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quarta-feira, 23 de março de 2016





A Felicidade e a Loucura.
J. Norinaldo.



Se  duvido da tua amizade, sem ter dúvidas da minha insanidade, já que tenho obsessão pela loucura, não tentes com a falsa verdade nenhum milagre de cura, nenhum louco acredita em caridade. Se olho pelas grades da minha liberdade, feitas com o ferro da minha insanidade e vejo o mundo como quero, posso ver a árvore pendurada  no fruto, eu acredito e não refuto e jamais tomarei por brincadeira, simplesmente porque minha loucura é verdadeira; e verdadeira deriva da verdade se não é o caso da tua amizade eu a tenho como enfeite na algibeira. Quando se chama alguém de amigo, mesmo um louco como eu, sem conhecer o quão é antigo aquele que a loucura o nome deu; diferente do ovo e da Galinha; amizade foi um amigo que este nome escreveu. Não existe um amigo solitário, a não ser em um louco como eu, que busca na loucura a felicidade, sabendo que a cura na verdade foi justamente a loucura quem lhe deu; loucura é igual a liberdade, e a beleza não é a felicidade, se lhe perguntarem quem lhe disse, pode dizer sem medo  que fui eu. Se confiar na sua amizade, lhe levo no coração e não na algibeira, tenha a certeza que jamais correrá perigo, tendo um louco por amigo, se a sua loucura é verdadeira. Se por acaso a sua amizade  me enaltece, pense que um louco ou um lobo, só devotam amizade a quem merece.

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