A Felicidade e a Loucura.
J. Norinaldo.
Se duvido da tua
amizade, sem ter dúvidas da minha insanidade, já que tenho obsessão pela
loucura, não tentes com a falsa verdade nenhum milagre de cura, nenhum louco
acredita em caridade. Se olho pelas grades da minha liberdade, feitas com o
ferro da minha insanidade e vejo o mundo como quero, posso ver a árvore pendurada
no fruto, eu acredito e não refuto e
jamais tomarei por brincadeira, simplesmente porque minha loucura é verdadeira;
e verdadeira deriva da verdade se não é o caso da tua amizade eu a tenho como
enfeite na algibeira. Quando se chama alguém de amigo, mesmo um louco como eu,
sem conhecer o quão é antigo aquele que a loucura o nome deu; diferente do ovo
e da Galinha; amizade foi um amigo que este nome escreveu. Não existe um amigo
solitário, a não ser em um louco como eu, que busca na loucura a felicidade,
sabendo que a cura na verdade foi justamente a loucura quem lhe deu; loucura é
igual a liberdade, e a beleza não é a felicidade, se lhe perguntarem quem lhe
disse, pode dizer sem medo que fui eu. Se
confiar na sua amizade, lhe levo no coração e não na algibeira, tenha a certeza
que jamais correrá perigo, tendo um louco por amigo, se a sua loucura é
verdadeira. Se por acaso a sua amizade
me enaltece, pense que um louco ou um lobo, só devotam amizade a quem
merece.
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