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sexta-feira, 17 de março de 2017





Chove Chuva.
J. Nori

Da penumbra da minha janela eu vejo a chuva, de repente se faz noite em meu viver, com o olhar como a pedir que a chuva caia onde ora é impedida, pois o mormaço parece ter fugido do frescor dos pingos ritmados e procurado abrigo onde estou. Não há vento, e as folhas das árvores provocam uma chuva secundária e mais lenta, como telhados das moradas mais antigas cujas calhas são a terra sedenta. A orquestra de pássaros num intervalo combinado, e o trinado do maestro se escondeu, no lago no entanto, o canto é tanto que de repente um pássaro respondeu. E o meu olhar vai longe sem molhar-se, como um pensamento que viaja através de um furacão, a chuva é como um poema, cada pingo é uma letra, que formam palavras de amor e de paixão; ah! retorna a orquestra dos pássaros como a volta das aves de arribação; tomara que também chova para onde viajou meu pensamento e que molhe a vontade aquele chão. Ah! Minha janela é tão pequena, para quem já viu chover em alto mar, é o mesmo que olhar o céu a noite numa metrópole, e numa praia deserta a caminhar. É tão lindo olhar a chuva enquanto se sonha, e se troca a cadeira onde se senta, por uma pedra no alto de uma montanha.



Feliz Dia da Poesia.
J. Nori



O Dia da Poesia são todos que amanhecem, são todas rosas que se abrem, são todas árvores que crescem, são dias de alegria, de sofrimento e de dor, é como um lindo Beija Flor a cortejar uma rosa, é poema rima e prosa ou simplesmente fantasia; poesia não tem dia, não tem hora, como uma nascente que da alma aflora como uma planta que do chão brotou, bate asas vai embora com algum vento ou brisa e para sempre eterniza algo que se chama Amor. Existe um aforismo tão verdadeiro que diz: "Seja poeta se não quiser ser Feliz".