Uma taça Vazia.
J. Norinaldo
Esqueci-me da capa num dia de chuva, não colhia uva para
fazer o vinho, sozinho preciso me lembrar de tudo, contudo ainda lembro-me do
velho caminho. Do velho caminho pelo quais juntos íamos ao parreiral, mesmo em
dias chuvosos como amantes ditosos, pensando que os pingos da chuva fossem
anjos arpejando a marcha nupcial. Hoje esqueci que não chove, mas lembrei da
capa, pelo velho caminho fui ao parreiral, cumprindo uma etapa que ainda me
move; lembrar nosso amor nas em tardes que chove; e agora sozinho, só resta o
caminho e até o parreiral, hoje é uma rua, com casinhas brancas pintadas de
cal. Por que não esqueço de vez da capa e da chuva, do caminho da uva do vinho
e você; não sei onde estás, nem sei aonde vás, não sei como se faz aquele nosso
vinho e já nem posso beber. Quando
partistes deixando para trás tanto sofrimento, por que não tivestes um pouco de
coragem a mais de levar na bagagem...O meu esquecimento.
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