Translate

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015




Grande é o mar, o Barco é grande para Mim.
J. Norinaldo.



Entrei no mar um menino, num barco grande demais, aprendi decifrar ondas, estrelas ventos vendavais, sai um menino velho, e  ai vi que grande mesmo era o mar meu barco não era mais. Com tudo que aprendi com os faróis e a procela, fazendo da vida uma tela onde a tinta está sempre fresca e brilhante e o céu a todo instante mostra faróis aos milhões. Hoje em barcos de brinquedo recordo  o mar bravio, com um corcel no cio tendo por cerca o rochedo, hoje já não sinto medo só saudade sem chorar, sinto saudades do medo que tanto passei no mar. Só quem viu pode contar seu barco numa procela, o vento rasgando a vela roncando como um gigante, o mastro bamboleante como um bêbedo sem rumo como uma folha ao vento como a coragem de um louco a desafiar Netuno. Só quem viu pode contar, quem já enfrentou o mar e com ele aprendeu, que por maior e mais forte, quem conhece bem seu norte chega onde pretendeu. Nem com todos isto e é certo, muitos perecem por lá; mas quem já foi Fuzileiro, não troca o paraíso inteiro pelo balanço do mar.

1 comentário:

Blog de INA MELO disse...

Parabéns pelos textos. Gosto muito de falar do tempo, que segundo o Eclesíastes, existe pra tudo!!!!!!!!!!!!!!