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sexta-feira, 28 de agosto de 2015





Buenos Ayres. (Homenagem a minha amiga Estela Fink)
J. Norinaldo.



Um tango triste que bailei em Buenos Ayres, Sozinho sem os meus pares e sem um Bandoneon; uma despedida triste sem lenço abanando, um Carlos  Gardel cantandoporém sem se ouvir  som; mas volverei disto eu tenho certeza, tanta beleza  não me fugirá da mente; quiçá em breve meu tango volte a ter som, ante a grandeza do teu Teatro Colom; eu possa colher as flores da tua Calhe florida, onde por um descuido da vida; me fez voltar sem desfrutar tua beleza. Buenos Ayres  és grande demais, para que alguns marginais manchem a tua grandeza, serão apenas uma nódoa imperceptíveis ante as tuas incríveis belezas. Argentina apenas um rio nos separa, o que nos une é uma  pontes ao invés muro; Já eras bela enquanto engatinhávamos, e assim serás no presente e futuro. Espera-me Buenos Ayres Querida, quero assistir a um tango bem dançado,  com aquele passo marcado, exatamente na tua Calhe florida.

quarta-feira, 19 de agosto de 2015




Olinda Mil Vezes Linda.
J. Norinaldo.



Olinda, que triste é ter ver de longe, ou num retrato pendurado em uma terra distante, quem te conhece não merece tal castigo, viver contigo seria viver bastante. Ó Linda cidade, onde a felicidade um dia aportou sua nau, Olinda com seus bonecos gigantes, com seus folguedos nos dias de carnaval como brinquedos deixados por Portugal. Do outro lado no além-mar há um país, que tanto quis que suas aldeias com Olinda se parecem; como se fossem obras da mãe natureza tanta beleza de dois países que se merecem. Olinda como eu queria ser poeta, para a ti dedicar uma poesia;  ou um pintor para retratar  com primazia, tanta beleza que a natureza te legou, até parece que a Mão do Criador fez um recanto, um jardim para o seu deleite, Pernambuco é meu estado e o amo mais ainda porque Olinda é o seu maior enfeite. Recife é bela, como um recife de corais,  duas deus que usam o mesmo pedestal; que pensaria Pedro alvares Cabral avistando do castelo de proa da sua Caravela, Hoje em vez de Porto Seguro, também seria bem vida, ver sua quilha apontando para Olinda. Feliz de mim que te conheço e que te adoro, as vezes choro de saudade deste encanto, mas este pranto  será estacado ainda, quando eu ai estiver e for abraço pelos filhos de Olinda.



Porto Alegre.
J. Norinaldo.



Quem tem o privilégio de  andar sobre um tapete de flores, sem andores, sem louvores ou ladainhas, vive amores invisíveis e a alma canta, poesias para pouco perceptíveis. A alegria e a beleza das flores de um Ipê deixa mais alegre um Porto que todos têm que conhecer. Porto Alegre te conheço faz muito tempo e te confesso amor a primeira vista, no nosso primeiro encontro fiquei pensar que és tão bela, quem é o artista que assina tão linda tela, que até o chão é colorido e perfumado. Conheço portos pelo Brasil pelo Mundo, naveguei mares, mundo abaixo mundo arriba, mas até hoje me encanto quando vejo, o sol se pondo sobre o Rio Guaíba. Um Ipê florido, as cigarras no verão, tua beleza como uma dança cigana, em tuas ruas, verdejantes,  eu conheci o grande Mário Quintana. Príncipe poeta que deixou como legado cada poema como uma pedra do caçado das velhas ruas por onde passava o bonde, hoje os velhos trilhos brincam de esconde, esconde, aparecendo vez por outra  n’alguma esquina; És Porto alegre bela com a for do Ipê, e aconchegante como um sorriso de menina.

terça-feira, 18 de agosto de 2015




A Deusa e a Nuvem.
J. Norinaldo



Se na beleza fugaz de uma nuvem, tu vês o mais belo idílio, imagina-te diante da deusa mais bela que já vi quase nua sorrindo para ti, tão bela que nenhum cinzel, nem mesmo o que esculpiu Davi, seria capaz de molda-la. Sem necessidade que lhe gritassem: “Fala” mesmo assim ela te falasse de si. E a tinta que esconde a doçura de mil colmeias e a beleza de mil azaleias em um só bosque encantado, que mesmo se encontrando pintado, a imaginação o poetiza, como se os pelos dourados fossem um trigal a dançar sob uma suave  brisa. As curvas  montes e vales, que fazem a imaginação bailar como a beleza fugaz de uma nuvem que forma um castelo ou monte, que o sol transforma num lindo brilhante e de repente já não existe mais. Esta deusa mesmo sem seu pedestal, vestida apenas com ideias geniais, pinceladas e não por um cinzel, que nos faz  invejar o pincel, sonhando  lamber das mil colmeias o mel, eriçando o trigal como na ventania sentido a sensação de uma nuvem no céu.

