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sexta-feira, 1 de maio de 2015



Indefinição.
J. Norinaldo


A partir de hoje e  enquanto eu  estiver por aqui, vou procurar meu lugar e se ele não existir eu mesmo vou construir, se sou poeta ou palhaço isto vai independer são a nobreza está na alma e não naquilo que se vê. Ninguém mais vai me humilhar sabendo o que está a fazer, ninguém mais vai me usar como se usa um brinquedo, não chorarei em segredo com medo de me expressar, de dizer tudo que sinto para ninguém magoar, enquanto meu coração na Caverna de Platão ver o que me lhe deixam ver. Nem por isto meu poema falará somente de dor e solidão, de desprezo e compaixão, mas precisará ser realmente bela, não só de corpo e de rosto, tudo por fora bom gosto, como a pintura de uma tela, pintada por algum drogado, que nem sequer pensa nela, e sim no que presenta em quanto sua beleza aumenta a droga que compra com a venda dela. A partir de hoje, não deixarei de ter musa, como qualquer poeta usa como sua inspiração; às vezes é uma flor, um sofrimento uma dor, uma história de amor, ou até mesmo a solidão; porém será bem mais fácil a montanha ficar sabendo que foi ela e não você a minha inspiração. Se sou poeta ou pateta, palhaço ou alguém sem definição, continuarei escrevendo enquanto Deus Me der inspiração. A partir de hoje vou deixar de ser triste, pois se alegria existe não existe para ela distinção, o poeta ou o palhaço o sem definição, para dizer a verdade a tal infelicidade não vai rir deste palhaço, nem desdenhar deste sem definição; vou fazê-la sorrir de alegria, com as minhas palhaçadas, as vezes consideradas assim como poesia.

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