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quarta-feira, 30 de dezembro de 2015




FELIZ ANO NOVO A TODOS E MUITA REFLEXÃO.
J. Norinaldo.


Eu tenho amigos distantes, eu tenho inimigos ocultos, recebo elogios e insultos durante o meu dia a dia, junto ódio e alegria coloco tudo num poço, canto um mantra que só eu ouço, destilo tudo e transformo em poesia. Se esta terra fosse minha o tempo não existia, não haveria contagem abraços uma vez por ano numa junção como esta, a vida seria uma festa animada pela orquestra regida pela fantasia. Todos podiam crescer, sem a criança esquecer, aquela que foi um dia, mas dia seria tempo então brincar a qualquer momento sem censura se podia; quando desejamos a outros muita paz muita e alegria, é por que isto anda em falta já não é como era antes na verdade o que anda em alta é a soberba e o orgulho sem lembrar que em pedregulhos se encontram diamantes e que a felicidade está na simplicidade em amar nossos semelhantes. Imagine velhos homens jogando com bola de meia, velhas senhoras nas calçadas brincando de amarelinha, olhando o céu a noite e apontando as estrelas dizendo aquela é minha; sem ninguém ser considerado biruta ou retardado porque tudo normal seria; o tempo tecendo a meia para a eterna brincadeira, para a terna poesia. O poço só serviria para saciar a sede e não para destilar ódio, e o plano seria o pódio nivelando por igual, sem haver desigualdade, elogio ou insulto, sem inimigo oculto ou falsidade a vista, a terra toda sem lista sem divisa e sem mapa, a vida seria uma revista e a humanidade a capa. Neste ano que chega mude o modo de pensar, e volte a ser criança, descubra que esperança não se trata de esperar, esperança na verdade para quem quer felicidade, corre atrás e vai buscar.


domingo, 27 de dezembro de 2015




 FELIZ ANO NOVO
 E CANTEMOS JUNTOS A MESMA CANÇÃO, QUE FALE DE AMOR E DE PAZ E PAIXÃO E A GUERRA JAMAIS E NEM FALTA DE PÃO.
J. Norinaldo


Vamos pensar bem grande, flutuar num poema, sem escolher o tema só deixar fluir; vamos beber da fonte que fica além da linha do horizonte vamos pensar no por vir. Falta pouco para a terra completar novo giro e se eu respiro, penso e pensando em consenso em te ter como amigo, plantarmos juntos o trigo e dividir o pão, estar sempre lado a lado, de mãos dadas cantando a mesma canção. Por que não sermos todos irmãos, darmos todos as mãos, e abraçarmos a terra, sem pensarmos em guerra ou nas linhas que nela fazem divisões? Vamos reacender a tocha da esperança enquanto a terra avança para um novo giro, vamos elevar a voz falando de nós sem esqueceu o eu, não vamos esquecer o passado ou estaremos fadados a cometer os erros já cometidos em antigos giros que a terra já deu. Vamos respeitar a vontade alheia, assim como o sábio pois na hora da ceia sempre haverá pão nem um gesto e quiçá uma cadeira vazia. Amigo, se juntos não plantarmos juntos o trigo e torcer pela chuva pensar só na uva para fazer o vinho e celebrar a colheita sem a plantação feita ou por algum deus antigo, que tudo faça por nós; vamos elevar a voz, cantando a mesma canção, cada um segurando a mão de quem estiver ao seu lado, sem ver sua cor ou reparar  as suas vestes, do contrário as pestes ceifarão nosso trigo e cada um sozinho, pense junto comigo, não haverá colheita, nem pão e nem vinho. Cante, seja feliz bastante e nunca se esqueça que enquanto a terra completa o seu giro, perto de si ou distante...alguém estará dando o  seu o último suspiro.




Retrospectiva. E Um Feliz ano Novo.
J. Norinaldo.



