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quarta-feira, 26 de abril de 2017




O Senhor de Tudo.
J. Nori.


Quando as farpas da ira te atingirem, e tingirem o teu manto de escarlata, não desforres nos cães perto ladram, a dor que a tua alma abate; genuflexo com o apoio da espada, perplexo com a túnica encarnada, como a pela da mulher amada. Segures com firmeza o teu escudo, sempre em cima do coração e grites para o mundo inteiro ouvir, o meu sangue é vermelho e outros são, sei o céu é azul e a mata verde, assim como é verde o meu Mate, mas jamais abdicarei, do amor pelo meu manto Escarlate. Senhor do sul e do Universo, és o reverso da moeda em teu Escudo escrita, quem te ama já gritou e ainda grita, Tu, És sim  o Senhor de tudo.

terça-feira, 18 de abril de 2017





O Vento.
J. Nori.


O Vento que traz alvíssaras, também emudece os sinos, açoitam a mata e o oceano e traça novos destinos; o Vento que empurra o tempo que passa para todos nós, o Vento que move as nuvens e dar trovão a voz. O Vento me trouxe hoje um perfume diferente, como uma canção silente que somente a alma escuta e somente ela desfruta e do poeta perfuma a mente. Eu sempre ouço do vento uma canção de saudade como uma áurea latente, que fala de tanta gente e de lugares do meu passado e do meu presente menino e antes que o vento da Matriz venha emudecer o sino entre as dunas do deserto com a multidão tão perto numa tempestade solitária sem alvíssaras no horizonte, ou sem ponte que interligue o passado ao presente. o Vento tão necessário também é intempestivo e carecemos do tempo esta é mais uma verdade, mas não podemos plantar vento para colher tempestade, tampouco a poesia fala só de felicidade.

segunda-feira, 17 de abril de 2017





A Lua.
J. Nori



A Lua que é vista pelo vão da Avenida, encimando uma ponte como um Abajur, as estrelas tão poucas em um céu pequenino, quase sempre cinzento e tão pouco azul. Imagine essa Lua no topo do monte e só o horizonte sem nenhum obstáculo, cada raio um tentáculo de um Polvo gigante. Imagine essa selva de pedra e cimento, num dia cinzento quase sempre rotina, e eu aqui na campina vendo o céu por inteiro e formoso refletido num lago, assim como um afago de um Deus carinhoso. A Lua é bela não importa de onde é vista é certo, que no deserto ela é bem mais bonita. Na solidão das dunas num espaço infinito dança uma deusa bela sem véu, imagine, imagine a Lua, rodeada de estrelas dançando no Céu. Na tua janela a Lua aparece, encimando uma ponte como um abajur, numa noite de outono, na selva de cimento como a zelar pelo sono, do seu eterno dono... O Senhor do firmamento.



Eu Sempre Acreditei.
J. Nori.



Eu acredito nas Fadas eu me encanto com os Fados que cantam no Alémtejo, eu desejo ouvir os cantos que cantam Azerbaijanos, vê como dançam os ciganos e como arpejam os Anjos, Ninfetas tocando banjos um Poema que compus; a Arte que me seduz são Almas desencantadas, eu acredito nas Fadas e me encanto com os Fados e as Aldeias, eu acredito em Sereias. Eu acredito nas Fadas, por isto faço canções, com varinhas de condões da minha imaginação; assim como um pintor, eu pinto o Céu com amor com a tinta da minha inspiração. Quem não acredita em Fadas deixou em alguma curva da estrada, a inocência ilustrada, numa tela de desesperança, não acredita em quase nada, perdeu a mais linda Fada...Que é justamente o ser Criança