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quarta-feira, 29 de julho de 2015




Quanto tempo o tempo Tem?
J. Norinaldo.



Se o tempo me desse tempo, o tempo que necessito o tempo que acredito necessário para viver, uma vida sem correr sempre por causa do tempo. Não tenho tempo  de sobra porque o vento  manobra e me deixa com tempo restrito, quanto mais eu necessito de tempo mais ele foge como algo no alforje na cavalgadura do vento. Quem dera eu tivesse tempo para dizer tudo que sinto, mas o tempo é como um labirinto por onde se sai de repente ou ilusão perdura enquanto a vida foge como o tal algo no alforje da cavalgadura do vento. Ah! Se esse tempo parasse, nem que fosse um momento, assim como para o vendo e se transforma em brisa, não deixaria indecisa a vida assim como um labirinto, eu diria tudo que sinto sem me preocupar com tempo. Mas o tempo é indomável, é cruel e implacável é algo sem coração, é pior que o furacão, que por onde passa arrasa, voa, porém não tem asa, não tem amor e nem casa e por isto é violento, mais velho do que o vento, ninguém sabe sua idade, mas sei que a felicidade não é amiga do tempo. Se você não tiver tempo para ler o que escrevi, vou entender porque sei, já passei e já vivi momentos de não ter tempo nem mesmo para escrever, ainda bem que o tempo me deu um tempo para viver. Sempre há tempo para tudo, pra plantar e colher, para amar e sofrer, para ter desilusões, quando você mais precisar, o tempo vai acabar...

sábado, 25 de julho de 2015




FELIZ DIA DO ESCRITOR. INCLUSIVE AOS ESCRITORES RUPESTRES.
JOSÉ NORINALDO TAVARES.



Hoje, dia do Escritor, e como tal dizem que sou, pois eu mesmo ainda não sei, tenho uma longa lista dessa  gente, persistente, louca muitos que dedicaram a vida a pena a tinta e o papel para homenagear. Porém escolhi alguém que para mim tem um significado especial, alguém que me tocou não pela beleza da visão, mas pela sensibilidade, e por ser uma mulher muito além do seu e do meu tempo. Alguém que  nas noites de solidão, veio convidar-me para um passeio de bicicletas pelo norte da França, partindo de Paris; a mesma pessoa que me fez tomar um porre de um bom vinho ao lado da lareira e comigo conversou durante o tempo que desejei escuta-la, mesmo sendo abstêmio, chegando a sentir  o sabor do vinho e admirando o rosário de pequena perolas fina taça. Alguém que me apresentou amigos em Paris onde nunca estive, e que em muitas ocasiões espantaram a solidão do meu quarto a vassouradas. Pode não ser bela aos olhos de muitos, para mim   uma das mais bela divas, musa inspiradora e razão de muitos sonhos. Se alguém comigo discordar, não poderei fazer esta é a minha opinião, mas com certeza uma calota polar terá muito mais calor que meu olhar para este ser indiferente a beleza diferente da que costumamos tanto valorizar; falo de Simone de Beauvoir. E antes “Da Cerimonia do Adeus” quiçá pela “A força da Idade” que chamamos de “A Velhice”, quem sabe som do cantar de “Os Mandarins”, a gente continua a se encontrar. FELIZ DIA DO ESCRITOR para todos que escrevem, não existem grande e pequenos escritores, existem escritores a todos eu dedico esta singela homenagem, tendo com principal personagem alguém realmente fenomenal, que nos prova realmente o que é ser Imortal.

sexta-feira, 24 de julho de 2015




O Poeta a Pena e o Pincel.
J. Norinaldo.




