A Deusa e a Nuvem.
J. Norinaldo
Se na beleza fugaz de uma nuvem, tu vês o mais belo idílio,
imagina-te diante da deusa mais bela que já vi quase nua sorrindo para ti, tão
bela que nenhum cinzel, nem mesmo o que esculpiu Davi, seria capaz de molda-la.
Sem necessidade que lhe gritassem: “Fala” mesmo assim ela te falasse de si. E a
tinta que esconde a doçura de mil colmeias e a beleza de mil azaleias em um só
bosque encantado, que mesmo se encontrando pintado, a imaginação o poetiza,
como se os pelos dourados fossem um trigal a dançar sob uma suave brisa. As curvas montes e vales, que fazem a imaginação bailar
como a beleza fugaz de uma nuvem que forma um castelo ou monte, que o sol
transforma num lindo brilhante e de repente já não existe mais. Esta deusa
mesmo sem seu pedestal, vestida apenas com ideias geniais, pinceladas e não por
um cinzel, que nos faz invejar o pincel,
sonhando lamber das mil colmeias o mel,
eriçando o trigal como na ventania sentido a sensação de uma nuvem no céu.
Sem comentários:
Enviar um comentário