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sexta-feira, 14 de agosto de 2015




O Sol, Você,  O Poeta e o Pintor.
J. Norinaldo



Sem permissão ou cumprimento, o sol adentra minha sala a enchendo de luz vida e calor, enquanto num canto eu escrevo antecipando o sol se por, numa explosão de beleza tornando púrpura a natureza como um manto de amor. Como um pintor com seu pincel, ao invés de pintar azul o céu, ao entardecer o arrebol com tintas douradas faz o por do sol como a mais linda tela, usando a mesma aquarela mudando somente a tinta, no mesmo lugar, na mesma rua aguarda o nascer da lua e nasce mais  outra obra prima, assim como um poema sem rima, que apenas descreve a beleza sem igual, que nos proporciona a natureza, pintada ou vista ao natural. Numa casa de portas sempre fechadas o sol não entra, espera humildemente  nas fachadas, que uma janela seja aberta, facilite sua entrada não evite, o sol não precisa de convite e nem de tapetes e cortinas coloridas; chega sempre na hora certa e entra onde houver uma porta aberta, trazendo, luz e calor as nossas vidas. O que seria da terra sem o sol, o que seria do pintor sem arrebol e do poeta sem a luz, o que seria das almas sem Jesus. Hoje minha janela está fechada, chove a cântaros lá fora, mas eu sei que o sol não foi embora, e assim que toda essa chuva passar, ele novamente surgirá com toda beleza e esplendor, novas telas inspirará assim como novos poemas de amor, mas mesmo sendo o Astro rei e tendo o céu para reinar, a noite se retira cavalheiro, deixando o céu para a lua brilhar; não existe disputa nem ciúme o mesmo que num jardim uma flor não sofre porque outra é mais bela e tem  muito mais perfume.

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