O poder de quem cria, numa tela vazia, uma poesia em forma de diva ou um barco a deriva, um monte ou um vale que faz com que cale a voz de quem ver, o puro prazer  no bailar do pincel numa musa sem véu ou um monte gelado, pelo pintor assinado como um sinete do céu. O poder de quem cria numa folha em branco como a tela vazia, sem aquarela pincel ou tinta, mas pinta a terra, o mente e o céu e a deusa sem véu. Fantasia ilusão e até o amor de numa civilização que já foi extinta, o pincel e a pena nas mãos de poetas de diferentes estilos, como tigres e esquilos ornam a natureza sem distinção de grandeza, onde transborda beleza a natureza inerentes. O pincel que assina uma tela ou a pena que assina um poema um para outro é tema, numa estrofe  um jardim com rosas rorejadas de orvalho, na tela um carvalho belo e centenário coberto de flor, onde um lindo canário parecendo faz uma seresta a deusa do amor. O Poder de quem cria não está em quem ver, mas naquele que crer, que até na fantasia, a vida é uma tela copiada de uma poesia.

sexta-feira, 17 de julho de 2015




A Amiga Estela Fink
J. Norinaldo.



Estela que com certeza significa estrela de beleza de   inigualável como a beleza azul de todos  mares, és a estrela que mais brilha no céu de Buenos Ayres. Para nós a Estrela Dalva que como criança no céu brinque, te dedico Estela Fink, este singelo poema, cuja beleza do tema, é um dos mais belos pares Estela  e Buenos Ayres, foram feitos um para o outro como a onda para o mar, como o amor para se amar com um tango a ser bailado ao som de um Bandonion,  lá no Teatro Colom por um casal virtuoso que o pico da beleza alcança e consegue fazer da dança, um louvor a Deus amado. Obrigado amiga Estela por me dar tua amizade e que a felicidade seja tua companhia, não somente por um dia, mas por toda a eternidade.

sábado, 11 de julho de 2015





A lágrima a Rosa e Beija flor.
J. Norinaldo



Ao amanhecer fui ao jardim como faço sempre colher uma rosa para te enviar, porém hoje lembrei que você em minha vida não mais está, uma rosa linda rorejada ainda pelo orvalho não vi que uma lágrima lhe caiu bem no meio; afastei-me tristonho e em meu devaneio quis voltar e colhe-la assim mesmo e guarda-la para mim. Ao me virar me deparei  comum  colibri cortejando minha rosa e fiquei a olhar, de repente atrevido beijou minha flor e levou minha lágrima com o néctar doce, como se fosse entrega-la a quem me deixou. Colhi esta rosa e coloque num vaso que por acaso ela me presenteou; não sei se por ciúme não senti seu perfume ou se foi junto com a lágrima com o beija flor. Todos os dias agora naquele mesmo horário, o mesmo cenário aquele beija flor, fica bailando para todo lado quem sabe procure de repente algo diferente um néctar salgado. Já não tenho mais a quem oferecer uma rosa, então fiz esta prosa pensando em você quiçá queira receber todo dia uma flor, sem nenhum interesse não será sacrifício, mas é um desperdício deixar murchar no pé, rosas tão lidas por falta de amor. Sim! É para você que está lendo que estou oferecendo esta prosa e esta bela rosa e o perfume que dela  semana; tenha um poético fim de semana o que desejo a você que jamais fique sem alguém para uma linda rosa oferecer.




A Ilusão é perfeita.
J Norinaldo.

Não se iluda nem por um momento, você pode se transformar de Musa em Medusa, na velocidade um de um pensamento. Basta um ato, basta um fato, basta um acho; e tudo vai por água abaixo. Afinal Afrodite, Nefertiti, Lilith,  e as três Górgonas são frutos da imaginação. Portanto não se iluda por um só  momento, você pode se transformar de Afrodite em Esteno na velocidade de um pensamento. Inveja? Não. Apenas o conhecimento que pensamento é o mesmo que imaginação. Dê asas ao pensamento e terá um deus alado criador de tudo acima; da poesia sem rima, da deusa bela e da feia; da triste e da satisfeita; mas talvez nenhuma saiba que a ilusão é Perfeita.


