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quinta-feira, 30 de junho de 2016




O Meu Paraíso.
J. Norinaldo.



Feche os olhos por um instante, tente esquecer tudo que existe, aproveite o negror da escuridão e escreva com letras de luz, tudo que você deseja  que existisse, desenhe o mundo no qual você sempre sonha viver. Abra os olhos  e procure ver, que este mundo existe é só você querer, acredite nisto e simplesmente vá viver. Entenda que a dor é necessária e que as estrelas estão onde sempre estiveram, mas a noite existe não somente para que possamos vê-las e não tenha medo da escuridão, pois sem ela a noite não seria bela como uma deusa nua, e não sobressaiam dela a beleza das estrelas e da lua. Feche os olhos e tente novamente; não desista nunca deste sonho lindo, pois o Paraíso somos nós que fazemos; muitas vezes em sonho quando adormecemos, quando desperto nos decepcionamos, quando abrimos os olhos e não vemos, o que em sonho vimos porque não sabemos que há diferença entre enxergar e ver; evite ficar muito tempo de olhos fechados, se não sabe o mundo que realmente quer, se não ver beleza em torno de si,  ao menos saiba que a única certeza que se tem na vida, é que um dia se fecharão para nunca mais se abrir.

domingo, 26 de junho de 2016




Quando o Covarde se Agiganta.
J. Norinaldo




Como espectros finais de uma hecatombe, que se arrastam putrefatos e acéfalos, contentando-se cm o direito de arrastar-se, como um ser nauseabundo,  divulgando as noticias dos rodapés do jornal mais vagabundo; sem nenhuma condição de emitir algum conceito mesmo entre si, pois a elite do mundo apenas patrocina para ri de tal panfleto. Com direito a revolta e a um pão, leva qualquer bandeira na mão e grita o que o patrão mandar; sem, no entanto poder dele se aproximar nunca ao seu lado, nem mesmo para ser pisado, se não for para gritar não terá voz, pois o covarde tem que ser pisoteado e ainda mostrar as gengivas ao algoz. Oh! Deus da covardia que aos gritos deixava tantos ao meu lado aflitos, conseguindo plantar em suas mentes, seu gritos afundaram tanto as sementes, que em fim vingaram e são colhidas, de árvores podres e sem vidas, ideias retrógradas e carcomidas seus gritos e palavras por mim também foram ouvidas, mas jamais lhes dei algum valor, como fizeram as tais  almas aflitas que hoje pensam que pagam como um grande favor. Não nasci para estribo ou pedal, jamais usarei freio ou buçal; enquanto vida tiver lutarei por liberdade, mesmo que com isto favoreça algum covarde; se já não tenho mais força para o fuzil; nem por isto hoje  sairei de cena, preciso somente de papel e uma pena para defender o meu Brasil.

Remendos da Alma

J. Norinaldo

Hoje eu sinto saudades do tempo que era inocente e acreditava em tudo porque não sabia nada;  quando dormia em jejum e sonhava com comida, hoje quiçá saiba menos, mas adquiri um defeito o de me achar com direito talvez de não ter nenhum. Hoje eu sinto saudades e me lamento a esmo, sem saber que é loucura ter saudades de mim mesmo; talvez me digam sorrindo que sou o que sempre fui e eu finja que acredito até por conveniência, isto nada tem de inocência e nem de sabedoria, a saudade não é nada, é como a madrugada que se acaba com o dia. Mas tenho uma certeza já não sou mais o que era, e não culpo a natureza, já fui uma fortaleza e hoje sou uma tapera. Isto acontece com todos, pois o caminho é um só, pois o final é o mesmo e o destino é o pó. Mas se a saudade não é nada, apenas uma madrugada que se acaba com o dia; por que a sinto tão forte estando o sol a pino, sempre que vejo um menino mesmo triste e maltrapilho; ouço o apito e vejo o trilho de um trem quem vem do passado que o velho não esqueceu; este menino sou eu bem vestido hoje me vendo levando uma vida calma, mas que não cabe mais remendo nas vestes da minha alma. Não sei por que é fui crescer, coisa que tanto queira, se pudesse eu voltaria, seguindo o trilho do trem, que é o que hoje é saudade também, mas de repente como uma luz que na velha mente se acende, e como se no velho trilho na carreira, lembrando Ascênio Ferreira diferente ao poetar: “Vou Danado Pra Catende, vou Danado pra Catende”...Sem vontade de chegar.



Meu Mundo Sonhado é Uma Camisa de Força.
J. Norinaldo.


Eu quero um mundo onde os caminhos se encontrem, e os homens se abracem por cultura, que não exista caçada numa Olimpíada de uma onça a ser só fotografada. Eu quero um mundo onde existam muitas Jumas, e que as jubas jamais servirão de tochas, ou jumas de garotas propaganda, eu quero um mundo que eu saiba quem nele manda e que não é nenhum tirano ou impostor; eu quero um mundo onde os caminhos se encontrem e os homens neles encontrem somente amor. Eu não posso querer a Juma de volta, mas me revolta tira-la do seu habitat e lhe dar nome e status de rainha, mostra-la ao mundo numa pose de princesa, e logo depois uma carniça de tristeza. Eu quero um mundo com uma olímpiada cultural, juntamente com a que existe normal, que o que se acrescente seja amor, amizade e mais nada; que não seja acrescida de Tourada para satisfação de parte de uma humanidade sádica, que está levando a terra à condição trágica do abismo como última solução. Vamos deixar  os Leões e Onças onde estão, já que não temos a mínima condição de tomar conta da própria humanidade, deixemos que a Natureza seu verdadeiro papel assuma, para depois não tentarmos justificar; que não deixamos um ser faminto caçar para matar a fome em suma, mas exibimos ao mundo a Morte Cruel da Juma. Eu quero um mundo onde todo homem em fim me ouça, na verdade o que eu quero mesmo... É uma Camisa de Força.

domingo, 19 de junho de 2016




Se eu te Dissesse.
J. Norinaldo.



Se eu te dissesse assim de uma só vez, como uma cascata de palavras, claras puras cristalinas tudo que sinto por você, assim de repente, saberias o que me responder? Se eu te dissesse o quanto tenho sofrido, o quando tenho morrido mesmo parecendo viver, que já não choro escondido com mede de alguém me ver; tudo isto de repente, saberias o que me responder? Se eu te dissesse o porquê que ainda não te disse, quiçá você até risse, pois é medo de te perder. Eu sei e você sabe também, ninguém perde o que não tem, mas eu prefiro não saber. Se eu te dissesse que no recôndito do meu ser, eu sonho ainda te ter nos meus braços a me dizer nem que seja por instantes, por que não me dissestes antes, antes da gente envelhecer. Se eu te dissesse que o poema que fiz pensando em te ofertar, eu já não sei onde está e sequer o decorei, que já me esqueci de quantos jardins plantei, que com lágrimas reguei e para ninguém eu dei por eram para ti. E se eu te dissesse que o que sinto por você, e se me deres uma chance não sei mais o que dizer? Vez por outra, muita coisa da minha mente simplesmente some, outro dia quase morri de susto ao esquecer o Teu Nome...

segunda-feira, 13 de junho de 2016




Como dizer que te Amo se você não me Ajudar?
J. Norinaldo



Eu não preciso nem pensar, para responder que sim, sei que respondo por mim, mas não vou me demorar, medo que mude de ideia, espero que não vá mudar. Meu sim é definitivo e jamais haverá motivo para te decepcionar. Podemos comemorar, mesmo com o sol escondido, deve estar arrependido por não assistir esta cena, ia ver que vale a pena dizer sim ao invés de não, um sim cheio de paixão e vontade de amar, de correr e de gritar para o mundo todo ouvir, ô mundo eu estou aqui, sempre aqui no meu cantinho, de novo falando sozinho, sem ninguém para me ouvir. Hoje a vi novamente em frente ao seu jardim, mas parecia um jasmim com sua pele rosada, passei sem lhe dizer nada e nem sei se olhou para mim; senti seu perfume no vento que perfumou meu sofrimento que me trouxe até aqui.  Imaginei-a corando ao me perguntar de repente como será que se sente alguém ao dizer que ama? Como eu iria responder uma pergunta assim, se só consigo dizer quando está longe de mim? E aqui no meu cantinho nem parece que estou falando sozinho, mas se ela me perguntar, se a amo, não precisarei pensar, de tanto que tenho ensaiado nada pode dar errado quando eu responder que sim; como acabo de fazer, pena que ela não vai saber, pois estou falando para mim.