Antes das eleições eu tinha 4.247 durante e logo após fique com 4.118 e atualmente mais de 4.500 e aumentando todos os dias os pedidos de amizade. Foi uma coisa boa perder pessoas adicionadas  principalmente conhecidas, de certa forma sim, pessoas que eu pensava que conhecia por ter convivido e até chamado de amigo, descobri que para os mesmos só presta quem pensa igual a eles; patrulheiros ideológicos, muitos inclusive que considerava com algum grau cognitivo mostram-se  verdadeiros trogloditas, com palavras de baixo calão e ofensas horríveis como se falassem a seus filhos. Sinto falta dessa turma, nem um pouco, caso venha a encontra-los os tratarei como for tratado, se ignorado ignorarei se bem recebido retribuirei, sem mágoas ou rancores. Fiz uma reflexão e pude constatar que se pessoas que você considera ou considerou, te tomam por inimigo em nome de quem nunca viram ou chegaram perto, não se pode confiar em alguém que assim age num momento de necessidade ou aflição, portanto quanto mais distante melhor. Você que continua na minha lista e no meu coração, pode ter certeza que sei conviver com as divergências de ideias, não admiro apenas quem pensa igual a mim; se errar e me for mostrado o erro, me penitencio, pois não tenho nenhum compromisso com o erro; acredito que isto é ser racional. Agora, não aceitarei jamais cabresto deste ou daquele porque jamais tentarei convencer ninguém de nada, cada um tem o seu modo de pensar e é senhor dos seus atos respondendo por suas consequências. Sinto que pessoas que admiro tenham sido por mim deletados, por se acharem no direito de mandarem na minha vida; outros com cérebro totalmente lavado e que não aceitam alguém que conseguiu escapar da lavagem; alguns que tem a coragem de elogiar e admirar seu trabalho, outros que por inveja destrutiva, ou por desconhecerem que o invejoso sofre mais com o sucesso dos outros que com seu próprio fracasso; além de não valorizarem e podendo apenas ignorar, mas ousam colocar defeito naquilo que não sabem fazer igual, ou melhor. Decepcionei-me e muito com muito de quem esperei tanto e os vi aqui o tempo todo copiando e colando coisas com e sem fundamento, sem escreverem de seu uma linha; gente a que prestei reverência por muitos anos, descobre o tipo de escrita que sabiam fazer bem, escrever num livro e não um livro como verdadeiros promotores  de uma Justiça arcaica e praticamente sumária, onde o direito de defesa era hipotético ou patético. Foi bom o ano de 2015? Foi e espero que o próximo seja bem melhor, não somente para mim ou para aqueles que fazem parte da minha lista de amigos, mas também para aqueles que saíram e todos que nunca entraram. Que seja um ano repletos de felicidades e realizações, muita saúde e muita paz, que não nos falte a vontade de sorrir e de fazer sorrir; que haja menos corrupção em todo o mundo, que cada um respeito o Deus do outro; nenhum preconceito ou discriminação, muito mais amor, amor verdadeiro e sem limite. E o que o Bom Velhinho não trouxe no Natal, busquemos por conta própria neste ano que se aproxima e que nos aproximemos cada vez mais de uma sociedade fraterna e pura, onde o amor incondicional seja a estrela maior na bandeira que a simbolize. UM FELIZ ANO NOVO A TODOS. TODOS NÃO SOMENTE A QUEM ESTÁ NA MINHA LISTA, MAS QUEM SAIU, OU QUEM NUNCA NELA ESTE. QUE A FELICIDADE E A PAZ SEJA UMA CONSTANTE NA VIDA DE TODOS.

sexta-feira, 25 de dezembro de 2015




UM FELIZ ANO NOVO CHEIO DE REALIZAÇÕES E MUITAS REFLEXÕES.
J. Norinaldo.



