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sexta-feira, 15 de janeiro de 2016




Meu Querido Rio UNA.
J. Norinaldo




Este é o Rio Uma, onde em criança brinquei, nadei brinquei fui feliz, por causa dele quantas pisas eu levei; hoje o meu cabelo ruim ainda é dele uma lembrança, da sua do conteúdo salobro que em seu leito um dia, esporadicamente corria e para nossa alegria minha e de criança, era a praia encantada única que a gente conhecia. As pessoas que ai hoje vejo, naquele tempo não, ou seja, não conhecia mas as pedras onde pisam conheço tenho certeza, podem não ter a beleza das praias que ora conheço, mas sei que eu não mereço ver este Rio Como vi. De cima de uma ponte que para mim já foi imensa, olhei e vi tanto lixo, que me deixou tão infeliz, por ver tamanho desprezo como um lampião aceso numa noite em Paris. Meu querido Rio Uma, sei que nada fiz por ti, não lutei contra os desmando e nunca te defendi;  claro hoje é diferente, que criança sai da frente de um lindo computador, mesmo com muito calor para um mergulho num Rio, que além de estar vazio tanto lixo causa dor. Conheci-te nas enchentes que duravam poucos dias, de farras e alegrias da meninada da Vila; Ó Cachoeirinha querida dos banhos no logradouro; não haveria tesouro que fizesse com que eu trocasse, com que o tempo voltasse; as vezes a imaginação toma as rédeas e se solta e eu te quero te quero de volta bem do jeitinho que era, e mesmo sendo salgado, em vez de J. Norinaldo assinasse o que ora escrevo como Louro de Quitéra. Como sei que é impossível ainda me resta sonhar que ainda antes de morrer, possa retornar ai, e mesmo sem um mergulho, mas quero te ver correr. Ao povo desta cidade eu peço por caridade sintam desse Rio orgulho; façam um pequeno esforço e não entupam de entulho.

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