Translate

segunda-feira, 28 de setembro de 2015




Estrelas que se apagam.
J. Norinaldo.



Enquanto pastoreio meus fantasmas, como estrelas que  deixaram de brilhar, que existem somente em minha mente doentia, que arrebanha fantasma dia a dia como a tarefa mais sublime de uma vida totalmente vazia. Procuro e procuro sempre a esmo, sem ver nenhum brilho em mim mesmo quiçá já não tenha direito a um cajado, devendo sim ser pastoreado, estou no lugar que não devia. À noite as estrelas são tão belas, mas mesmo elas perdem a luz, tento contá-las, não consigo e fico pensando aqui comigo, a que esta vida nos conduz? Estrelas, vida e amor, o que nisto tudo tem de real valor? As estrelas, só  se pode vê-las, o amor nem sempre conseguimos, e assim na vida prosseguimos até que ela termine, terminado também com a nossa dor. Alcançar às estrelas, impossível, a vida sem amor é desprezível, nos restam os fantasmas já sem cor. Mas tanta gente que se ama e poderia ter a vida das estrelas, mas sofre por não poder telas e por ciúme, diferentes das flores de um jardim, que doam livremente seu perfume, transmitem a felicidade, sem sofrer pela efemeridade que o jardim da vida lhe legou. O que pensará meu rebanho, ou será que este rebanho aqui sou eu, que tive alguma vida no passado, de real aqui só o cajado e a luz distante das estrelas?

domingo, 27 de setembro de 2015




Para alguém que sabe Bem!
J. Norinaldo.


Quero te acordar feliz com um poema silente quer te fazer sorrir com uma poesia linda, queria ver teu sorriso, mesmo estando distante, mas espera um instante, que não que não acabei ainda, Depois te deixarei triste com velhas recordações que para sempre  me marcaram; assim como me fizestes,  quando escondestes e não me dissestes o que as estrelas mandara. Vou te falar de um passado, já distante, porém triste do qual foges como louca, tentas não abrir a boca, porém sabes que ele existe. Quando eu te conheci quiçá era diferente, visto até como um rochedo; por que não vens me vê agora? Assim como acordei hoje cedo, num dia belo de sol, e eu como um caracol que até do belo sente medo. Da janela ouço um canário que triste canta sozinho, quem sabe velho e sem ninho, só lhe restou o cantar como seu único bem, chama sem saber por quem, bem parecido comigo; que sofre o duro castigo pelo teu simples calar. Pode até haver   ex. tudo, mas a vida é uma só; e a única que eu tinha, uma simples garotinha nela deu um grande nó. Não sei por que ainda existo neste turbilhão medonho, caindo aqui e ali, vivendo apenas de sonho.





Solidão.
J. Norinaldo.


A solidão é um porto de chagada, construído numa enseada da tristeza, nem mesmo lenços abanados em despedidas, que muitas vezes eram ensopados com lágrimas de incerteza. Só se sabe que a solidão é um porto, só na se entende por não foi construído no mar Morto. A solidão e a tristeza de mãos dadas, de moças lindas e faceiras disfarçadas, aproveitaram da minha fragilidade e me prometendo a total felicidade, são ate hoje minhas eternas namoradas. Neste porto chamado solidão, atracam navios carregados de fantasmas, Certa noite escura e fria, desembarquei neste pântano de miasmas. Ainda me lembro do nome do tal navio, escuro e frio como a própria podridão, escrito em letras parecem feitas de lama, sei que até hoje o seu nome é Depressão. Como sonhar com outra em embarcação neste por ou nesta vida, pois como disse deste porto... Jamais haverá partida.