sexta-feira, 14 de agosto de 2015




O Sol, Você,  O Poeta e o Pintor.
J. Norinaldo



Sem permissão ou cumprimento, o sol adentra minha sala a enchendo de luz vida e calor, enquanto num canto eu escrevo antecipando o sol se por, numa explosão de beleza tornando púrpura a natureza como um manto de amor. Como um pintor com seu pincel, ao invés de pintar azul o céu, ao entardecer o arrebol com tintas douradas faz o por do sol como a mais linda tela, usando a mesma aquarela mudando somente a tinta, no mesmo lugar, na mesma rua aguarda o nascer da lua e nasce mais  outra obra prima, assim como um poema sem rima, que apenas descreve a beleza sem igual, que nos proporciona a natureza, pintada ou vista ao natural. Numa casa de portas sempre fechadas o sol não entra, espera humildemente  nas fachadas, que uma janela seja aberta, facilite sua entrada não evite, o sol não precisa de convite e nem de tapetes e cortinas coloridas; chega sempre na hora certa e entra onde houver uma porta aberta, trazendo, luz e calor as nossas vidas. O que seria da terra sem o sol, o que seria do pintor sem arrebol e do poeta sem a luz, o que seria das almas sem Jesus. Hoje minha janela está fechada, chove a cântaros lá fora, mas eu sei que o sol não foi embora, e assim que toda essa chuva passar, ele novamente surgirá com toda beleza e esplendor, novas telas inspirará assim como novos poemas de amor, mas mesmo sendo o Astro rei e tendo o céu para reinar, a noite se retira cavalheiro, deixando o céu para a lua brilhar; não existe disputa nem ciúme o mesmo que num jardim uma flor não sofre porque outra é mais bela e tem  muito mais perfume.

quarta-feira, 12 de agosto de 2015






A Minha Janela.
J. Norinaldo.


A TV mais linda é a minha janela, pois dela eu posso assistir a realidade, sem maquiagem, miragem efeito, o que vejo é jeito como a vida anda, como uma ciranda gira sem parar, vem o sol, a lua as estrelas, e eu posso velas sem ser preciso ligar; é só abrir a minha janela e a imensa tela até o horizonte, a definição depende da minha visão e não de um enredo pré-fabricado, como algo ensaiado com tal pretensão. As cortinas do teatro da vida, são as minhas pálpebras cerradas ou abertas, que me mostram as imagens certas  de cada atividade que mudam a cena a sua vontade, sem pensar sem pensar em cadencia elegância ou vaidade, sem esperar aplausos efêmera felicidade. Da minha janela posso ver a tua, cada um ver da sua aquilo que quer, posso ver cisnes negros bailando num lago dourado, do outro lado você vê um lago qualquer; Posso ver Deus no piscar das estrelas e você não vê nada porque não tem fé. Ao fechar a janela quando o tempo passa, ainda tenho a vidraça para ver a chuva, ouvir o lobo que no bosque uiva por falta da lua, enquanto na tua a escuridão  se prostra, por não ter visto nada a não ser solidão, por falta de espaço no coração, e olhos  para ver a beleza que a vida nos mostra. De cada janela avista  um cenário, pode ser a montanha ou um simples canário fazendo seresta com seu belo canto; que não será visto  daquela janela, cujo dono perdeu pela vida o encanto; e prefere o enredo ensaiado e falso na falsa janela  que da vida fala, ligada a parede num canto da sala.



