Triste Falta
de Razão.
J. Norinaldo
É triste ver
no passado somente um quadro velho e borrado
pela lama do monturo, ver no presente um futuro sem nenhuma esperança, mas
gritar aos quatro cantos que é feliz desde criança; só ela diz a verdade porque
a felicidade é amiga de confiança. Acredita que seus grilhões ao mundo sejam
invisíveis, que tudo que diz é crível e decente e que a ferrugem não corrói sua
corrente pela sua qualidade, aonde chega à vaidade de elogiar a tortura até adoçar
com amargura a tristeza que há em si. Postular um pedestal onde jamais estará,
não só por falta de méritos que a razão há de negar; mas porque teima em seguir
na frente se negando a olhar para trás,
temendo ver-se sozinha sem ninguém a lhe seguir mais. Não vê a máscara que o
espelho lhe revela, porque só ver o que quer ver; sorrir para o para brisas por
que este é bem maior, do que o retrovisor que mostra por onde passou, mas a frente não vislumbra jamais aonde
chegará. Aquele que olha para trás e Vê um quadro borrado tem um futuro inexistente,
pois este quando chegar é presente e logo a seguir passado. É por razões como
essa que é triste ver o açoite na mão livre da corrente, de quem deveria estar
na frente... Como tração da caleça.
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