Caso você não esteja preparado (a) para enfrentar a vida e o tempo, prepare-se para morrer várias vezes. Quando surgir a primeira estria, o primeiro cabelo branco e a primeira ruga; você pode ir maquiando tudo isto, enganando a todo mundo, menos a você mesmo (a). Conheço alguém com quem tive alguma intimidade num passado distante, que era linda e continua até hoje, mas também conheço outra na mesma situação e que inocentemente disse para esta pessoa que tinha uma foto tirada com ela na época supracitada e perguntei se poderia postar aqui; o que ouvi realmente assustou-me, arranjaria uma inimiga feroz se fizesse tal coisa. Realmente o tempo não foi legal com essa pessoa, quem olhar aquela foto e vê-la hoje tomará um grande susto. Como se sentirá uma pessoa que fez outras quase quebrarem o pescoço quando passava destilando sensualidade e beleza e hoje vem passear de tão longe em seu torrão natal e fica presa em casa sem sair para não mostrar uma realidade que acontecerá com todos, pois quem preferir a alternativa, não passará por isto e nem por nada mais nesta vida? Que adiantou as plásticas e os artifícios que apenas procrastinaram tal situação. Você que pensa como a Brigite Bardot, que foi Sex Símbol  do planeta de uma geração, e aproveitou a velhice para ser admirada não mais pela beleza e pela sensualidade, mas pela qualidade de vida e de atos praticados atualmente em defesa dos animais; não esqueça  que logo a Terra completa mais um giro em torno do Astro Rei, e que se você ainda está aqui para abraçar e ser abraçado (A)  desejará e lhes será desejado muitos e muitos outros abraços nessa época, portanto se os giros que presenciou foram muitos, não se envergonhe disto, agradeça, pois nem todos tiveram tal privilégios; deixando esta terra que continua e continuará girando, sem um ruga, sem uma estria e nem um cabelo branco, alguns sequer cabelos ainda tinham Pense que a beleza mais bela o espelho não revela, faça algo para que as pessoas vejam tanta beleza nos seus atos que desviem totalmente a visão da sua antiga beleza física e a vejam agora muito mais bela. Um Feliz Novo Giro do Planeta e que nos vejamos, ou que sejamos vistos no final do novo giro, pegando onda, ou apoiados numa bengala, o que importa é a vida; para nós, porque o tempo está se lixando para a beleza de quem está pegando uma onda, ou numa cadeira de rodas; vamos refletir e começarmos a ver beleza  onde há rugas e cabelos brancos, a beleza de consumo qualquer idiota ver, agora entre ver e enxergar, pode até não parecer mas a diferença é tão grande quanto ouvir e escutar. Não jogue fora ou queime as velhas e amareladas fotos, porque isto não te fará mais jovem, e nem apagará o passado, apenas te fará mais amargo (a ) e a amargura só te tronará cada vez pior. Aproveita o giro da terra como brincando num carrossel comendo maçã do amor ou então pipoca com mel, sendo uma eterna criança, não importando como os outros te veem e sim como você se vê. FELIZ ANO NOVO, QUIÇÁ ANO QUE VEM, NOS VEMOS POR AQUI OU POR ALI NOVAMENTE ABRAÇANDO OU SENDO ABRAÇADOS POR ALGUÉM!

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015




COM TODO NOSSO CARINHO E ADMIRAÇÃO OS NOSSO SINCEROS VOTOS PARA OS NOSSOS AMIGOS COM QUEM GOSTARÍAMOS DE ESTAR NESTE NATAL E SEMPRE; PORÉM COMO A VIDA NEM SEMPRE É COMO QUEREMOS, ESTARÃO PRESENTES NÃO SOMENTE A NOSSA FESTA OU COMEMORAÇÕES, E SIM DENTRO DOS NOSSOS CORAÇÕES. ASSIM COMO O ANIVERSARIANTE QUE NÃO DEVE SER LEMBRADO APENAS NO NATAL E SIM A TODO MOMENTO VOCÊ TAMBÉM JAMAIS SAIRÁ DO NOSSO PENSAMENTO.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015