sexta-feira, 10 de julho de 2015


Sonho loucura ou Realidade?
J. Norinaldo


Deus Será  como paredões de montanhas que nos cercam pela frentes e pelas costas, se gritas com o eco Te responde. Se calas, nossos  silêncios serão Suas respostas. Dos lados haverá os oceanos, e o vento levará a nossa voz que tarde que ou cedo se chocará contra o rochedo causando o caos e ai de vós;  que trocamos a fé pelos canhões, a família pelas divisões, estando longe ou  testando perto, em vez de mar terá deserto, ao invés de sorrisos contorções e não sobreviverá nem o mais forte; os abutres se banquetearão da morte até, nada a mais restar. Oh! Mas que poema pessimista, eu sonhei com um sabre reservista e com uma deusa sem um seio, e o mundo bem ao meio dividido e depois como um campo de centeio por uma praga de gafanhotos totalmente destruído. Não restará montanhas mares ou deserto nem a bainha do sabre enferrujada, nem gritos nem ecos nem mais nada; somente na areia enterradas, moedas com faces cunhadas  e medalhas dos senhores da guerra, daqueles que em nome dos tesouros e da maldade  da disputa; fizeram  da vida uma luta e livraram a terra da humanidade. Alguém ainda lembrar-se-á da Bandeira da Paz, e a acenará mais já será tarde demais sendo este   o último a tombar. Existem  sonhos pessimistas e malvados, porque os gafanhotos éramos todos nós fardados, existindo apenas dois lados e nenhuma trincheira no meio, do tal mundo pelo sabre  dividido, éramos gafanhotos e o  campo de centeio... No fim tudo, tudo destruído. Acordei todo suado com este pesadelo medonho, está certo foi apenas um sonho, mas eu continuo apavorado.



A Última Curva da Estrada.
J. Norinaldo.



Antes da última curva da estrada, sabendo que depois vem o nada o que será que pensamos por quem será que choramos; o que mais lamentamos o que deixamos de fazer? E por quê? Durante a caminhada será que plantamos na estrada uma sombra para quem vem atrás? Deixamos alguns frutos de vez, usando nossa sensatez e pensando que às vezes um pouco é demais? Chegando a última curva da estrada e vê uma alma sentada a entrada de uma caverna,  meditando sobre a pedra eterna, como eterna é somente a estrada. A última curva e o nada, como uma cortina fechada no ato final de uma peça teatral, onde a estrada  foi palco e você o ator principal. Depois da última curva, não adianta rever seu papel, pois já foi desempenhado, antes da última curva ficaram os aplausos, ou a vaia, depois somente o silencio e o escuro, só presente não há mais futuro ou passado depois que a cortina caia. Quem medita sobre a pedra eterna, na entrada daquela caverna cuja forma é um coração, igual àquele que depois da última curva da estrada vai se apagando como uma tocha, batendo um segundo, outro não. Somente a estrada é eterna e o coração da caverna que por não bater, não para não pode morrer e continua antes da última curva da estrada.




Minhas máscaras.
J. Norinaldo.



Não tenho a ilusão de ser perfeito, sem sequer conhecer a perfeição, negar minhas máscaras de loucura, de inveja, ciúme e ingratidão; nenhuma, no entanto de imperfeito, já que não conheço a perfeição. Não tenho a ilusão de ser feliz, até porque felicidade é um estado, efêmero como a vida de uma flor, que se abre e oferece sua beleza e perfume e em pouco tempo fenece já sem cor. Não tenho a intenção de um poetar, que agrade ao Padre, ao Monge e ao Cardeal, meu poetar é simples e natural, como simples é o nascer da manhã; minha máscara assim como as do Louco de Gibran para alguma mente sã, podem parecer um carnaval. Mas escodem a dor o sofrimento, outras mentiras  ou sonho insano, defeitos inerentes ao ser humano, que tenta mascarar as próprias máscaras. Não vou esconder as minhas máscaras, que não me libertam da tolice da resposta do espelho ou da mesmice da tentativa de fugas do presente ou das rugas do excesso de passado  não recente esconder, para onde voltaria com prazer para ser criança novamente.

segunda-feira, 6 de julho de 2015




Onde Estás?
J. Norinaldo.


