Minha Raízes, Minha Felicidade.
J. Norinaldo.
Esta paisagem não me estranha, pois está nas entranhas do meu próprio viver, no meu caminhar por
caminhos distintos nos inoculada nos instintos do meu ser. Quantos lugares assim
conheci e nunca esqueci entre arranha céus, não como covas rasas que
desaparecem perante ricos mausoléus. Já considerei uma pequena ponte a mais
alta e mais bela do mundo, atravessada em dois minutos ou menos até; e já atravessei pontes que só depois de muitos
anos tive a capacidade de atravessá-la a pé. A Ponte do Brooklin e a do Rio Uma
lá em Cachoeirinha, tão diferentes e nenhuma minha, hoje uma tão bela um Cartão
Postal que corre o mundo, a outra tão simples e singela, uma pinguela num Rio
esquecido e imundo. A casinha onde primeiro morei, parecida com esta paisagem, construída
com barro e cipó; a utilidade seria uma só,
não é a aparência que o seu valor dita , mas o amor de quem nelas habita. Eu
tenho cá minhas dúvidas se a felicidade escolhe acolhida, entre uma casinha de
sapê, numa estradinha de terra pelo vento varrida, no glamour da Quinta Avenida.
Esta paisagem eu conheço bem, pois de longe, de muito longe comigo vem e junto
comigo irá, para a terra que essas
paredes construíram, sem nenhuma distinção com outras belezas que esses meus
olhos viram. Deixo aqui minhas dúvidas ainda, se nesta vida conheci realmente
paisagem mais linda...
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