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quarta-feira, 16 de setembro de 2015




Herói de Fantasia.
J. Norinaldo




A menina que me amava como será que me via? Uma águia, um rochedo um herói de fantasia? Uma linda adolescente, inocente, inocente? Nem tanto! No escuro do seu quarto ao som de um surdo pranto desfilavam seus fantasmas, seus segredos,  que em aparente calma desnudavam sua alma para afogar-se em seus medos. Sua águia,   seu rochedo seu herói de fantasia foi desfeito lentamente e morreu assim de repente, ao saber que a menina não mais existia. Hoje a menina de ontem como um botão de flor, que acreditava no amor como sonham outras  crianças, hoje teme olhar para trás e se enxergar de tranças; criando heróis e rochedos que afugentariam seus medos e os seus fantasmas cruéis que lhe legaram por sina; hoje companheiros fiéis da mulher já não mais menina. Seu herói já homem feito enquanto ela criança, que alimentava a esperança criada em contos de fada, que viria em seu cavalo branco com uma brilhante espada, tendo o trovão como voz, a livraria do algoz e eram felizes para sempre. Para sempre não existe, seria tempo demais, mas se tivesse coragem e ousasse olhar para trás, veria os restos mortais, mas não acreditaria, que aquilo um dia fora, sua paixão de menina... Seu herói , sua Fantasia.

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