Neste Banco Eu Vi Passar.
J. Norinaldo



Sentado neste banco  eu vi passar o dia e vi a noite chegar, brinquei de esconde, esconde com a lua entre as nuvens, até outra vez o sol surgir, e novamente passar o bastão a lua ali as vezes dormi e sonhei com uma deusa sobre as águas linda nua; passaram-se dias e noites, passaram  o tempo e o vento; esperei até cansar;  o mais triste disto tudo sem saber o que esperar. Sem ter certeza de nada como um barco que vaga entre as ondas sem um leme, ou  um pavilhão que treme  sem nada representar, e eu sentado ali sozinho esperando por você, vendo a lua e o caminho, sem ninguém aparecer. Como é belo este lugar e tão pouco importa a sua beleza para quem espera sem certeza de que quem espera virá. Conversei com este banco falando sobre o cenário este nada respondeu, na verdade apesar de rodeado de beleza não passa de um solitário exatamente come eu. Quem olha vê a beleza, mas não vê a solidão, as vezes também quem passa, não acha nenhuma graça pois triste olha para o chão. Nem tudo na vida é belo, mas a vida é bela para mim, pois até mesmo na tristeza existe na natureza um lugar tão belo assim, mesmo que sirva apenas... Para uma espera sem fim.

terça-feira, 15 de dezembro de 2015




A Primeira Vez.
J. Norinaldo



AH! A primeira vez que a vi do outro lado de um balcão, medindo uma peça de tecido, de um belo colorido que lembrava um oásis  e um por do sol. Desde então jamais deixei de vê-la nunca saiu do meu pensamento, um Odalisca de sonhos que desmanchava com o vento, uma miragem tão bela que não cabe no esquecimento. A primeira vez que ouvi sua voz, foi tamanha emoção, que me lembro daquele momento, como se a orquestra do vento tocasse a mais linda canção. A primeira vez que a beijei, impossível descrever meu desejo; mas só consegui a metade  do beijo, porque antes acordei. A última vez que a vi, coberta de pétalas de flores, pálida, mesmo assim bela, como se fosse uma tela em uma estreita moldura outra que jamais esqueci, parecia que a mão de um pintor aturdido, tentava retratar o tecido que media quando a Primeira vez a vi. Uma noite sonhei que a esquecera, não lembrava mais suas feições, acordei confuso e perdido com a maior das desilusões, fechei os olhos e voltei a dormir, e voltou-me a lembrança feliz, porém um desgosto profundo,  ao lembrar que neste mundo, vê-la foi só o que fiz. Uma lembrança uma imagem, como num deserto perdido, uma existência como uma miragem, ou a estampa de um tecido. Pela primeira vez me dou conta, que me esqueci de viver, não amei nem fui amado, nunca tive ninguém ao meu lado e agora é tarde demais, vivendo sem esperança e coragem,  de perder esta lembrança, de quem foi na vida para mim, apenas uma miragem.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015




A Beleza do caminho.
J.Norinaldo


Todo caminho leva a Roma enfeitado com pedra ou com flor, na volta, no entanto pelo mesmo itinerário, jamais levará Roma ao contrário. Ou seja, não levará ao Amor. As vezes um caminho por mais belo, tendo em cada curva um castelo leva o caminhante para um cenário de dor, enquanto outros repleto de pedras e espinhos,  que sequer se parecem com caminhos o caminhante é esperado com amor. A beleza às vezes está na incerteza, e não nas flores que enfeitam o caminho, assim como a taça não diz o sabor do vinho, este será reconhecido no rosário na borda da taça, a beleza do caminho embeleza o cenário, mas não indica se no final haverá felicidade ou desgraça. Portanto não se iluda com a beleza do caminho afinal, sem saber se no fim o aguarda o pódio, o pedestal e mesmo assim, a seguir uma faixa escrito... FIM

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015




Velhas Telhas, Desafinado Teclado.
J. Norinaldo.



