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sábado, 30 de maio de 2015




Nem Sempre o Caminho tem Volta.
J. Norinaldo



Nem sempre o caminho é florido e macio, nem sempre o chegar é em paz, nem sempre se é esperado, nem sempre se é bem recebido, às vezes o caminhar é interrompido e não se chega jamais. Nem sempre o caminha é belo, nem sempre o calçado é um chinelo, somente o chão é mesmo; mais velho que caminhar e caminhos, rachado ou coberto de flores, de amores, rosas e espinhos. Somente o chão é o mesmo, que a muito nos dá o caminho, as flores as rosas os espinhos, o pão nosso de cada dia, a beleza da montanha a floresta, onde os pássaros fazem a festa e onde o homem os caçam e os prendem; onde seus filhos aprendem a pisar sobre um broto qualquer, sem pensar que amanhã ou depois da sua sombra venha precisar. Nem sempre o caminhar é tranquilo, é ligeiro ou bem devagar; poucos sabem que o importante não é o caminho, mas sim poder caminhar; o caminho é agente que faz, um, dois até mais de dez, porém temos semelhantes, que nasceram sem ter os pés. Nem sempre tudo é igual, mas não há nada mais velho que o chão, rachado ou coberto de ervas ou com as flores que um dia usaremos, quando não houver mais caminha e para o chão voltaremos. Para muitos motivo de glória, para outros motivos de revolta; única certeza da vida, que é um caminho sem volta.

sexta-feira, 29 de maio de 2015




Ah! Como é Bom Navegar.
J. Norinaldo.

 Minha singela homenagem a algo que um dia para mim foi grande belo e hoje  já não é mais. ADEUS AMIGO NAEL MINAS GERAIS.

Ah! Como é bom ser navegante, a noite em alto mar, no vai e vem das ondas ver o céu pirilampado de belas estrelas brilhantes, como Odaliscas dançantes num salão azul distante para o seu rico senhor. E a lua prateada como um Rajá contente, faz com que o navegante esqueça a saudade do continente.  Ah! Como foi bom ser navegante, mesmo enfrentando a procela, ter visto a mais bela tela pintado pelo Criador, que  me outorgou esta sensibilidade para, hoje ver num simples  grão de areia uma bela pérola rara. Ah! Como é gostoso contar o que vi em alto mar nas noites de calmaria, pensando em velhos amores vendo peixes voadores como estrelas a nos seguir. Ah! Como é belo o azul marinho onde o mar é mais profundo, como é bela a imensidão quando  o mar está sereno e me faz ver quão pequeno que nem sequer me comparo aquele grão de areia que pode produzir algo tão belo e raro. Ah! Como foi bom navegar, e hoje ao caminha solitário a beira mar sentir nos pés a delícia que simples carícia de uma onda mansa a me afagar. Ah! Como é bom relembrar, mesmo os momentos de medo quando o mar furioso se atira contra o rochedo como o troar do canhão, daqui a pouco é maré cheia, e eu insignificante como um simples grão de areia diante do universo, que tento por fantasia encaixar o mar que conheço numa simples poesia. Mas como tudo na vida para sempre não existe, hoje me sinto mais triste por já não mais navegar; e ver o barco que a gente ama, abandonado na lama, sem areia e nem ondas que possam lhe balançar. balançar





Fazer o Bem sem olhar a Quem?
J. Norinaldo


Eu quero ser esquecido pelo bem que aqui fiz, do contrário o fiz para ser lembrado e não fui feliz quando o fiz; esperando ser quando já for passado.




A Fartura e o Amor.
J. Norinaldo.



