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sexta-feira, 8 de maio de 2015



Depois do Espelho.
J. Norinaldo.



Quando um dia você estiver sozinho sentado num tronco morto a beira mar, vendo as ondas valsando ao som da brisa, e ao longe o por do sol no mar refletido as belas cores do arrebol, baixar a cabeça e senta nos pés descalços a carícia despretensiosa da mansa onda, como a renda da onda maior a valsar, e mesmo assim se perguntar se vale a pena viver? Lembre-se que pena é dó, é sofrimento veja no alto a gaivota que busca o seu alimento sem  a presunção que seu voo seja belo, tente pensar no pequeno peixe que tenta escapar do seu predador se encanta como a beleza do voo será só uma vez; Imagine se vale a pena viver ou morrer por que alguém lhe deixou, apenas porque você se encantou com seu belo voo; que jamais retornou? Você não está pisando o vestido da onda, ela faz questão de lhe tocar, quiçá para lhe dizer que haja o que houver, vale a pela viver. Imagine o tamanho do mar, quanta imensidão, coloque o dedo sobre a onda que te acaricia os pés e prove o sabor e pense que tanta grandeza, tanta fartura, poderá ser,  o  teu predado por falta de água para beber. Depois do Espelho existe outro mundo, que parece ser o mesmo que todo mundo ver, mas não é; a alguém foi dado o dom de conhecer este mundo que parece apenas um reflexo, mas no fundo é bem mais complexo; não é um mundo de faz de conta, é um mundo de ideias e imaginação, todos os poetas o conhecem e o usam como inspiração principalmente na dor e na solidão. Nem sempre você vê no espelho, tudo que ele tanta mostrar, porque te interessa ver somente o vai te agradar. Em fim, como eu queria ser  assim

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