Chove a cântaros lá fora e aqui dentro a solidão, além do mormaço quente que foge como indigente correndo da chuva fria e encontra a sala vazia entrando sem permissão, sem deixar rastro no chão sem cumprimentar ninguém é mais solidão que vem a que já tem se juntar. Enquanto a velha cadeira balança me volta tanta lembrança, nesta casa fui criança, fui adulto e fui feliz; e quando a chuva chegava à telha nova escorria e a cascata que caía, na verdade pareciam as cordas de uma lira, numa bela sinfonia. Porém hoje não tem prumo como o um navio sem rumo entre  o espesso  limo deixa  o  barco a deriva no entanto não me priva de retornar ao passado enquanto a cadeira balança como numa triste dança com a sinfonia da lira, tão feliz em  num distante  passado hoje na realidade tem o som desafinado pela limosidade do tempo  como de um velho teclado. No vai e vem da cadeira este mesmo tempo passa e a chuva na vidraça da janela de moldura corroída, já foi nova e colorida ornada como uma tela por uma linda donzela hoje apenas saudade; quanta maldade da vida e do tempo a crueldade, de não deixar que o vento carregue toda saudade; e o mormaço que me aquece, na verdade até parecer um convite a eternidade. E no vai e vem da cadeira uma lembrança ligeira, ao ouvi-la ranger no solo, lembro-me quando em meu colo, lembravas o paraíso, com aquele teu belo sorriso, isto tudo na verdade, hoje é apenas saudade em uma ida vazia, com mais limo que as telhas relembrando o fracasso, tendo apenas o mormaço que foge da chuva fria; para aquecer um velho que nem viver mais devia. Bem mais velho que as telhas o limo, e a vidraça, e me perguntando o que fiz, para a esta altura da vida dizer que “Já fui Feliz”.


UM FELIZ NATAL A TODOS


MINHA CARTINHA ABERTA AO PAPAI NOEL.
J. Norinaldo


Querido Papai Noel, primeiramente quero que saiba que não existe em mim nenhum recentemente, por já ter sido convidado para fazer seu papel por várias vezes; isto é me vestir como o senhor fingindo que existo e levar alegria a crianças que muitas vezes já nem mais acreditam no senhor, mas acreditam que quando demonstrarem isto, os presentes não virão. Pois é, acredite,  nenhum ressentimento por nunca ter recebido do senhor um alfinete sequer, já pensei na falta dos sapatos quando acreditava, na letra horrível das cartinhas que lhe enviei, no papel, muitas vezes  que servia para embrulhar bacalhau; mas repito, nenhum ressentimento. Agora escrevo abertamente minha Cartinha com um pedido de Natal, claro, já não sou mais crianças, agora tenho sapatos, não brinco mais a muitos anos, bem mais de meio século; mesmo assim resolvi, enviar minha cartinha, quem sabe, agora o Senhor  me atenda. Não quero Presentes caros, não vou lhe pedir um grande amor, muito dinheiro, nada disto. Não quero um Natal sem Fome, sem Dor, sem guerra,  sem Injustiça social. Sei que seria pedir muito pouco para quem nunca recebeu nada; não Papai Noel, quem sabe não lhe incomode mais, agora se for atendido pode ter certeza que voltarei a ser criança novamente, sorrirei, chorarei de felicidade, abraçarei e beijarei a todos que assim o permitirem, gritarei até que o mundo inteiro me ouça. O meu pedido Papai Noel ao invés de um Natal sem Fome, sem Guerra, sem Dor, sem Crianças sorrindo, eu peço um Mundo assim, que todos os dias sejam Natal, que todos os homens sejam irmãos, que ninguém me negue um abraço, que nenhum irmão fique sem um pão. Papai Noel meu pedido parece estranho, mas é justamente o que quero, que venha com seu trenó, com suas Renas e que este ano seja seu trenó bem maior e que sejam milhares o seu renas, e que seu saco venha vazio. Estranho? Pode ser, mas se precisar de ajuda aqui estarei para tentar encher seu saco com a tristeza, com a dor, com a fome, com as injustiças sociais; e muito mais; se preciso pediremos ajuda a mais alguém. Não sei por que, mas estou bem otimista que agora veja minha cartinha; não estou dizendo que o Senhor nunca leu nenhuma minha, ou tentou; mas agora, Bom Velhinho, muita gente está lendo o que escrevi; bem, como disse estou otimista. Afinal não se esqueça da música tão cantada e que parece, só parece encantada; mas não passa apenas de uma música e mais uma mentira: Seja Rico, ou Seja, Pobre o Velhinho Sempre Vem. Para mim nunca veio. Olha que não pedi nenhum brinquedo caro ou algo impossível de ser realizado. Feliz Natal para o Senhor. Mais uma vez vou aguardar olhando para o Céu na noite de Natal, se vir muitas Renas e o Saco  Vazio terei certeza que em fim ganharei o presente por tanto tempo esperado. E haja abraço e haja beijo; imagine o mundo inteiro se abraçando e se beijando por um presente tão simples, tão fácil de realizar... É só questão de querer. Sem mais, aqui me despeço com um forte abraço e pode ter certeza que valerá qualquer esforço para realizar meu desejo de ganhar este único presente. Um Mundo Igual para todos, não somente no Natal.  UM FELIZ NATAL PAPAI NOEL!