Plágio além de crime é Triste.
J. Norinaldo


Devagar e divagando divulgando o que puder, parafraseando o que entendo e errando o que não souber, navegando onde enquanto livre e oceano houver, guiando-me pelas estres enquanto meus olhos possam ver, me escondendo da artrite para que com os dedos digite o que desejo escrever. Com a desculpa do inconsciente plagiando sem patente algo que já se escreveu; levando com ironia, algo que meu bisavô já dizia nada se faz tudo aqui se copia. Mas não há cópia sem arquétipo, portanto houve alguém que fez, ou tudo é cópia de que se não houve a primeira vez? Não me eximo de culpa de divulgar divagando, devagar quase parando algo que encontrei feito, aparei alguma aresta, tapei fresta dei um jeito, com uvas desgarradas, fui juntando  fiz um cacho feliz assinei embaixo o que importa é o elogio, mas depois um calafrio que atordoa e atormenta como a tormenta e o frio, a consciência é severa e sabe que de vera, nada surge do vazio. Por isto a simplicidade é meu modo de viver, assim  com como de escrever, apesar de não ser simples esse tal jeito de ser, mas tem uma grande vantagem para quem souber usar;  é bem mais simples aprender do que o dever ensinar.

sábado, 11 de junho de 2016




Apagando o Quadro Negro: Até um Dia Mestra.
J. Norinaldo.


A cada passo uma marca, em cada pegada uma certeza que é a única sabida, chegar ao final da estrada e nela o final da vida. Às vezes a estrada é longa e alegre ao ser percorrida, se chega ao fim sem cair, outras vezes em cada curva uma caída. O importante é viver sem pensar quando chegar, cair e se levantar, ajudar alguém caído sem pensar ser socorrido sempre que precisar, aprender se levantar enquanto forças tiver, procurar ficar de pé como um Ipê no outono, sem folhas, flores ou fruto até o derradeiro sono. No caminho não esquecer jamais de colher o fruto necessário sabendo que alguém vem atrás, não beber água demais e verificar sempre se existe mais por perto, pois alguém que vem atrás pode bem vir do deserto. A vida é a professora que ainda usa o castigo ao aluno não aplicado, mas também é uma orquestra, regida pela batuta do tempo, tendo como músico o vento, que alivia o sofrimento de quem na estrada cai e lhe ilumina o pensamento a recorrer a um Pai, Onipotente e Eterno que seja outono ou inverno não nos esquece jamais. Há pouco fui avisado que alguém por mim amado chegou ao fim do caminho, última curva da vida, mas que jamais será esquecida pelas pegadas profundas que deixou pelas estradas das belas coisas oriundas beneficamente ensinadas. E que são e sempre serão replantadas, regadas vigarão, como o Ipê no inverno, seu saber será eterno como o caminho que fica, como cada árvore que frutifica e alimenta o caminhante que busca o fim da estrada, pois caminhando ou parada a vida segue em frente, ninguém ficará para semente pois é isto que se aprende, quando ainda nem se entende... Que nada é para sempre.
Minha Primeira Professora, meu primeiro Amor.

sexta-feira, 10 de junho de 2016




A Minha Primeira Professorinha, com Carinho e Saudade.
J. Norinaldo



Esqueci-me de muitas coisas que por este mundo vivi, se me perguntam quem sou, eu não sei já esqueci; a primeira namorada quem diria já não lembro, o nome do primeiro amigo, ou do primeiro desvio, nem mesmo sei o prefixo do meu primeiro navio. Esqueci meus guardas chuva, quantos parreirais  já vi, não lembro as marcas dos vinhos que pelos portos bebi, não lembro todos os portos que pelo mundo conheci; mas existem coisas na vida que por não haver sucessoras, uma é a própria vida, a maior das professoras, outra é Cachoeirinha e entre elas D. Joaninha, aquela que há muito tempo, segurou a minha mão para me tirar da escuridão da tenebrosa ignorância; e me falar pela primeira vez no valor da  importância. Hoje o céu foi enfeitado com bandeirinhas e balão, para receber D. Joaninha, não com um cetro de Rainha, mas com um lápis e um giz na mão. Agradeço-te o que sei hoje e o que pude transmitir, dedico-te Professora tudo de bom que na vida escrevi; se esqueci a namorada, isto não quer dizer nada, seria sim ingratidão, esquecer a precursora a primeira professora que me livrou da escuridão. Sempre me lembrarei de ti enquanto vida eu tiver e esteja onde estiver da  mente jamais  me sai, e sempre agradeço ao Pai por esta lembrança minha, aquela vila encantada e a primeira Professorinha. Primeiro me destes a luz e depois de deste o Pão, quando me estendestes a mão ali no Alto da Cruz numa Escolinha Rural, hoje eu rogo a Jesus que Te Receba no Céu como uma bela guarda de honra sendo Ele o General. Por tudo que eu te devo, por me mostrar o caminho, que depois segui sozinho, mas sempre olhando para trás, e pensando que jamais seria o pouco que hoje sou, pode ser pouco para muitos, mas mesmo eles todos juntos não troco por teu Amor. Adeus Minha Professora, Adeus Minha Protetora e por que não Adeus  Meu amor, Adeus minha primeira professorinha, Adeus querida Princesa que hoje faz com que uma nuvem de tristeza paire sobre Cachoeirinha. Não sei se fui bom aluno, isto também já não lembro, nem quantos Sete de Setembro contigo eu desfilei, mas te Juro Professorinha, que ainda me lembro de desfiles até internacionais, sem com certeza jamais...Esquecer de ti e da Nossa Cachoeirinha.

terça-feira, 7 de junho de 2016


Amor e Ódio
J. Norinaldo


Eu odeio o ódio que envenena meu coração, que pesa nas asas da minha imaginação não me deixando voar para poder enxergar tudo de belo que existe. Eu odeio a tristeza que torna minha alma triste e todo o belo que existe ela esconde de mim. Eu amo o nascer do dia, como numa poesia o perfume da manhã, ouvir da flauta de Pan a mais linda melodia. Eu amo os passarinhos com suas canções mais belas, em dó maior ou si bemol, que entram em minhas janelas juntos com os raios do sol; eu amo o monte mais alto e que destoa do asfalto como as cores do arrebol. Eu odeio e amo, assim como amo e odeio, amo o belo e amo  o feio, eu amo tudo que existe, amo o alegre e o triste, amo a loucura e o desejo, amo o ter  e o não ter eu amo tudo que vejo, simplesmente porque vejo, pois tem alguém que não vê. Eu amo a canção que ouço agora, que foi sucesso outrora, como jovem um dia fui, mas descobri no caminho que quanto mais se caminha, mais o caminho diminui. Eu amo e odeio sim, posso não amar a vida, mas sei... Que vou odiar o seu fim.



Sal e Perfume, Dor e Ciúme.
J. Norinaldo.



Com o sal das minhas lágrimas foi temperado o banquete, no salão do palacete onde celebrastes as núpcias com o teu príncipe encantado, e mesmo tão magoado, quase em lágrimas afogado uma dúvida me desespera, se me deixastes realmente por amor ou por o este palacete ao lembrar que nossas núpcias quiçá houvesse sal, imagine o tal banquete numa humilde tapera. Vivo sofrendo calado sem te desejar o mal e sem te cobrar o sal que temperou teu banquete, não te maldigo ou te julgo e tampouco é por bondade, mas por na realidade até na infelicidade sou considerado refugo. Se fores feliz, que assim seja até o fim, quanto a mim, só essa dúvida me dói, meu triste viver destrói essa tristeza abismal; pois, se não foi por amor que me deixastes por outro, seria como leque feito com penas de faisão real, para abanar um tirano senhor do reino do mal. Não sei se ainda lembras de mim, em fim quando um dia isto acontecer, não esquece de pensar que por ti vivo a sofrer e guardes bem o motivo, de um ser que vive  a agradecer, apenas por estar vivo, e meus gemidos de dores são a única melodia, que minha alma conhece e o meu coração padece a falta de poesia; Não sei dizer se isto  é ciúme, mas ainda sinto o perfume das flores do buquê que levavas nas mãos naquele dia.

quinta-feira, 2 de junho de 2016




Coração e alma.
J. Norinaldo



Eu juro que não sabia que nunca cheguei a perceber que era muito mais coração que alma, assim como um barco que é muito mais motor que casco e que por isto será seu próprio carrasco se atirando contra as rochas. Quiçá tarde demais voz do silencio e das ondas,  e das estrelas como tochas tentando orientar um barco que é mais motor que casco um ser que é bem mais coração que alma onde a procela e a calma se unem contra o rochedo macias mais sem nenhum medo assim como barco contra as rochas, desobedecendo as tochas dos faróis que o orientam a seguir avante sem conhecer a alma e o coração, o motor e o casco do barco e do navegante. Eu sou esse barco, cujo casco é tão fraco, como uma nuvem de fumaça, que com a brisa se esgaça e com um motor tão potente que com toda força a frente desmancha-se e se despedaça. E assim, como o arco que lança a flecha que não volta, depois que do cais o barco se solta, não há destino nem calma, ou outro poder nem equilíbrio que possa em fim deter ante a borrasca... Um Barco que é assim como uma fruta que tem muito mais polpa que casca.