Sobram listas no pijama da fartura, e dentadura alva para pode sorrir, às vezes falsos diferentes daqueles que não tem dentes, nem uma roupa apropriada para dormir. A felicidade tão buscada nesta vida, não tem bandeira nem pássaro que a represente, não está estampada em listas de pijamas, tampouco em alguma brancura de dente. Felicidade deve ser a paz interior que não se pode maquiar com falsidade, por que esta não aceita ser escondida é tão bandida como a soberba e a vaidade. Quantas listas há no pijama do amor se é que este dorme como dizem depois de feito, porque jamais ninguém dirá: “Vamos fazer a dor”. O que importa as listas de um pijama, se se sonhar com o corpo coberto de trapos como um mendigo, ou brancura de um falso sorriso, vale bem mais um sorriso desdentado, mas amigo. O amor é representado por um anjo, armado com arco e flecha que mata, fere e causa dor, não fica bem entendido, o que se pensa realmente do cupido, quando se diz: Que tal fazermos amor. O que seria da vida sem falsidade, sem a maldade, sem soberba e sem  a dor, acredito que a felicidade seria algo tão banal e sem valor; onde buscaria inspiração o poeta para sua poesia, e o amor será que alguém faria? Não sei de onde me surgiu tal pensamento, mas se o amor é o mais nobre sentimento, e a todo o momento é feito  e na maioria das vezes comprado e tão vulgarmente!

quinta-feira, 28 de maio de 2015



Depressão.
J. norinaldo.


Outro dia eu acordei a tarde por volta das 16:30, havia me deitado com uma forte dor no estomago, mas que aliviara eu conseguira dormir; olhe pela janela e vi que cia uma garoa forte, levantei não encontrei minha mulher, pus uma capa e fui vizinha vê se lá estava tomando mate como de costume, não estava, fui informado fora vista indo em direção a beira rio. Para lá segui e lá chegando, tive uma crise de choro, ao ver que tinha em casa um tesou e buscava restos e molambos pela rua. A vi abaixada colhendo algum tipo de erva, sequei os olhos com a manga da camisa, e a chuva ajudava a disfarçar e perguntei o que fazia. _ A vizinha me ensinou que esta erva é um excelente remédio para o estomago e eu vim aqui colher para te fazer um chá. Não haveria tormenta que escondesse o meu pranto, era tanto que ela se assuntou, pensando que aumentara minha dor, mas meu choro era pela ingratidão, de dar tanta atenção a quem sempre me tirou sem nada dar, sequer uma xícara de chá quando eu estava precisando. Até pareceu um capricho, quando chegamos em casa meu celular tocou e era alguém bem mais jovem e mais bonita, me convidado para sair, demorei a responder mas respondi, nem hoje nem nunca mais, desculpa por te falar assim, mas a partir de hoje só vou gostar de quem gosta de mim, acabo de descobrir o quão errado estava, pois nem mesmo eu gostava, mas tinha alguém que agia assim. Depois olhando um velho álbum, vi o quanto era linda quando jovem, e quantas fotos a sorrir, coisa que nunca mais a vi assim, sorrindo alegre, nem ela e nem a mim. Nunca é tarde para nada, já que a estrada não tem volta, é só aproveitar a que me resta, e colher apenas o fruto que presta e desviar das urtigas e dos espinhos; a depressão pode ser  medo do tédio, acho que descobri o remédio, é deixar que quem é jovem que o seja, que quem seja belo tenha apenas consciência, que nada na vida é para sempre, e quando chega onde eu estou, lembre-se de quem sempre esteve ao seu lado e o ajudou na as horas boas ou difíceis,  quem te ajudou a plantar e colher a uva, ou o araçá mesmo que não tenha saído na chuva. Colher erva para te fazer um chá. Hoje eu falei para a depressão, acho melhor tu ir embora, pois vais ver que de triste por aqui ninguém mais chora, nem por saudade de juventude que todos nós tivemos, mas nem todos chegam onde estamos agora, portanto depressão partiu caindo fora, já não há lugar para ti em meu coração.Se a depressão é excesso de passado, dúvida de presente e escassez de futuro, mudarei meu penamento e nele acreditarei, o furto, antes é uma flor, verde não tem quase valor, colhido somente quando maduro.