sábado, 26 de setembro de 2015




Porteira, Passado e Presente.
J. Norinaldo



Encontrarás uma porteira aberta, uma estrada reta sob um céu azul de nuvens salpicado, Margens verdejantes e o ar mais puro; seguir é o presente, se onde vens é o passado, o que não  encontrastes, se cuidadosamente procurastes segue então para uma nova busca no futuro. Enganei-me não existe estrada reta, Ar tão puro ou juiz imparcial, as curvas são a beleza da estrada, a ânsia de avistar algo de novo, o homem é reflexo de um povo e o juiz, nada mais é que um homem tão  normal. Assim como o feitio da porteira não reflete a beleza da estrada, o ar sem pureza é natural e o juiz sem o homem não é nada. A porteira não foi construída aberta, nem toda sentença é dita certa e nem toda pureza é essencial. Antes  de cruzares a porteira, verificas se há pegadas pelo chão, e não te  esqueças de que o mais importante é a direção; se só tem de ida não tem volta, nem mesmo para o homem togado ou o mais puro, e que o caminho do futuro é a certeza mais incerta, apenas uma porteira aberta, uma estrada nada reta, e sem informar para onde vai. Uma porteira não nasce de semente e serve para prender ou libertar, Tanto seguir como voltar é o vindouro; pode prender para cevar e depois quando libertar, enviar direto ao matadouro. De quem deixa o passado para trás, segue o presente e jamais,  voltará ou chegará ao tão sonhado futuro.

quarta-feira, 23 de setembro de 2015




Ou não Vamos? Aproveitemos que é Primavera.
J. Norinaldo


Vamos desativar as bombas, libertar as pombas, sejam elas de qualquer cor, vamos abraçar a terra, esquecer a guerra e fazer amor. Vamos calcular as milhas e apontas quilhas das naus ao futuro, vamos esquecer o ódio e colocar no pódio o sentimento mais puro como uma estrela que no céu mais brilha, que irá capitaneando as naus até que a primeira quilha aporte  num porto seguro. Vamos desnudar as almas como em praias calmas bailam as marés assim é que  o mar imenso e poderoso, as vezes feroz e muito raivoso, vem humildemente te beijar os pés; e não para mostrar o quão grande és. Vamos esquecer o ódio e cantarmos juntos a mesma canção; vamos, o que é que te custa deixar de lado o orgulho e me estender a mão. Feche os olhos e imagine toda humanidade só por um momento todos de mãos dadas, depois que  todas as pombas forem  libertas e todas as bombas  desativadas. Vamos, me dê um abraço, deixemos que o nosso mormaço aqueça todo o universo; vamos fazer o maior poema em que cujo tema, cada um de nós, seja uma estrofe para cada verso. Saibamos que vamos é um tempo  do verbo ir, se não tomarmos esta atitude, em virtude da nossa omissão, vamos assistir do nosso conforto o mundo ser morto por poluição. Se você souber ou quiser saber, que jogar fora não existe e nunca vai existir; tudo o que para nós não presta a terra aceita e assim cada vez mais azeita a fogueira da destruição. Vamos, o que está esperando, para segurar a tua mão.

terça-feira, 22 de setembro de 2015




Apenas Isto: Vamos!
J. Norinaldo.




Vamos destruir o muro, construir a ponte em direção ao futuro, deixar a fonte livre do monturo, esconder as garras, soltar as amarras cantar e sorrir. Esqueçamos os momentos tensos acenar os lenços aos barcos a partir, vamos colher os frutos prepara o vinho e esperar o Porvir. Vamos secar as lágrimas, curar as feridas e correr na praia; agora será  nossa vezes de servir a grande deusa Gaya. Não vamos  atacar o rio no seu desafio de chegar ao mar. De cada muro destruído, uma nova ponte que une e agrega, busquemos então a verdade, mas não deixemos a humanidade brincando de Cabra Cega. Vamos esquecer a guerra, abraçar a terra como a mãe de tudo, vai mudar o caminho e mais uma ponte sobre o absurdo. Vamos acreditar que é preciso navegar, porém sem matar nosso oceano; deixemos o vento estufar nossa vela e que o vento na procela soe como um canto cigano. Assumamos nossa posição de guardiões da terra agora sem cinismos, vamos nivelar o mundo, por mais profundo que sejam seus abismos. Vamos então dar as mãos para empurrar os muros e construir pontes, Deixar que todos os rios se transformem em mar, em fim vamos nos encantar com o canto das fontes.






Viver a Vida.
J. Norinaldo.



