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domingo, 30 de outubro de 2016





O Deserto e a Solidão.
J. Norinaldo.


Subi ao topo do monte não para buscar solidão, mas sim a calma e o silêncio para sentir que ela pode  está comigo, mesmo em plena multidão. O deserto é solitário apenas por ser um só na sua definição, as tempestades de areia são festivais de alegria cada duna é poesia e sua sombra uma bênção, e um oásis protegido é a maior felicidade do viajante perdido; não procure a solidão porque ela está em si, não a quero se a perdi versando sobre alegria, pois quem ama a poesia jamais está solitário, estando errado ou certo, na montanha ou no deserto, constrói com suas miragens a beleza das paisagens e faz o longe ficar perto. A solidão é um fardo que pesa mais que a vida, que por mais que seja sofrida vale a pena ser vivida, sozinho ou na multidão, e acreditar na beleza sem jamais justificar que tenha que dar lugar a tristeza da solidão. A sombra de cada duna é assim como um farol, que orienta  você e a tua sombra, quando queima o calor do sol. A Solidão só existe se você a aceitar, quando bate a minha porta, recebo-a com um sorriso e a convido apara comigo cantar.

quarta-feira, 19 de outubro de 2016





A Corrente.
J. Norinaldo.


Entre o Rio e a Montanha há uma corrente de fato, cheiro de terra e de mato entrelaçando um poema que reboca a vida num ato no mais belo teorema. Não só poeta ver a beleza existente, mas por mais que alguém tente essa beleza descrever haverá sempre um vazio e para aquele que nunca a viu fica dificl entender. Entre o Poeta e a vida existe a dor, o prazer e a fantasia e não somente do amor ou da primavera em flor surge uma poesia; entre o poeta e o amor existe uma ponte caída e uma porteira aberta; com versos a ponte conserta e a porteira se fecha somente na hora certa. Entre o céu e o oceano existe uma distancia imensa, que diminue e se tocam sempre que o poeta pensa. Existe uma diferença que no poema vem a tona, a corrente de um rio e aquela que aprisiona, e não existe elo perdido, quando o rio é obstruído como numa poesia, e como o poeta sonha ele contorna a montanha.

domingo, 16 de outubro de 2016




Ao Mestre MÁRIO QUINTANA.
J. Norinaldo.



Eu troco um Poema por um toco de vela num pires encardido, pareço perdido numa mente insana? Não! Este toco de vela serviu de luz para Mário Quintana. Meu, sobretudo roto, faltando botões, não testemunha os serões que fizemos juntos. Por que um poema? Porque nada mais tenho, se vale a pena? É só ver de onde venho. Venho de muito longe e em minhas andanças, nas minhas lembranças, ver o Mário é tão frequente em minha mente que assim de repente me nego a crer que ele veio a escrever sob a luz de um toco de vela. O que? Hoje um palácio tem o seu nome? Pois nas lagrimas em estado sólido desse toco de vela, vejo lágrima de uma menina bela, que se jogou das alturas, era o ano velho segundo Quintana. O que será que lhe trouxe cada ano novo? Depois da luz desse toco  vela o escuro total? Não pergunto por mal, mas como? Sair de uma pensão qualquer em uma escura e suja viela para um palácio monumental; teria o Mário fugido em algum poema, do qual era o tema e ninguém percebeu? Ou o  Palácio só veio depois que morreu? Normal? Ledo engano amigo, o Mário é e sempre será Imortal! Por que tanta intimidade? Porque penso que também sou poeta e poetas conhecem a verdade e não se assustam com ela! Agora, vai aceita meu poema por esse Toco de Vela!

sábado, 15 de outubro de 2016




Fastio.
J. Norinaldo.




