Outras Vidas.
J. Norinaldo.
Mostre-me o caminho e deixe por
minha conta a caminhada, na bagagem não levarei nada que não seja útil e não me
pese, apenas se lhe agrada por mim reze para que eu consiga meu intento,
sozinho nunca estarei porque do vento eu já conheço o linguajar. A solidão não
me assusta pois a cada passo, refaço na mente o meu caminho na certeza de não
caminhar a esmo, se preciso converso comigo mesmo e daremos boas gargalhadas;
não me preocupa nem um pouco, pois ninguém me chamará de louco, como disse
antes estou sozinho. A estrada da vida é uma escola, onde muitas vezes você
cola porque nem tudo há de saber, esta estrada é viver, não importando se já
conhecemos o fim; vale a pena caminhar mesmo assim, deixando pegadas de
exemplos, como pinturas nos vitrais dos templos, coloridos cintilantes, que nos lembram de outros
caminhantes que nos antecederam no caminho. Quem me mostrar a estrada há de
seguir-me, ninguém conhece o caminho e seu entorno, pois jamais haverá retorno o que vir até o fim
esquecerei, ou para sempre comigo levarei, deixando somente as pegadas; que
podem ser seguidas ou apagadas e precise novamente alguém mostrar, os inicios
das estradas. Quem não conhecer do vento o linguajar, poderá não suportar a
solidão e mesmo sem ninguém para chama-lo de louco, conversar consigo muito
pouco, e o vento apagar suas pegadas; que por ninguém serão seguidas, não vê as
belezas do entorno, acreditando que haverá retorno, como se fala...Outras
vidas.
Sem comentários:
Enviar um comentário