Mudar! É só querer e sonhar.
J. Norinaldo


Nada como uma noite bem dormida, onde um instante é uma vida, e uma vida é uma flor, cujo perfume espargido torna o homem antes um ser endurecido num manso amante do Senhor, não do patrão  ou do tirano que sempre lhe perturbou o sono não permitindo acordar  assim sorrindo, mesmo feio no espelho se ver lindo, porque descobriu que existe amor. Porque viu no seu sonho, exércitos preparados para a guerra,  Seus tanques se transformando em arados que revolvem a terra para plantar o pão de cada dia; e que a chuva apenas embaça o brilho do dia, levando nostalgias as vidraças, mas sem causar nenhuma desgraça, fazendo crescer e florescer o jardim de poesia. Os  soldados  desmontando seus fuzis, construindo panelas e barris, não para pólvora ou baderna, destruição e os sinos tocando na caserna, concitando  todos em vez de hino a oração. Vê todo mundo se abraçando e se beijando, apenas para desejar bom dia, enquanto na vidraça a nostalgia parece um pranto de alegria. Este meu sonho tem um nome, chama-se um planeta sem  ter fome, sem preconceito e hipocrisia, onde  o amor e a poesia, sejam a língua mais falada. Om ao ser vivo não falte nada e faltar como palavra outro sentido, onde que falta com a lavra é esquecido, isolado para sempre num vale de amargura,  apenas projetado, mas construído nem sonhado, por que tem que para lá se mandar por desconhecimento do caminho e da lonjura. Depois da chuva o sol resplandecente, que não seja repartido por casta ou patente, que toda humanidade seja igual e que ó único sufixo que torne algo desigual, seja a beleza da montanha, que faz o rio contorna-la, com paciência e sem rancor, que sirva para o sol se por transformando a vida numa tela, que seja para todos a mais ela e por mais simples a parede, será também pendurado ela. Ora! Pena que tudo foi um sonho, resultado de uma noite bem dormida, mas só depende de nós mudarmos a vida já que os sonhos não ocorrem por acaso, assim como por mais simples o vaso não tira a beleza de uma flor; Temos o maior Jardim de que Deus  nos Legou por que não rega-lo como amor, e termos na mente que a paz de um jardim é a única que pode trazer um sonho assim de amor e felicidade, e o que nos falta para torna-lo realidade e o viver, é tão simples, tão fácil...é só querer.

segunda-feira, 25 de maio de 2015





Lembram.
J. Norinaldo.



Deus preparava o elixir da beleza  calmamente, enquanto uma adolescente brincava ali por perto, Deus pretendia ungir cada deusa da beleza, ensopando com parcimônia  e em uma cerimonia  salpica-las  com as flores do mamão macho, Essa menina levada que aperfeiçoava o andar, teve a sandália quebrada e caiu dentro do Tacho.



Beleza tem outro Nome que nem todos saber dizer.
J. Norinaldo.



A Lua desceu ao mar depois corou de vergonhas, sendo bela como é veio descer justamente  no lugar onde te banhas, ficou mais linda dourada do que antes prateada e somente nós dois  vimos.  Contar não há quem acredite quem Cleópatra ou Afrodite, Eutêmia ou Nefertite por mais belas que tenham sido e já conheciam a lua, jamais a viram corar ao ver nenhuma delas nua. Como se sente o poeta ao relatar ao universo nem poder mentir  no verso que num cenário deserto  só um rochedo por perto a noite vem te banhar não só com a agua mais doce e as estrelas do céu e águas marinha de mel esfregam o corpo perfeito e espargindo um perfume que faz chorar de ciúme Apolo o deus mais perfeito. Depois do teu surgimento houve um grande movimento  no Olimpo e Zeus sofria de ânsia, queriam ensinar as Deus o teu andar de elegância. A conclusão mais sensata te foi dado por direito, mais uma deusa do Olimpo, a Deus do andar Perfeito. Procurei e não achei o que rime com teu nome, sinal que não só em beleza fostes a única entre nós, feliz de quem com um beijo, já calou a tua voz.




Tua Sabes bem quem és, para não causar inveja mostrarei só os teus pés.
J. Norinaldo.