O Fastio de Fausto pela vida levou a um pacto com Satã, transformando o Poema numa lenda, como se numa toalha de renda estivessem  espalhadas as máscaras do louco de khalil Gibran. Louco  de esperança  vã, que  deu por falta das Máscaras que a sociedade, lhe impôs a usar para esconder a felicidade em uma simples brisa da manhã. Mal dito seja Fausto o faustuoso, pelo seu pacto com Satã e venturoso seja o Louco de Gibran; bem dita seja a Poesia e quem é feliz por mais um dia, ao acordar cada manhã. Feliz seja aquele que preenche com seu amor qualquer vazio, e que feliz seja quem quer ser feliz inclusive Fausto com seu fastio. Seja feliz enquanto há tempo, seja feliz porque precisa, atire bem longe as suas Máscaras, lembre-se do Louco de Gibran e que a manhã jamais lhe negará a brisa.



Por Do Sol por sobre o Monte.
J. Norinaldo.




Bem na corcunda do monte, onde o sol se esconde à tarde, para dar lugar a lua com sua luz maviosa que  reflete maravilhosa a luz do sol que ainda arde. Feliz de mim que te vejo e consigo conter o desejo deste meu peito  covarde, a outros olhos suave, assim como a luz da lua, que esfriam o calor das rochas, como guerreiros sutis invadem o escuro com tochas, numa guerra sem alarde. Do outro lado do monte surge novamente o dia, na despedida da lua na mais bela poesia, que devolve o lugar ao sol e as cores do arrebol banham do mundo de fantasia. Por que feliz porque vejo porque tem quem não consegue e poucos irão lhe dizer, quão belo é este momento, para que guardem no pensamento, mesmo que não possam ver. A primavera é de todos, porém  nem todos podem ver sua beleza lhes restam apenas o perfume, como taças vazias manchadas com seus  licores; mas sempre terá alguém que lhes fale com detalhes sem ciúme da beleza de suas flores. Bem na corcunda do monte independente do lado em que esteja, tanto o sol quanto a lua, indiferentes a desejos, sempre vale a pena  a espera; mesmo sem ver tal beleza que o monte exibe em seu cume que o  sinta assim como o perfume sem ver as flores na primavera.

sábado, 8 de outubro de 2016




A Última Porteira antes do Inferno.
J. Norinaldo



Sempre ouvimos e ouviremos falar sobre um inferno de fogo, escuridão e sofrimento, de cenas horríveis lamento, onde a dor não tem limites. O que não ouvimos, ou ouvimos muito pouco é que a escuridão nada mais é que ausência de luz e o fogo representa a primeira que conhecemos depois do sol e da lua. Portanto, o inferno contado e cantado nada mais é que uma invenção da mente humana usada para frear alguns impulsos dessa mesma mente, que sem limite não se sabe o seu poder. Alguns, no entanto provam um tanto deste poder, sem, entretanto saber que sua mente é quem cria, seu próprio inferno com um só caminho de ida e o de volta é fantasia. Quando tenta na vida desatar um nó, buscando a felicidade em pó ao deixar suas pegadas no caminho supracitado. Nesta estrada existem muitas porteiras, mas há uma principal, é justamente a final onde se vê que o caminho não  era como  um cajado, que no fim tinha uma curva perfeita apontando o outro lado. Para muitos não há volta, não há como acordar de um pesadelo, por mais que dê com a cabeça nas pedras, por mais que o seu sangue manche o caminho; este Ser  está sozinho, queimando num fogo sem luz que a verdadeira morte conduz, ser morto vivo é seu destino. Depressão: Abaixamento do terreno o que te faz andar mais rápido sem querer, ou até mesmo correr em direção ao que não quer. Todos nós somos passiveis a tais emoções, só não podemos recuar ante o calor sufocante que derrete a própria vida antes da ultima Porteira. Não esqueçamos: se houver Fogo haverá Luz, e que Alguém disse há muito tempo: “Eu Sou o Único Caminho, ninguém chegara ao Pai senão por Mim”. Quem lembra o Nome escreve ai.............!