A Espera.
J. Norinaldo

As flores em branco, atiradas num banco depois da espera, um olhar perdido como um grito sem eco como um abismo sem fundo, assim vê o mundo quem neste banco esperou. E este olhar que se foi, até onde irá, onde termina o som de um grito de dor ou as cores da flor da espera no banco, de vermelho ao branco e espinhos no meio, onde andará quem não veio e o que pensará. E o vento levou o perfume da flor na direção que for o grito sem eco. Um banco afinal não tem sentimentos, não guarda momentos de felizes encontros e tristes frustrações, de murmúrios de amantes não tem recordações; não ouve gemidos de prazer ou de dor e o grito onde for a seguir o vento  assim como o perfume da flor, que gora branco, atirada no banco murcha e sem graça; não somente a beleza da flor passa, passa o grito e o vento, só não passa o sentimento da espera perdida, da promessa não cumprida o total desalento de que alguém desatento a vida e ao banco, sequer viu o tempo que levou para as rosas passarem do vermelho ao branco, ao murcho e ao seco como sua vida agora.  Já não lhe importa o perfume que o ventou levou, se o seu grito pelos vales ecoou; nada importa o banco, as flores em branco e os espinhos no meio, a verdade é que ela não veio e nem nunca virá. E para quem esperou viu morrer a esperança talvez na distância aonde em fim  o seu grito chegou.


segunda-feira, 7 de dezembro de 2015




Roda e o Banco.
J. Norinaldo.



Assim como a vida a roda cansou, e hoje serve de encosto para quem quer descansar, encostada morta, serrada e polida, depois de movimentar a  lida, se recosta agora onde ainda há vida, galhos e folhas como foi outrora. Porém como tudo terá um fim esta roda em fim encontrou o caminho do seu, coberta de folhas que também estão mortas, mas dançam ao vento no balé do outono, não exalam odor de carniça, não precisam se cobrir de caliça e ainda dançam antes do último sono. Hoje um banco velho soturno e sozinho, só algum passarinho vez por outra posa; porém já foi palco de confissões de amores algumas com a efemeridade das flores, outras que duram mais do que o banco. A roda  da é que não pode parar, para ninguém se abancar no regaço da sombra; porque quando para o que é normal, o descanso será na horizontal, significa o recibo da conta, e a caliça já tem que está pronta, ou então o odor carniça avança, sem balé nem dança como as folhas de outono, antes da partida ao derradeiro sono. O banco de roda que não gira mais, num canto de paz como um velho túmulo, e as folhas mortas num silente acúmulo, aguardam o vento para bailar mesmo mortas; provando que existe que escreve certo mesmo por linhas tortas.