Encontrei esta imagem e mandei fazer uma tela, a obra ficou tão bela assim como ao natural, mas ai veio um problema com peso, preço e a altura, se encontrar a moldura que se adequasse a ela. Pegamos um Arco Íris modelado por um mestre foi considerado rupestre comparado a formosura, a beleza, mas alguém com muita esperteza encontrou a solução, fazer uma moldura tosca, e uma eterna fogueira, que ficasse entre ela como as chamas de um vulcão, e fosse vista apenas, como os acorrentados da Caverna de Platão. Via-se só o reflexo e mesmo assim encantava ninguém conseguia entender como alguém se contentava em não virar a cabeça para ver a tela inteira e assim a vida seguia até que um belo dia, não me contendo olhei, com que vi me apaixonei e hoje desesperado, mesmo desacorrentado, sem grilhões e sem cadeias, mas com sangue a correr nas veias e na espada coragem, lutarei por esta imagem mesmo que ela não exista, mas que minha alma insista, a viver dessa maneira, eu voltarei a caverna e me atirarei na fogueira. És mais bela do que marte, vênus Mercúrio e Plutão, a mais bela constelação não tem o brilho que brilhas, humilhas a natureza e maldito seja Platão, que inventou tal caverna com  a tal fogueira eterna que que eternamente queima o meu coração.

quinta-feira, 21 de maio de 2015




Vale a Pena viver.
J. Norinaldo



De repente eu me vi diante de um casal de leões famintos, olhei para todos os lados e vi que tinha como me salvar, um escada surgida do nada e presa não sei em que, me permitiria   continuar a viver. Tive alguns segundo para pensar  e cheguei a brilhante conclusão com a menta mais serena, simplesmente como está não vale a pena o fim seria mas sensato, e olhei a escada, e ainda pensei porque, será alguém que  sente prazer em assistir meu sofrimento. Agradeci e pendei com firme e a alma serena: Minha vida não vale a pena.  De repente, ouvi uma flauta tocando o som mais puro que em minha vida ouvi, com continuei  avançando a morte era questão de segundo, quando vi a cena mais linda do mundo, os leão abraçados começaram a dançar, e  a cada passo um ardente como quem diz, tua mente é tão pequena, claro que a vida vale a pena, acorda e vai ser feliz. Acordo sua suando aturdido, chorando arrependido, mesmo não tendo desenhado aquele sonho, mas suponho, que o conteúdo dele Desperto tenho sentido. Meu conselheiro maior meu amigo travesseiro  que de mim jamais se afasta perguntou-me: precisas de mais razões, um salão repleto em um baile de leões ou este sonho te basta?


As Flechas do Arco Íris.
J. Norinaldo.



Quando eu descobri que o Arco Íris não tem flechas é apenas beleza e cor, quando aprendi quer tudo n vida é necessário, inclusive o sofrimento e a dor, a compaixão e  a dó, e que amor sem ser seguido, é um sentimento sem sentido ou uma palavra só. Meu amor, teu amor, nosso amor, aquele amor, tanto amor quanto amo tem que se dizer o que. O Arco Íris não tem flechas, os raios da lua são serenos, e os mundos tão pequenos diante de Algo tão maior, por que um anjo armado de arco e Flechas que ferem, matam ou causam dor, não significa a paz e a pomba branca significa o amor? Amor, paixão, felicidade, se não se conhece a verdade, como atesta veracidade apenas de palavras que o próprio homem inventou. Hoje aprendi que a maldade, poderia ter outro nome assim como a felicidade, que dizem não ser uma constante e sim efêmeros momentos; porém existe o  amor eterno, será verdade? Que amor e felicidade são sentimentos distintos, assim como objetos  ou seja  livros e cadernos? O Arco Íris não tem Flechas, mas o símbolo do amor sim, da paz é um pássaro branco imaculado, a felicidade não é um sentimento é um estado, existe o céu e o inferno, assim como o amor eterno sem ser eterna a felicidade. Não sei se disse o que queria, por ainda sei muito pouco, quiçá o Arco Íris tenha Seta, e eu pense que sou  poeta, mas na verdade não passe de um louco.

terça-feira, 19 de maio de 2015



Amo Escrever.
J. Norinaldo.


