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segunda-feira, 11 de abril de 2016




O Espelho dos teus Olhos.
J. Norinaldo



Não me fales do amor que não conheces não me forces a entender o que não quero não me leve ao seu deserto estéril inútil, não seja fútil tentando me convencer; prefiro um não a um sim se for sincero. Não me pregues teu discurso decorado, se estou errado a vida vai me dizer, sempre me mostrou o caminho a seguir, se por engano eu cheguei até a ti foi um desleixo cometido, pois pensei ter entendido, mas na verdade não entendi. Vejo em teus olhos um ódio que desconheço, e não mereço tal espelho para mim; segue o teu rumo e me deixa onde estou, a pensar a vida já me ensinou, é bem melhor e sei que prefiro assim. Se não posso mudar o espelho dos teus olhos, prefiro nele não me ver mais, conheço tantos que refletem outras coisas, como amor, amizade e paz. Não ocupes o lugar mais alto para um sermão a esmo, não tentes me convencer de nada, sem antes descobrir quem és tu mesmo. Nem sempre para cada flor existe um vaso, nos encontramos meramente por acaso e o que vi no teu espelho me assustou; o brilho torpe que o ódio faz brotar e um vazio como um oceano vago, imaginou o que Narciso, viu em seus olhos quando se mirou num lago.

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