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terça-feira, 28 de outubro de 2014




A Folor do Mandacaru.
J. norinaldo.


A flor do mandacaru e o belo pássaro colorido, que podia ter fugido da seca mas não fugiu, preferiu ficar na terra onde Deus lhes fez nascer, quem sabe por merecer tal destino  se tão belo e colorido, além de ser destemido como todo nordestino. As aves que aqui gorjeiam, não gorjeiam como lá, Assunto preto Sabiá ou o galo de campina, pintassilgo ou canário, mesmo num triste cenário não esquecem de cantar. Patativa e Coleirinho e o Xexéu de  bananeira, o ferreiro ou o canção, alegram nosso sertão com seu canto verdadeiro. Patativa do Assaré escreveu grande partida, é uma moda comprida, que fala de migração, assim como a Asa Branca que compôs o Gonzagão, dois nomes que tanto orgulham nossa terra, Patativa não partiu, morreu no seu pé de Serra. O meu orgulho é tão grande, maior que o meu nordeste, do que o mar e o céu, nunca neguei que meu poema será sempre foi uma cria do Cordel. Nascido em Cachoeirinha na beira do Rio Uma, Escutando Luiz Gonzaga e Ariano Suassuna, o poeta nordestino tem o verso parecido. Como a flor do mandacaru e o pássaro colorido, pode ser sofisticado, com linguajar refinado sofisticado e belo, mas ama uma embolada um repente e um martelo agalopado.

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