



Nossas Janelas.
J. Norinaldo.



Não é altura ou a riqueza da janela, que torna quem se debruça nela, mais feia, mais linda ou mais bela, mas sim este sorriso encantador que mais parece um poema de amor, escrito em um verso só, pelo Poeta Maior. Da minha janela eu vejo a tua, vejo a rua vejo o sol e vejo a lua, tanta beleza numa só, mas quando te debruças na janela, como uma pintura feita com pincel e aquarela, fazes parte do poema do Poeta Maior. Beleza, inocência e humildade, ingredientes da felicidade, felicidade hoje tão rara, não é na morada mais cara que se encontra sempre esta raridade. Da tua janela vês a minha, que também não tem altura ou riqueza, fica do outro lado da rua, mas aqui tenho a felicidade de todo dia poder ver-te na tua. Remetes-me ao meu tempo de menino, num casebre coberto de capim, hoje olho para o outro lado da rua, da minha janela vejo a tua, e em ti debruçada vejo a mim.

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