Às Vezes.
J. Norinaldo


Às vezes a tristeza é bem maior que a fortaleza que você pensa ser, às vezes um pensamento, um lugar, um momento vivido, às vezes o olhar de pássaro ferido, sem saber por o feriram; às vezes... Se  tivesse marcado quantas vezes chorei sem sequer perceber que estava chorando ou quantas vezes aproveitei a chuva para disfarçar as lágrimas, ah! Quantas vezes. Quantas vezes você pensou em mim, só para lembrar os meus defeitos? Quantas vezes você me esqueceu  e quando de mim lembrou  foi assim  como caminhos  desfeitos, como rastros na poeira que o vento apagou? Às vezes é bem melhor ser esquecido, do que ser lembrado sem ser querido sem ser amado. Às vezes ser desprezado é bem melhor do que ser lembrado por um momento para logo ser novamente esquecido  porque só vale a pena ter-me no esquecimento. Às vezes é bem melhor o silêncio as mais bela melodias, se  justamente por causa delas  lembravas  alguém e me esquecias. Às vezes o desprezo tem muito mais valor que a compaixão, às vezes é melhor morrer, do que viver, só por viver, mas sem razão... Às vezes fico me perguntando por que não te esqueço, se na verdade nunca te mereci, como estou hoje, sinceramente, me diz... O que será que realmente mereço? Ser feliz?



Cale-se para Sempre, tendo apenas o direito de Chorar.
J. Norinaldo


Numa tarde de outono marmacenta chovia, uma chuva fina que formava um véu  como aquele  que usavas naquele fatídico dia, tão linda, tão bela como uma tela dos mais caprichosos pintor, juravas amor diante de um altar, enquanto alguém a chorar de longe te via e que tudo daria, que tudo faria para poder ouvir a tua resposta enquanto um padre sorria. Mas outro a ouviu e também respondeu e não era eu, pois de longe olhava chorava e chovia e  as minhas lágrimas com a chuva se confundia. A chuva que ora cai, leva o meu pensamento aquele momento que há tanto tempo se vai. Peguei um livro que me destes de presente numa primavera, tão linda e florida era, mas tu eras mais.  Sentei-me a varando e comecei a ler sem nem perceber que não entendia, mas lia e lia até que em dado momento, o meu pensamento se paralisou; havia uma flor amassada e sem cor, e ai tudo voltou. Lembro-me agora estava no jardim a regar os canteiros, quando sorrindo chegastes com este livro nas mãos e  me  estendestes  dizendo então: É para ti coração, é uma história linda assim como a nossa, quiçá até possa marcar com uma flor, um frase de amor que sempre me dizes, sinal que felizes havemos de ser. E uma rosa vermelha escolheu, virou-se de costas e no livro a escondeu. Hoje nós a encontrei  murcha e sem cor ao livro grudada, a retirei com cuidado, mas algo terrível aconteceu, o sumo da flor com tempo apagou a frase completa que ela escolheu. Olhei a vidraça e os pingos escorriam como lágrima de dor segurando a flor e olhei para nódoa que no livro deixou, lembrei-me da frase e o pranto rolou, e a chuva aumentou como se junto comigo chorasse por tão grande dor. A frase dizia e chorando sorri: “Ninguém neste mundo sentirá por alguém um amor tão profundo como este que sinto por Ti”. Apenas ouvi o barulho do livro ao cair, quando voltei a mim já não chovia mais, levantei-me e escrevi revoltado na lama do chão, , por ter sido covarde e quando alguém perguntou parecendo para ser direto para mim, porém de emoção engasguei-me “Que fale agora ou se cale para sempre” Eu deveria responder ;SIM; mas, por 

