Translate

terça-feira, 11 de julho de 2017





Da Minha Janela.
J. Nori.


Todas as vezes que olho a minha janela, a mesma tela, nem sempre modificada, mudam as nuvens, as folhas, o vento e quase mais nada. Um pássaro por vezes risca o espaço indo para onde o instinto manda, um pássaro ou uma revoada. A minha tela é um retângulo mágico que muda conforme o olhar, nela eu já vi o Mar, ao longe ao unir-se ao céu, vi o mastro distante do navio, já vi o lugar por onde correu um Rio, vi o Sol abrasador e vi o Frio; vi alguém chorando por amor. Vi a comitiva passar, eu ouvi o cão ladrar também vi o retirante, ouvi um comício irritante, a mentira mais gritante eu ouvi da minha janela. A janela onde se debruçava a donzela, hoje há tanta grade nela como uma teia de aranha; hoje não se vê a tela inteira, é tanto ferro e madeira que sua beleza acanha. E agora, o pinto produziu mais uma faceta, uma linda borboleta batendo as asas sumiu. Não me cansa os encantos da janela esta metamorfose tela aberta para encantar. Espera, está mudando minha tela, é sim um beija flor num galanteio de amor a minha rosa preferida, que perfuma minha vida mostrando o quanto ela é bela.

Sem comentários: