Translate

sábado, 11 de junho de 2016




Apagando o Quadro Negro: Até um Dia Mestra.
J. Norinaldo.


A cada passo uma marca, em cada pegada uma certeza que é a única sabida, chegar ao final da estrada e nela o final da vida. Às vezes a estrada é longa e alegre ao ser percorrida, se chega ao fim sem cair, outras vezes em cada curva uma caída. O importante é viver sem pensar quando chegar, cair e se levantar, ajudar alguém caído sem pensar ser socorrido sempre que precisar, aprender se levantar enquanto forças tiver, procurar ficar de pé como um Ipê no outono, sem folhas, flores ou fruto até o derradeiro sono. No caminho não esquecer jamais de colher o fruto necessário sabendo que alguém vem atrás, não beber água demais e verificar sempre se existe mais por perto, pois alguém que vem atrás pode bem vir do deserto. A vida é a professora que ainda usa o castigo ao aluno não aplicado, mas também é uma orquestra, regida pela batuta do tempo, tendo como músico o vento, que alivia o sofrimento de quem na estrada cai e lhe ilumina o pensamento a recorrer a um Pai, Onipotente e Eterno que seja outono ou inverno não nos esquece jamais. Há pouco fui avisado que alguém por mim amado chegou ao fim do caminho, última curva da vida, mas que jamais será esquecida pelas pegadas profundas que deixou pelas estradas das belas coisas oriundas beneficamente ensinadas. E que são e sempre serão replantadas, regadas vigarão, como o Ipê no inverno, seu saber será eterno como o caminho que fica, como cada árvore que frutifica e alimenta o caminhante que busca o fim da estrada, pois caminhando ou parada a vida segue em frente, ninguém ficará para semente pois é isto que se aprende, quando ainda nem se entende... Que nada é para sempre.
Minha Primeira Professora, meu primeiro Amor.

Sem comentários: