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segunda-feira, 28 de setembro de 2015




Estrelas que se apagam.
J. Norinaldo.



Enquanto pastoreio meus fantasmas, como estrelas que  deixaram de brilhar, que existem somente em minha mente doentia, que arrebanha fantasma dia a dia como a tarefa mais sublime de uma vida totalmente vazia. Procuro e procuro sempre a esmo, sem ver nenhum brilho em mim mesmo quiçá já não tenha direito a um cajado, devendo sim ser pastoreado, estou no lugar que não devia. À noite as estrelas são tão belas, mas mesmo elas perdem a luz, tento contá-las, não consigo e fico pensando aqui comigo, a que esta vida nos conduz? Estrelas, vida e amor, o que nisto tudo tem de real valor? As estrelas, só  se pode vê-las, o amor nem sempre conseguimos, e assim na vida prosseguimos até que ela termine, terminado também com a nossa dor. Alcançar às estrelas, impossível, a vida sem amor é desprezível, nos restam os fantasmas já sem cor. Mas tanta gente que se ama e poderia ter a vida das estrelas, mas sofre por não poder telas e por ciúme, diferentes das flores de um jardim, que doam livremente seu perfume, transmitem a felicidade, sem sofrer pela efemeridade que o jardim da vida lhe legou. O que pensará meu rebanho, ou será que este rebanho aqui sou eu, que tive alguma vida no passado, de real aqui só o cajado e a luz distante das estrelas?

1 comentário:

Anamélcia disse...

Estrelas, vida e amor... A primeira nos fascina como foram flores de luzes, bordadas no manto do universo! Inspiram poetas, espiram enamorados! Mesmo sabendo que muitas já há muito morreram, e sua luz ainda viaja e nossos olhos veem o que não mais existe. A vida... Essa que nos pulsa e nos faz sermos todos, do mesmo rebanho, de viventes, sobreviventes! Essa que é tão nossa, um turbilhão de átomos, feitos da mesma matéria das estrelas! Amor...Palavra tão pequena, e te carregando tamanho fardo, de ser por todos perseguida, por todos sentirem-se no direito de possuí-lo...Mas o amor é ave fugidia...Lindo, livre e vem sem que esperamos e vai quando queremos tanto que fique...Pobre alma essa que quer aprisionar o amor! Pois a prisão o mata, da morte mais perversa, de fome, fome de vibrar os acordes nas manhãs, mesmo as mais chuvosas, e por fim, quando o ciclo vital, esse mesmo que a todos nós espera no fim de tudo, voltaremos a sermos, poeira de estrelas!