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domingo, 15 de março de 2015



Em Buscado do  saber para Repartir.
J. Norinaldo.


Respaldo-me na encosta do monte, aproveito sua sombra a descansar, antes de partir numa aventura, de conhecer novas terras, nova gente nova cultura; ao deixar o conforto da sombra do monte,  de horizonte em horizonte para quem sabe um dia retornar, trazendo na bagagem o que aprendi, na mente o  que vivencie e vi e a quem queira ensinar. Sei que a vigem será longa e penosa, nem sempre a vista maravilhosa; senão nada teria a aprender; verei pelo caminho o que é belo, mas não em cada curva um castelo e nem em cada campo um jardim. Não ouvirei apenas brados de alegria e de emoções, ouvirei gritos de guerra  estrondoso troar de canhões; na vida nem tudo é fantasia. Ouvirei gemidos de dor  e de prazer, pisarei sobre mortos com tristeza, entre dores e amores uma certeza, uma certeza me dá, que não tenho   a certeza de voltar. Se tudo der certo como sonho, num velho caderno tudo ponho, para na volta a quem queira ensinar. E quando este dia chegar, e me encontre do outro lado do mesmo  monte, onde o sol batia antes, deixando a sombra para eu descansar. Terei que atravessar o monte, para poder alcançar a minha meta, ou a volta não estará completa, depois de tanto caminhar. Será muito triste perceber, que trago na bagagem tudo que vi e aprendi nessa viagem, inclusive pelos mares e por mais que eu me esforce e lute, nenhum ser humano me escute, e eu a sombra do monte permaneça e  comigo tudo pereça girando como um caracol, uma hora na sombra outra no sol.

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