Não vou discutir com a vida, se ela é boa ou ruim, nem contar em quantas pedras  tropecei pelo caminho, ou quantas vezes choraram diante de olhar triste; o certo é que a vida existe e enquanto vida existir haverá pedras e caminhos para quem quiser seguir; deixando rastros na poeira da estrada tropeçando aqui ou ali. Vamos acender as luzes, esconder as cruzes e mostrar os dentes, enlouquecer até  se for preciso com um belo sorriso e não temer o guizo de qualquer serpente, vamos preparar as mesas e manter acesas a luzes permanentemente, em vez dos guizos,  vamos nos livrar das presas da serpente. Enquanto discuto com a vida, a vida não para me escutar, não olha  para trás não quer nem saber de lamentações, a vida não tem porteira, não tem bandeira e não tem brasões. Onde há trevas ao invés de luz, quando  as flores enfeitam cruz, não são correntes que prenderam a vida, foram vidas que em vez de viver quiseram saber da vida da vida. Não vamos falar de sorte, vamos gritar bem forte para o mundo ouvir, eu quero mesmo é viver a vida que se dane a morte enquanto vida existir. 

sábado, 19 de setembro de 2015




Todo Caminho leva ao AMOR.
j. Noriapaixonado.



Hoje uma noite sem lua, de uma madrugada fria, sai à rua e olhei o firmamento, talvez as mesmas estrelas, mas já não consigo vê-las como as via antigamente como uma bela poesia. Há em mim  uma certeza que até a própria beleza pode mudar de caminho, que pode ter pedras e espinho e o que já foi um grande amor, hoje é recordação no baú do coração enfeitado de carinho. Caminhos que levam e trazem, me leva a quem a quem me levastes não importa há quanto tempo, deixa-me tentar outra vez, quero ser feliz novamente; leva meu sonho na frente como  alvíssaras a minha amada; leva-me caminho leva-me ou da vida não quero mais nada. Por que sofrer tanto sem saber bem o que fiz, deixa-me tentar outra vez, olha o que a vida me fez, em sei se já fui feliz. “Todo caminho leva ao amor”, este ditado é antigo, nem sempre é decifrado porque é dito diferente, se não pego logo a estrada, ficará muito tarde  minha amada, para a vida e para a gente. Isto tem que ser urgente antes que se torne tarde, e eu receba da vida o título de covarde e morra com meus segredos, como um medroso menina tendo na mão entre os dedos, a pena que pode reescrever o meu  e o teu destino. A lua  hoje se escondeu para que eu visse as estrelas que tentávamos contar, mas que destino malvado, por nunca ter me mostrado, que a estrela que eu sonhava, estava ali ao meu lado.

quarta-feira, 16 de setembro de 2015




Herói de Fantasia.
J. Norinaldo




A menina que me amava como será que me via? Uma águia, um rochedo um herói de fantasia? Uma linda adolescente, inocente, inocente? Nem tanto! No escuro do seu quarto ao som de um surdo pranto desfilavam seus fantasmas, seus segredos,  que em aparente calma desnudavam sua alma para afogar-se em seus medos. Sua águia,   seu rochedo seu herói de fantasia foi desfeito lentamente e morreu assim de repente, ao saber que a menina não mais existia. Hoje a menina de ontem como um botão de flor, que acreditava no amor como sonham outras  crianças, hoje teme olhar para trás e se enxergar de tranças; criando heróis e rochedos que afugentariam seus medos e os seus fantasmas cruéis que lhe legaram por sina; hoje companheiros fiéis da mulher já não mais menina. Seu herói já homem feito enquanto ela criança, que alimentava a esperança criada em contos de fada, que viria em seu cavalo branco com uma brilhante espada, tendo o trovão como voz, a livraria do algoz e eram felizes para sempre. Para sempre não existe, seria tempo demais, mas se tivesse coragem e ousasse olhar para trás, veria os restos mortais, mas não acreditaria, que aquilo um dia fora, sua paixão de menina... Seu herói , sua Fantasia.



Ah! Como e Belo ser Louco.
J. Loucorinaldo.