Esperei-te com lindo buquê de rosas, mas o tempo passou e elas murcharam; continuo esperando só que agora minhas rosas já secaram, enquanto tinha lágrimas às rorejei, mas as lágrimas também secaram e eu sequei, sentei, e mesmo  já sem lágrimas chorei. Por que me dissestes que viras, era tudo mentira, não amavas nem a mim nem as minhas poesias e fostes por tanto tempo minha musa inspiradora, não posso acreditar em traidora alguém que tanto amei, ou ainda amo, não sei. Senão o que faria aqui chorando um seco pranto, com secas rosas em minhas mãos, apertando sem sentir os seus espinhos, sem sentir a dor no meu sangue que escorre, assim como alguém que aos poucos morre, sentindo diminuir o bater do coração. E tu onde estás, se eu  sobreviver o que dirás a este ser débil e quase exangue que ao invés de lágrimas chora sangue da mão perfurada por espinhos cecos das rosas sem perfume e cor, que para ti colhi com tanto amor, por favor aonde estás. Se aqui alguém estivesse veria certamente, minhas roas ficando vermelhas novamente com o sangue que da minha mão escorre, assim como alguém que as poucos morre, consolado apenas pela ingratidão. Onde estás? Já perdi as esperanças, se sobreviver viverei só das lembranças deste amor que já não existe mais. Mas por favor, Diz-me ao menos onde estás.




Te Amo!
J. Norinaldo.



Se o teu olhar com palavras tivesse o dom de descrever, creio que iria viver somente para esse fim, Queria imprimi fundo na minha alma este olhar até o fim. No teu olhar eu ouço liras dedilhadas por arcanjos, vejo anjos e querubins, vejo o mais belo dos jardins, vejo tanta coisa que não sei dizer, quiçá eu fosse um poeta, um alquimista quiçá, que soubesse transformar no mais raro dos brilhantes, que deixasse por instantes opaca a luz do sol, e até o mar púrpuro pelas cores do arrebol. Nem imaginas o quanto amo este olhar, desde que viestes ao mundo, desde que os meus olhos tiveram o privilégio fixar este olhar. O meu amor por ti é tão grande que até parece insano, é maior que oceano que o céu que o infinito, este amor é tão bonito; que é muito difícil provar que outro maior existiu.  O amor de Romeu por Julieta seria uma historieta diante do que por ti sinto, e Deus sabe que não minto querida, és uma das razões da minha vida, e a minha musa favorita; se algum espelho te disser que existe outra mais bonita, podes crer não é verdade; joga-o fora, pois  é” Made In Falsidade”. Amo-Te tanto, mas esse tanto é tanto que no universo não tem canto para acomodar tanto amor; as vezes quando estou triste, olho para o teu retrato e com a certeza que algo tão belo existe e também me  ama em fim, que está impressa bem fundo na alma que existe em mim;  me volta  a alegria, a inspiração e com as tintas do meu coração te escrevo uma singela poesia. Te Amo!

domingo, 5 de julho de 2015



A Dor tem nome e sobrenome.
J. Norinaldo.


