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terça-feira, 7 de junho de 2016


Amor e Ódio
J. Norinaldo


Eu odeio o ódio que envenena meu coração, que pesa nas asas da minha imaginação não me deixando voar para poder enxergar tudo de belo que existe. Eu odeio a tristeza que torna minha alma triste e todo o belo que existe ela esconde de mim. Eu amo o nascer do dia, como numa poesia o perfume da manhã, ouvir da flauta de Pan a mais linda melodia. Eu amo os passarinhos com suas canções mais belas, em dó maior ou si bemol, que entram em minhas janelas juntos com os raios do sol; eu amo o monte mais alto e que destoa do asfalto como as cores do arrebol. Eu odeio e amo, assim como amo e odeio, amo o belo e amo  o feio, eu amo tudo que existe, amo o alegre e o triste, amo a loucura e o desejo, amo o ter  e o não ter eu amo tudo que vejo, simplesmente porque vejo, pois tem alguém que não vê. Eu amo a canção que ouço agora, que foi sucesso outrora, como jovem um dia fui, mas descobri no caminho que quanto mais se caminha, mais o caminho diminui. Eu amo e odeio sim, posso não amar a vida, mas sei... Que vou odiar o seu fim.

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