Dentre todas as belezas a loucura é a mais bela, pois nela eu sou o que quero ser, hoje, uma libélula transparente, amanhã uma serpente e depois quem sabe, você. Por vezes sou nada ou tudo, um mercador absurdo que nada tem a vender; sou o senhor de um castelo, aonde Thor com seu Martelo e seu capacete alado, vem tentar comprar fiado pregos para o seu ofício. sou um poeta difícil, porque desprezo o que é certo, a miragem no deserto é minha convicção; e os meus amigos quem são? Tem todo tipo de casta, tem brasão e veste gasta, não existe azar ou sorte, amor, paixão nem a morte tem crédito no nosso clã, onde tanto faz ontem, hoje como amanhã; se me derem uma batata acredito ser maçã. Afinal para um louco o que significa beleza, paixão, viver e amar? Apenas uma certeza que um louco não faz ideia do que significar. A loucura é uma tela que ninguém ainda pintou, porque não nasceu ainda quem pinte a tela mais linda,  a mais preciosa pintura; creio que louco é aquele que tenta...Curar a sua loucura. Pobre da humanidade, perde o tempo e a vida sem saber o que procura falando em felicidade, sem saber que a loucura é tudo isto com o nome de Liberdade.

domingo, 6 de setembro de 2015






Buenos Aires (homenaje ami amiga Estela Finck)
J. Norinaldo.

Un tango triste que bailé en buenos Aires, solito, sin mis pares y sin un Bandoneón, una despedida triste sin pañuelos flameando, un Carlos Gardel cantando sin escucharse su sonido, pero volveré, de esto tengo certeza, tanta belleza no huirá de mi mente, quizás en breve mi tango vuelva a tener sonido. ante la grandeza del Teatro Colón, yo pueda recoger flores de tu calle Florida, donde por un descuido de la vida, me hizo volver sin disfrutar tu belleza. Buenos Aires, eres grande demás, para que algunos marginales manchen tu grandeza, serán apenas una anécdota imperceptible ante tus increíbles bellezas. Argentina, apenas un río nos separa, lo que nos une es un puente en vez de un muro. Ya eras bella cuando gateábamos, y así serás en el presente y futuro. Espérame Buenos Aires querida, quiero presenciar un tango bien bailado, con aquel paso marcado exactamente, en tu calle florida.



Cachoeirinha PE.
J. Norinaldo.

Minha querida Cachoeirinha, sai dai um menino e pensei não voltar mais, temia te esquecer, hoje sei que é impossível pois onde estou tu estás. Te amo e sempre hei de te amar, estando longe ou perto, em alto mar ou no deserto, em New York ou Paris, aí é que fui feliz e isto não posso negar.


Felizes Para Sempre.
J. Norinaldo.



Até onde vai essa fábula, além das lentes e da arte da qual a lua faz parte de uma mentira milenar, e sem poder se negar desde que o mundo é mundo, servir de pano de fundo para este conto de fada, que o amor é para sempre porque para sempre é nada. A lua que ora  é vista a, não é a mesma de outrora no começo da conquista, depois de falsas promessas, por compaixão as compressas em forma de amizade, enquanto a felicidade se foi com as curvas e a firmeza, do corpo como beleza, a lua e a natureza  entram na cumplicidade somente, pela arte pela lente do artista insistente, que por mais que lute e tente prorrogar um sentimento numa tela romanesca, enquanto a tinta está fresca, existe amor a vontade e muita felicidade que o tempo leva com o vento, para poucos que merecem as telas não envelhecem nem ficam amareladas, a luz da lua não fica fraca e nem a tela opaca, mas são raros casos e efêmeros como uma flor, esta história de amor e Foram felizes para sempre, que há tanto é contada, não inclui no seu enredo: que para sempre é nada.



Outras Vidas.
J. Norinaldo.