domingo, 6 de dezembro de 2015




Uma taça Vazia.
J. Norinaldo



Esqueci-me da capa num dia de chuva, não colhia uva para fazer o vinho, sozinho preciso me lembrar de tudo, contudo ainda lembro-me do velho caminho. Do velho caminho pelo quais juntos íamos ao parreiral, mesmo em dias chuvosos como amantes ditosos, pensando que os pingos da chuva fossem anjos arpejando a marcha nupcial. Hoje esqueci que não chove, mas lembrei da capa, pelo velho caminho fui ao parreiral, cumprindo uma etapa que ainda me move; lembrar nosso amor nas em tardes que chove; e agora sozinho, só resta o caminho e até o parreiral, hoje é uma rua, com casinhas brancas pintadas de cal. Por que não esqueço de vez da capa e da chuva, do caminho da uva do vinho e você; não sei onde estás, nem sei aonde vás, não sei como se faz aquele nosso vinho e já  nem posso beber. Quando partistes deixando para trás tanto sofrimento, por que não tivestes um pouco de  coragem a mais  de levar na bagagem...O meu esquecimento.

sábado, 5 de dezembro de 2015





O Elo Perdido.
J. Norinaldo



Será que um dia a humanidade chegará  finalmente a conclusão, que a vida é apenas uma corrida de bastão, onde todos conhecem a chegada; onde o pódio espera o campeão, com os louros e um troféu feito de nada, ou da poeira da estrada, por este campeão correu, e que talvez pelo temor das   as alturas, procure o rodapé das escrituras e deixe ali tudo que foi seu. Será que no final desta corrida, o homem em fim  terá entendido que não existiu elo perdido, que  buscou freneticamente o que se perdeu foi a corrente e que a corrente nada mais foi do que a vida? Que o poema que na foi entendido, pode ser o tal elo perdido e a pena que o escreveu, no deserto do esquecimento se perdeu deixando o homem sábio aturdido; enquanto o bastão de mão em mão, continua a corrida sem saber o que encontrará a frente, continuando iludido, que existe um elo perdido que transformou   uma em  duas correntes, diferentes como o açúcar e o sal, e lhe  deram o nome de Bem e Mal que já não podem ser unidas, serão sempre paralelas sem atalhos ou saídas, até o todo num só troféu fundido, com a descoberta finalmente, que não existe elo perdido e que perdida foi a corrente,  e que a corrente nada mais foi do que a vida. Nem por isto será suspensa a corrida, e o bastão a passar de mão em mão... Na ilusão de encontrar outra saída.



Eu Sou Louco.
J. Norinaldo.



Aos poucos os loucos vão se agrupando, sem líderes e sem comando e sem torre a construir; no ir e vir da loucura, na busca por uma cura para curar a loucura do outro, que não vê loucura em si. Porque me taxar de louco, me conhecendo tão pouco, quiçá por ser diferente, por não vê numa corrente um instrumento de tortura; ah! Depende da grossura, da textura e do metal e do fecho que a prende. Aos poucos os loucos vão se entendendo e eles mesmos se prendendo as correntes que escolhem; enquanto os poucos que não são loucos, perante a loucura tremem, suam frio e se encolhem. Eu sou louco e sei que sou, se alguém lhe perguntar pode dizer quem falou, e se quem lhe perguntou acaso não acredite, ateste minha loucura com a sua sanidade, diga que o louco acredita que é na sua loucura que exista a liberdade. Cuidado, não fale pouco e nem defenda a loucura, ou o taxarão de louco e o condenem para sempre a masmorra da tortura. Aos poucos os loucos vão me entendendo, e vamos sendo catalogados e marcados, mesmo não acorrentados seremos discriminados, separados, porém juntos ao mesmo tempo em um cercado imperfeito, de arame farpado e tocos com o qual a loucura não atina chamado de serpentina e nós e que somos loucos. Aos poucos os donos da sanidade, e da loucura tementes buscarão a liberdade, junto cercado dos loucos numa luta por correntes.