Eu amo tanto o que faço, que se não existisse este espaço escreveria na areia e quiçá o vento lia, ou como louco gritaria para que doto mundo ouvisse, simplesmente por prazer, mesmo que sorrissem de mim; isto já o fazem sem o que prometi fazer.




Chuva Fria, vida Vazia.
J.Norinaldo.


A luta dos pingos da chuva para tocarem teu rosto através da vidraça, não difere em nada do meu desespero de tocar teus lábios, e deles ouvir um “eu te Mamo”. Quantas noites perdidas em devaneio, ao pensar na brancura do teu seu, deste colo tão encantador, que nenhum pintor se atreveria, atentar  com pincel e aquarela, desenha a poesia mais bela, que a chuva ora tenta tocar. Imagina um pingo a deslizar, entre as montanhas dos teus seios e como meu sonho numa carícia descer lentamente sem malicia, até a fonte do prazer. A chuva não deia a vidraça, mas eu odeio a desgraça de não poder te ter; e saber  que neste mundo existe, alguém que te deixa triste como agora na chuva fira ao relento posso ver. Como pode a vida ser tão malvada com alguém, que sonha com aquele que quer e não tem, enquanto nós num mundo totalmente vazio, tremendo de ódio da desgraça, tivemos vejo assim chorando através da vidraça e saber não é por mim. Em fim, chuva, frio tristeza e desabrigo, os pingos querendo apenas toques amenos e amigos, enquanto no me canto triste e frio, ardo com fogo de desejo, não apenas pelo beijo, mas para seguir a aquele pingo que escorreu, daria tudo na vida para ter todo ouro  que na terra possa ter, daria para transformar teu choro em gemidos de puro  prazer



Esse olhar.
J. Nornaldo.


Ah! Se eu fosse um primoroso pintor e pudesse copiar o teu olhar, usando meu talento apenas com normalidade, sem tirar nem por; quem sabe ficasse frente a frente com o verdadeiro amor. Mas nunca tive chance de fixa-lo por mais de um segundo, e daria tudo neste mundo por um momento assim, eu olhando para você e você olhando para mim, sem dizer nada, absolutamente nada, deixar que nossos olhos falassem por nós; os teus eu não sei o que diriam, mas sei de cor e salteado, do discurso preparado durante toda minha vida, para dizer o quanto me és querida, cuja maldita timidez amordaça-me a boca e me entope a garganta, com uma lança atravessada que impede as palavras de fluírem  apagando a minha voz, como passáramos libertos de anos de escravidão, como gaivotas que cortam o espaços no seu voo tão veloz. Ah! Se eu fosse um poeta sentado a beira do mar numa noite estrelada brincando com as ondas a dançar, como um louco varrido, gritar para ser ouvido, que não amo só teu olhar, que te amo por inteira, mas que um dia não haverá mais barreira, nem a mais alta montanha me impedirá eu ainda não sei como, mas vou gritar que te amo, nem que depois de atire de lá.





Mansa onda Mansa Poesia.
J. Norinaldo.



Adoro a onda mansa na areia, o seu som acompanhado pela brisa é com cítaras dedilhadas por arcanjos, A lua bela como um farol a lembrar,  quando  via a onda acima da proa do meu barco, sem tempo para pensar em anjos, a centenas de milhas dessa praia, onde agora, a onde me acaricia os pés, não como antes no convés, com se a fúria de Netuno em seu tridente, fizesse da onda uma montanha  e do meu navio um brinquedo inocente. Às vezes sinto saudades do alto mar, de navegar e ver o azul que só navegador ver, mas lembro de que há tempo de plantar e colher. De esquecer o reduto da serei, e do imenso, e a noite vir a praia e na areia sentir a carícia tão macia do mar como a dizer eu sempre venço. Adoro ver a paria solitária, as estrelas refletidas no mar sereno, sentir a sensação do ser pequeno, que sou diante da imensidão, o barulho lá longe do choque entre a onda e o rochedo, agora já sem sentir medo dessas que parece um véu de noiva bordado por bolhas brancas como  pérolas que deve da noiva Netuno. Lembro-me do fumo da chaminé que deixava na pureza um rastro sujo, muitas vezes uma desculpa para as lágrimas de saudades de casa do marujo; a felicidade do avistar o porto, dos lenços abanando, do movimento de quem ficou no cais, e as ondas bem mansas  agora em paz devolvendo seus filhos ao seu chão, como prometendo nunca mais, assusta o navegador em alto mar, se engana quem queria se enganar, mesmo vendo uma das paisagens mais belas, enfrentar mais de uma vez as procelas é para quem realmente nasceu para navegar. Agora o marulhar tranquilo a maresia, a brisa a imensidão é poesia para quem já atravessou o mar.