Mostre-me o caminho e deixe por minha conta a caminhada, na bagagem não levarei nada que não seja útil e não me pese, apenas se lhe agrada por mim reze para que eu consiga meu intento, sozinho nunca estarei porque do vento eu já conheço o linguajar. A solidão não me assusta pois a cada passo, refaço na mente o meu caminho na certeza de não caminhar a esmo, se preciso converso comigo mesmo e daremos boas gargalhadas; não me preocupa nem um pouco, pois ninguém me chamará de louco, como disse antes estou sozinho. A estrada da vida é uma escola, onde muitas vezes você cola porque nem tudo há de saber, esta estrada é viver, não importando se já conhecemos o fim; vale a pena caminhar mesmo assim, deixando pegadas de exemplos, como pinturas nos vitrais dos templos, coloridos  cintilantes, que nos lembram de outros caminhantes que nos antecederam no caminho. Quem me mostrar a estrada há de seguir-me, ninguém conhece o caminho e seu entorno, pois  jamais haverá retorno o que vir até o fim esquecerei, ou para sempre comigo levarei, deixando somente as pegadas; que podem ser seguidas ou apagadas e precise novamente alguém mostrar, os inicios das estradas. Quem não conhecer do vento o linguajar, poderá não suportar a solidão e mesmo sem ninguém para chama-lo de louco, conversar consigo muito pouco, e o vento apagar suas pegadas; que por ninguém serão seguidas, não vê as belezas do entorno, acreditando que haverá retorno, como se fala...Outras vidas.

quinta-feira, 3 de setembro de 2015




Chorar depois não Resolve.
J. Norinaldo.



Enquanto o mundo girar sem ninguém contar seus giros, enquanto velhos papiros forem peças de museus, enquanto venderem Deus pelo que se pode e paga, enquanto esquecemos a praga e só pensarmos na colheita, enquanto uma caneta matar mais que mil fuzis, enquanto antigos covis comandarem a humanidade, que fala em elo perdido tendo perdido a corrente, não haverá inocente para o esquadrão de bandido. O poeta no seu verso denuncia ao universo que a terra ainda gira, tendo como eixo a mentira a podridão e o nefasto, onde o que vale é o pasto e não o olhar do boi, mas um inocente se foi e muitos irão após, pois não depende de nós, que conformados dizemos: eu nada posso fazer, vendo a inocência morrer e se engasgar com a voz. Enquanto o mundo girar em um eixo de mentira, a vida aqui também gira tendo como eixo o cinismo do cruel capitalismo que a humanidade aceita, e assim o eixo azeita fazendo  com a morte pacto e numa cama de cacto ou numa praia deserta, vemos a cena mais certa de todo este girar. Uma criança inocente vitima do nosso egoísmo que sem ver vamos direto para o abismo, pensando no consumismo, xingando  Deus com cinismo enquanto fingimos rezar.



A Lua Caiu no Mar.
J. Norinaldo.



A lua caiu no mar e iluminou na areia o rastro de uma sereia que acabava de passar como disse outro poeta é a menina que passa sempre a caminho do mar. Lua mar sereia sem véu, poeta pintor menestrel adoram estes assuntos e quando estão todos juntos anjos arpejam no céu. Quem já viu em alto mar a lua nascer distante ou na linha do horizonte como um enorme brilhante no colo de uma deusa como o olhar de tribuno, quem sabe o amor de Netuno poderoso deus do mar. Só quem viu pode contar ou mesmo em versos cantar algo tão belo na vida, numa noite em alto mar, quando este está sereno, o mundo parece pequeno e que cabe até no aceno no lenço da despedida. Por falar em alto mar há muito que não o vejo só Deus sabe o quanto desejo a ele um dia voltar, ver o mastro de um veleiro como um velho ponteiro sem controle a balançar. A lua que vejo hoje não é a que via lá, no meio da imensidão sentindo no coração o desejo de voltar, pois cá no mundo pequeno, onde não há mar sereno, é que existe o meu lar. A lua caiu no mar iluminando a sereia que se arrasta na areia na veia do meu sonhar, pensando em Florbela Espanca, numa nau de vela branca no além a navegar. O poeta navegante é como um lobo errante mas que tem amor a lua, ainda usa e abusa a tendo sempre por musa e cada um tem a sua.