Olhei bem dentro dos teus  olhos e vi a felicidade e a certeza, bem como Narciso viu no lago a sua grande beleza; jamais imaginaria que a falsidade maquia até um belo  olhar, como a lua sobre o mar numa noite de calmaria. Oh! Quanto me dói pensar o quanto fui infeliz em de ti me aproximar, não por me apaixonar porque não me apaixonei, mas em ti depositei toda a minha amizade e carinho, sem perceber que caminhava sozinho por uma estrada escura cheia de pedras e espinho. Não sofro por ser palhaço, para isto a sorte convida, e dá por picadeiro a vida, dá os molambos e a tinta, às vezes ela mesma pinta a quem não sabe pintar. Sabe qual minha maior ira, é que odeio a mentira e quem mente somente pra magoar. Alguma coisa eu entendo, mas nessa vida ainda aprendo que quem está na arquibancada, mesmo sem posses e dinheiro ou maldade, um dia pode está no picadeiro sem a chance de sair, e triste, mesmo triste ter que fazer sorri parte da humanidade. O meu lamento maior o que mais me dói no peito, fui eu que me aproximei o que deu em mim eu não sei, não consigo explicação, porque o meu coração me conhecendo tão bem, deixou eu me aproximar de alguém, que iria me  magoar simplesmente  sem razão.
Agora vou dizer teu nome, o teu nome é Solidão, sobrenome... Depressão.






O Meu Velho Amigo Imaginário.
J. Norinaldo



Eu hoje tive um sonho estranho e lindo, alguém me pedindo explicação, sobre se me lembro de onde me separei  do meu amiguinho imaginário, e por não me lembrar no próprio sonho eu chorei. Acordei e fazia muito frio, mesmo assim levantei-me e vim aqui escrever; será que meu amigo se foi ou será que também envelheceu, ou é amigo imaginário como um protetor lendário, de algum outro menino solitário, que foi o menino que fui eu? Ou sempre esteve comigo, sendo o meu melhor amigo de quem por vergonha o esqueceu. Escrevo sobre flores e marés, por do sol igarapés, divas e musas que sequer olham para mim; e se olham muitas vezes com desdém que por costume não me abala. A partir de hoje vou tentar escrever de quem não fala; se no meu verso vejo na praia numa noite de luar uma mulher, falarei do que ela ver não do que é; não é vingança ou discriminação, apenas  um encômio a gratidão e a beleza de cada cenário, tentar reencontrar meu amiguinho imaginário tentar compensar minha omissão.  Ninguém me pediu para ser minha musa ou minha diva, são apenas ossos da inspiração; nenhuma delas me deve nenhum favor, amizade, carinho, amor ou paixão; seria como salvar um crocodilo e dele exigir carinho e gratidão. Vou escrever de quem não fala, mas apenas vive por instinto, diferente de mim que às vezes minto para de alguém afastar a solidão, apenas como poeta e amigo; quantas vezes a solidão o abandonou  para seguir junto comigo. Poeta é diferente de palhaço, não se pinta e nem tem obrigação, de provocar gargalhas, mesmo com uma grande dor no coração; não! Não há misoginia, apenas, como alguém disse que não seria o poeta de um mundo caduco, eu não serei mais  o poeta maluco, que não sabe sequer,  onde ficou seu amiguinho imaginário mas vive bancando o otário, poetando para uma mulher qualquer; que quiçá peça para ser declamada enquanto noutra cama é amada em um momento de extasia  a outro odeia poesia mas é amado e querido, que a  resmunga ao seu ouvido , depois dos suspiros ouve a voz trêmula dizer assim , adoro o jeito desse cara escrever, e esta ele fez exclusivamente para mim. Talvez esteja na hora de buscar um velho e imaginário amigo, para comigo dividir inspiração; escrever sobre as belezas da vida, mas por que não falam não nos devem nenhuma gratidão

sexta-feira, 3 de julho de 2015





A fonte da juventude e o Relógio do Tempo.
J, Norinaldo.