A Rua da amargura.
J. Norinaldo.



A Rua da Amargura é uma rua como outra qualquer, uma rua é uma rua não é uma mulher, é só tirar os amargos de lá, colocar flores nos balcões pintar as casas com cores alegres e a alegria voltará  expulsando para sempre a  amargura que sempre viveu lá. Assim será com e para lá levaram amargura, se tratados com amor e ternura por bons corações serão como as flores dos balcões alegres e coloridas como tantas na vida; a amargura deixa feridas, profundas sequelas, como marcar de pincéis de saudosos pintores em velhas aquarelas. Mas não existe um sinete ou uma marca em bronze para sempre. Para sempre é tempo demais mesmo que a vida não tenha um tamanho padrão e por mais impossível que pareça com amor e ternura, não existe sequela em nenhuma aquarela que não desapareça. A Rua da Amargura existe, mas não tem uma placa que a identifique, porém ela identifica às vezes para sempre quem nela viveu como uma marca de fogo que jamais sairá da testa de quem a ela pertenceu. Às vezes o endereço de muitos é a rua da amargura, mesmo pintada de flores alegres e colorida, casas pintadas e crianças brincando cheias de vidas; porque simplesmente a maldade humana que muitas vezes implora perdão é incapaz de estender a mão  e a um irmão perdoar. Muitas mulheres que vivem ou viveram na rua da amargura, sem balcões floridos ou casas com bonitas cores, vendendo a honra para sobreviver, vendem ou vendiam a única coisa que ainda tinham para vender.
A Arte.
J. Norinaldo.

Quiçá a Arte prevalecesse na terra o dueto bem e o mal,a paz e a guerra seriam fantasia e Carnaval, amor e poesia, pois a felicidade nada mais era que candura e sensibilidade..





Simplicidade.
J. Norinaldo.


Nem sempre a beleza está no que se vê, mas no que se sente, muita gente que se acha muito bela, quiçá rendesse a algum pintor uma tela, a esse menina se renderia a aquarela.

sábado, 16 de maio de 2015

  DA VEZ PRIMEIRA
Mário Quintana

(Da vez primeira em que me assassinaram
Perdi um jeito de sorrir que eu tinha...
Depois, de cada vez que me mataram,
Foram levando qualquer coisa minha.
E hoje, dos meus cadáveres, eu sou
O mais desnudo, o que não tem mais nada....
Arde um toco de vela, amarelada...
Como o único bem que me ficou!
Vinde, corvos, chacais, ladrões da estrada!
Ah! desta mão, avaramente adunca,
Ninguém há de arrancar-me a luz sagrada!
Aves da Noite! Asas do Horror! Voejai!
Que a luz, trêmula e triste como um ai,
A luz do morto não se apaga nunca!)
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O que eu Penso.
J. Norinaldo.
Eu diria que este toco de vela de sebo amarelada
Não se pagará jamais em tem algum, sabe por que?
Porque sempre há de haver alguma mão avarenta e adunca
A escrever num quarto frio de alguma pensão sem categoria;
Um verso, um poema uma poesia, para ser depois aqui lembrado.
E depois da tua última partida, com o teu cadáver mais desnudo,
Ganhares um palácio com candelabros de ouro e tudo
quando já não precisas mais mais e o toco no pires ainda preso
continuará para sempre aceso a outros cadáveres que virão
Com outras velas amareladas com um toco chorão escrever novas poesias
Já devias andar morto uma vez, que te vi com um sobretudo surrado,
Com teu toco de vela apagado, por botecos a perambular
E eu esqueci de perguntar, pelas fãs das tuas poesias
Se com a mão adunca e avarenta ainda escrevias e para que?
Sei responder,irias que dizer que minhas palavras eram heresias
Ah! se visse agora tua pensão, juro que não acreditarias
Mesmo sendo os poetas tão amáveis e tolerantes
Que a tua pensão hoje é um palácio, onde se reunia a elite antes
Casa da cultura Mário Quintana, em fim o príncipe da poesia.
Oh! Porto alegre que Ironia! Quanta hipocrisia

sábado, 9 de maio de 2015




O Amor e a Felicidade
J. Norinaldo.


A Felicidade está na linha do horizonte, muitos pensam encontrá-la na noite porque não é vista, mas ao raiar do dia ela estará a mesma distancia, um arco perfeito do Maior Artista. Falar em amor sem felicidade, ou que esta são resíduos de esporádicos momentos é se desdizer quanto ao sentimento do amor para sempre, e que a felicidade e o amor não passam de sonhos e não realidade. Já que não existe amor pela metade, posso amar alguém a vida inteira, se não sou amado é como uma via de uma só vão, e um vai sem volta sem explicação; pois o amor não se encontra na contra mão. Quem diz, mas não ama o Autor do Arco perfeito e quer ter direito ao amor de quem? Muitos que não amam nem mesmo a si próprio não têm condições de amar ninguém. Dizer façamos amor é fácil e gostoso, como se fizessem uma caminhada segurando a mão, de quem pensa que ama mas cada passo em sua direção, o Arco se afasta na mesma proporção. Juro Amar-te até que a morte nos separe uma frase criada por algum pensador e dita geralmente em um casamento, justamente por quem nunca se casou.


sexta-feira, 8 de maio de 2015



Quando eu ainda era moldável me mostraram mentiras modeladas em lama insultando a minha inocência, hoje que posso entender, querem forjar as mesmas mentiras com metais mais resistentes, a sua conveniência.




Uma mulher bonita que não se dá valor é como uma Ferrari  com motor de Brasília com o ronco fanho de tanto que se usou. Por fora tão bela e o mais importante batendo biela.

OCHE.


Depois do Espelho.
J. Norinaldo.



Quando um dia você estiver sozinho sentado num tronco morto a beira mar, vendo as ondas valsando ao som da brisa, e ao longe o por do sol no mar refletido as belas cores do arrebol, baixar a cabeça e senta nos pés descalços a carícia despretensiosa da mansa onda, como a renda da onda maior a valsar, e mesmo assim se perguntar se vale a pena viver? Lembre-se que pena é dó, é sofrimento veja no alto a gaivota que busca o seu alimento sem  a presunção que seu voo seja belo, tente pensar no pequeno peixe que tenta escapar do seu predador se encanta como a beleza do voo será só uma vez; Imagine se vale a pena viver ou morrer por que alguém lhe deixou, apenas porque você se encantou com seu belo voo; que jamais retornou? Você não está pisando o vestido da onda, ela faz questão de lhe tocar, quiçá para lhe dizer que haja o que houver, vale a pela viver. Imagine o tamanho do mar, quanta imensidão, coloque o dedo sobre a onda que te acaricia os pés e prove o sabor e pense que tanta grandeza, tanta fartura, poderá ser,  o  teu predado por falta de água para beber. Depois do Espelho existe outro mundo, que parece ser o mesmo que todo mundo ver, mas não é; a alguém foi dado o dom de conhecer este mundo que parece apenas um reflexo, mas no fundo é bem mais complexo; não é um mundo de faz de conta, é um mundo de ideias e imaginação, todos os poetas o conhecem e o usam como inspiração principalmente na dor e na solidão. Nem sempre você vê no espelho, tudo que ele tanta mostrar, porque te interessa ver somente o vai te agradar. Em fim, como eu queria ser  assim

A Beleza e a Felicidade.
J. Norunaldo.

