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terça-feira, 23 de abril de 2013




Compaixão.
J. Norinaldo.


Sou teu príncipe desencantado, montando um cavalo manco, como rabiscos irresponsáveis sobre uma tela em branco, sou a parte do teu sonho que fazes questão de esquecer, sou a água do riacho em que jamais queres beber. Sou tudo que tudo que não aceitas, aquilo que tu rejeitas, sou a própria rejeição; sou a pedra do caminho, sou da rosa o espinho eu sou a imperfeição; eu sei que para ti sou tudo isto, mas de uma coisa estou certo, estando longe ou perto, tu estarás para sempre dentro do meu coração. És a princesa encantada, és minha fada madrinha, que voas com as próprias asas também és minha rainha, és o jardim colorido pintado na minha tela e és a parte mais bela de todos os sonhos meus, o riacho cristalino onde mato minha sede, és a flor do meu caminho, és meu destino perfeito aquilo que mais aceito depois do meu próprio Deus.
Não me importa o que para ti eu sou, importante mesmo é o que para mim tu és, se o espinho me fere os pés para proteger a rosa, fere-me o coração ser sincero nesta prosa, porém prefiro mil vezes ter a tua rejeição, a conseguir teu amor apenas por compaixão.

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