Até hoje não se encontrou a tal fonte da vida, a água do rejuvenescimento, se fosse eu a encontrá-la, pensaria bem antes de usá-la, se fosse para voltar e fazer tudo igualmente. Não sei se valeria pena, colocar na balança perdas e ganhos e novamente o destino fatal, se não pegaria o meu embornal e seguiria em frente; mesmo sabendo está bem perto do final. Eu falo por mim e não por todo alquimista, por que fui quem escreve prevaleça o meu ponto de vista; pois aforismo  velho, gasto que é mais um velho ditado, diz claramente, que aquele que consegue esquecer o passado, está fadado a repeti-lo na íntegra novamente. Quiçá esta fonte já foi encontrada, por alguém que pensava exatamente assim com penso; cobriu-a de terra e marcou quatro linhas, cavou alicerces e com meios modernos, construiu um edifício quase que eterno, como um Templo a ser venerado. O  homem ainda busca essa fonte; como a mais rara tela, quiçá pregando num púlpito, exatamente em cima dela. Engraçado quando somo crianças, e a felicidade tem outro valor, um carinho um afago uma torta de nozes, um conjunto de vozes a nos dedicar amor; sonhamos crescer para sermos felizes, como pais, empresários alquimistas, que quando bem próximo do fim do sonho sonhado, se arrepende por não ter vivido, por tanto tempo perdido; tentando voltar para passado. O que mostra que a humanidade, que tanta coisa pelo caminho deixou a alquimia foi substituindo o melhor que o homem inventou, e com capitalismo, se foi o amor , romantismo, fantasias que lucro não dão; já se pensa até noutra terra esquecendo a que sempre lhe deu o pão, já quase toda destruída por guerra, seus cabelos podados por serra, cada vez mais ligeiras com a evolução. E o homem que grita no púlpito o pastor grita aos rebanhos seus, vendendo essa eternidade, em nome não sei de que deus. Quero que alguém me aponte quem desprezaria tal fonte e lucro que com ela teria, para seguir seu caminho, falando de rosa e espinho escrevendo alguma poesia; sabendo que o fim está perto, e se olhar para trás só deserto que o próprio homem criou com sua hipocrisia.

quarta-feira, 1 de julho de 2015




A felicidade fugiu  dos  meus primeiros Sapatos.
J. Norinaldo



Feliz criança correndo de pé no chão, olhando o céu encantado como um balão, uma vez por ano na noite de São João, lá bem longe numa vila do Sertão. Faz tanto tempo  que até não lembro mais o tempo que faz que vejo outros balões, mais coloridos, mais ricos tão enfeitados, colorindo, enfeitando  outros céu tão distantes, quantas vezes estive bem mais alto que os balões, vendo voar condores, águias e falcões, sobre montanhas onde o gelo era a floresta, e os altos picos frestas por onde as nuvens brincavam, mas nunca esqueci minha vila e seus balões. Tão orgulhoso mesmo com os pés no chão, quando ouvia alguém dizer este ai, dizia alto duvido, pois foi feito por meu pai. Ainda não sei por que não fiquei naquele tempo, onde uma chuva era motivo de tana alegria de verdade, em cada esquina  estava a felicidade, mas mesmo assim eu sonhava em crescer. Cresci e cresceu junto comigo a amargura e o infortúnio de fugir da minha Vila, onde descalço eu corria e brincava, até Bel desligar o velho motor Caterpillar. Há pouco tempo estive na avenida mais larga do mundo, um obelisco dez vez mais alto que a mais alta torre que conhecia, estive na maior praça do mundo, vinte vezes maior que a minha Vila, ninguém sabia por que meus olhos marejavam, nem imaginavam que eu sentia saudades do velho motor Caterpillar. Hoje quando vejo um belo balão no céu, lembro-me de Bel que quando o motor coisava, eu quase morria de medo de voltar sozinho para casa. Feliz criança correndo de pé no chão, hoje um velho bem calçado e sem noção, do que é realmente alegria como antes eu corria só para ver um balão. Para onde foi a minha felicidade, será que ficou na cidade que hoje deixou de ser vila, tendo hoje iluminação moderna, às vezes penso que se pudesse voltaria pra caverna de Platão; ou voltaria a correr de pé no chão, até que Bel desligasse o Caterpillar. Que me adianta ser poeta e, no entanto, chorar tanto de saudade do passado; ah! Se pudesse eu voltaria correndo para minha Vila, mas esta também não existe mais, não sei então o que ainda faço aqui, já sem sem sorrir e com medo de olhar para trás.