A Beleza é tão efêmera e na maioria das vezes o que resta dela não suporta o peso das dívidas pela mesma contraídas. Dizem que serão paga noutras vidas. Será? Veja na foto abaixo, a pose para agradar e na outra o sorriso sem compromisso. sua conclusão a felicidade está na primeira ou na segunda? E se realmente existe.

sexta-feira, 1 de maio de 2015



A Beleza e a Natureza.
J. Norinaldo



Tanta beleza nas cores parece as mais lindas flores que enfeitam o jardim divinal, mas não torce o bico passar por um singelo pardal. Tato exemplo vem da natureza, da qual nós fazemos parte, criamos tanta obra de arte, mas não aprendemos a viver em paz, criamos seu símbolo com um pássaro de uma única cor, Agora vendo um colibri que se alimenta do pólen da flor, sinto no peito uma dor ao pensar de maneira franca na beleza de uma pomba branca, manchada do sangue  da guerra, que teima em destruir a terra, que não terá pomba e nem beija flor. Não só que me sirva de rima, será mesmo o homem a maior obra prima que conseguiu o Criador? A natureza é tão bela, que jamais caberá numa tela, a não ser refletida no céu e pintada pelo pincel Daquela que a criou. Imagine alguém com a beleza, que tem este beija flor, se seria capaz de sentar onde um pardal humano sentou. As vezes sonhando acordado, eu vou a montanha para ver, a pureza e a beleza de tudo, as flores, o vento e a chuva, antes de chegar onde Deus me fez viver. Não adianta uma pomba branca, uma águia ou um condor, um pavão ou um beija flor; nada significa nada, se não existir amor.



DESIRRÉ.
J. Norialdo.



Dentre as rosas tu és a mais bela, és aquela que Deus Escolheu no Jardim do Éden e meu deu para de maneira diferente te amar. Não és minha filha és minha afilhada, mas te amo acima de tudo e neste tudo não existe nada que possa mudar este amor. Meus poemas tem tudo de ti, aliás meus poemas são teus, dentre das rosas a mais bela e as rosas são flores favoritas de Deus. Meu amor por ti é tão grande e bonito que parece sobrenatural, supera em tamanho o infinito e em beleza  do céu o portão principal; tu és a beleza mais rara, tu és a bondade do mal.


Indefinição.
J. Norinaldo


A partir de hoje e  enquanto eu  estiver por aqui, vou procurar meu lugar e se ele não existir eu mesmo vou construir, se sou poeta ou palhaço isto vai independer são a nobreza está na alma e não naquilo que se vê. Ninguém mais vai me humilhar sabendo o que está a fazer, ninguém mais vai me usar como se usa um brinquedo, não chorarei em segredo com medo de me expressar, de dizer tudo que sinto para ninguém magoar, enquanto meu coração na Caverna de Platão ver o que me lhe deixam ver. Nem por isto meu poema falará somente de dor e solidão, de desprezo e compaixão, mas precisará ser realmente bela, não só de corpo e de rosto, tudo por fora bom gosto, como a pintura de uma tela, pintada por algum drogado, que nem sequer pensa nela, e sim no que presenta em quanto sua beleza aumenta a droga que compra com a venda dela. A partir de hoje, não deixarei de ter musa, como qualquer poeta usa como sua inspiração; às vezes é uma flor, um sofrimento uma dor, uma história de amor, ou até mesmo a solidão; porém será bem mais fácil a montanha ficar sabendo que foi ela e não você a minha inspiração. Se sou poeta ou pateta, palhaço ou alguém sem definição, continuarei escrevendo enquanto Deus Me der inspiração. A partir de hoje vou deixar de ser triste, pois se alegria existe não existe para ela distinção, o poeta ou o palhaço o sem definição, para dizer a verdade a tal infelicidade não vai rir deste palhaço, nem desdenhar deste sem definição; vou fazê-la sorrir de alegria, com as minhas palhaçadas, as vezes consideradas assim como poesia.