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sábado, 30 de setembro de 2017


A Flor do Girassol.
J. Nori


A flor do Girassol se volta para o Leste todas as manhãs, as flores das Maçãs se perfumam e se tingem, e as pessoas fingem que as Esfinges são suas, que as Estátuas nuas sempre foram inocentes, e que os indigentes são pingentes das Ruas. Todas as manhãs, nasce um sol Brilhante, recepcionado por um mundo indiferente, como um indigente, ao cheiro das flores das Maçãs. Todo dia um Poeta acorda, e recorda algum verso que sonhou ou pensou, alguns que se foram como o perfume das flores das maçãs, que perfumam as manhãs nem sempre sentido, como o chão batido das ruas, ou as estátuas nuas que enfeitam os Jardins; Rosas, Jasmins e até Bem me Quer, e o Girassol que permanece de pé, e se curva depois que o sol se põe por detrás do monte, para na manhã está novamente defronte, cujo raios reflete na Esfinge distante, que se esvai com o tempo enquanto a neve cai, em flocos macios como sementes, no chão batido e num mundo indiferentes. O Sol vem do Leste e se vai ao Poente, cruzando o mundo tão indiferente, quanto o indigente a neve e as flores, tingidos odores de fingidas Esfinges e o grande segredo mundano; como o destemor da onda ao se chocar com o Rochedo, sem frustração ao retornar ao Oceano. A Flor do Girassol tendo o Sol como Lume, alguém conhece o perfume que dela emana, até parece um grande Bem me Quer, ou uma estátua nua numa arena romana.

sábado, 9 de setembro de 2017




Teu Gozo.
J. Nori


Quero guardar na mente essa imagem tua, nua entre as folhagens do jardim, como uma rosa de luxúria que se abre e inebria, o mais galante colibri que há em mim. Quero sugar todo o mel que há em ti, quero teu gozo como o brilho da centelha, quero ver teu corpo a tremer num lindo orgasmo, como a vibrar com o zumbido da abelha. Quero depois madornar entre os teus vales, e antes que fales que foi muito bom pra ti; quero cobrir-te de beijos o corpo inteiro, como já fez antes o fogoso colibri. Que o perfume do teu gozo entre gemidos, seja espargido pela noite sem luar, e que uma verdadeira chuva de estrelas cadentes, qual as vertentes que brotam no teu gozar. Ah! Quero guardar para sempre esta imagem, como a paisagem mais linda de um outono, enquanto fechas os olhos por um instante, o bastante para um merecido sono, eu em vigília repouso, olhando para o céu tão estrelado e pensando no teu regalado gozo. Ah! E esta canção que canta o vento, leva o meu pensamento tão distante, e ainda ouço os gritos e sinto o perfume da rosa, enquanto teu corpo sem ciúme lindo e livre...  Goza, para mim.