O Ódio é o Pódio do Perdedor.
J. Norinaldo



Quando o sumo do ódio escorrer pela sarjeta, sem crianças brincando de rios em temporais, quando sequer brincarem mais, e os abutres se fartarem no banquete, e o sangue colorar mananciais; quem hoje provoca por vaidade, maldade ou somente insensatez, quando chegar a sua vez de ir buscar os filhos putrefatos, não terão tempo de se arrepende de atos, e quiçá invejem que se foi para nunca mais. O ódio só destrói nada constrói, a não ser altos muros que separam o testemunho está naqueles que gritaram num holocausto já vivido, que pode muito bem ser repetido, seguindo um velho ditado, que quem esquece o passado, pode cometer erro que já fora cometido. Vamos plantar rosas ao invés de urtiga, vamos estender a mão amiga, vamos estreitar a amizade; construir pontes e não muros, se não sabes o que dizes então te calas, vamos atirar fores e não balas. Vamos deixar a sarjeta para chuva, vamos plantar bastante uva para na colheita festeja; o amor que temos para dar, e quantos mais dão amor mais temos, ou morreremos sem saber que o amor que Jesus veios nos trazer, floresce em qualquer coração, mas para isto seu dono há de querer. Um coração cheio de ódio, é o pódio para um perdedor, frustrado e revoltado sem amor; que pisoteia um jardim cheio de flores e perfume e faz seu leito com dejetos e estrume.

domingo, 9 de agosto de 2015




A Menina que Roubava Felicidade..
J. Norinaldo.



Para fugir as goteiras e o mormaço, ela foi morar numa casa com terraço, quarto amplo e climatizado, mas muitas vezes esperava seu amado, com os olhos inchados de chorar, por ter deixado bem perto do seu antigo lar, alguém que amava de verdade. Porém pobre e desprovido de soberba e vaidade acreditava em um amor sem fronteiras, que não a livravam do mormaço ou das goteiras, continua sozinho ali no mesmo lugar. A menina que usou a beleza por moeda, sente agora a dor da grande queda de um pedestal que inexistia; pensou que tudo na vida é fantasia, ou um lindo conto de fada, perdeu a grande oportunidade de realmente ser amada e conhecer de perto a felicidade. Hoje o calor da vergonha é o mormaço e suas lágrimas goteiras da própria alma, de alguém que finge viver uma vida calma, mas na verdade é sozinha sem ninguém. E quem pagou pela beleza, sem certeza também de ser amado, considera-se hoje como alguém foi lesado sabendo, numa transação sem conserto e sem remendo, como poderia uma goteira ser tapada e o mormaço pela brisa amenizada. Nunca esqueça que a vida é uma luta e que quem faz isto, não sabe, mas  passa de uma prostituta.

sábado, 8 de agosto de 2015




Aos Mestres com Louvor.
J. Norinaldo.



É preciso ser poeta, alquimista menestrel, ter inspiração do céu para tanta criação, com um pincel numa mão e na outra uma aquarela fazer da alma uma tela com tintas do coração. É preciso ser fiel a inspiração divina, para florir uma colina que na verdade é uma duna num deserto de miragem, criar a mais bela imagem nas chagas do salvador. Há o poeta da pena, do pincel e do cinzel, pedra tela e papel, mas a mesma inspiração; a alma pega na mão e guia, pena pincel, cinzel  e martelo que reproduz a beleza que existe na natureza,  de um simples botão de rosa que se abre ao amanhecer, até o monte gelado ou o bailar de um colibri, corre o pincel sobre a tela a pena escreve mais uma poesia e bela e o cinzel cria Davi. O mundo é um poema, cujo tema é a beleza, quem pintou a natureza e esculpiu as montanhas, fez os vulcões nas entranhas das profundezas da terra; não foi quem criou a guerra, a competição o pódio, não disseminou o ódio que invadiu corações, mas deu as inspirações para as mais belas poesias, sejam na pedra ou na tela, no papel ou na  areia; e como para uma mãe, não existe cria feia; não me importa o motivo agradeço por estar vivo e ter diante de mim o quadro da Santa Ceia.



Ao Poeta flor e Perfume, ama qualquer Poesia  comparação ou Ciúme.
J. Norinaldo.



O Poeta é o herói que junta tritura e  moi  uma grande carga de mágoa, para transformar em água e depois regar seu jardim, e assim mesmo como falo com  terra adubo e talo e na ponta surge uma flor, como um casulo de amor que ao mundo doa o perfume sem vaidade ou ciúme, mesmo que os seus espinhos venham representar a dor. O Poeta é o herói que enfrenta em suas labutas a mais inglória das lutas absurdas sem razões; que são as comparações como se as poesias fossem mísseis gerados em frios paióis, guerra de heróis contra heróis, como se existissem Sóis para se Por para cada um. E aquele que peleja sabe que no fim da peja depois das flores colhidas, só restarão às feridas que tem que curar sozinho, causadas pelos espinhos que ele mesmo colheu; mas o sonho não morreu e a luta recomeça como o artesão que em cada peça reveste com seu amor, um novo jardim em flor floresce em forma de verso com a certeza de quem nem todo universo irá sentir seu perfume, pois quem também faz a sua plantação muitas vezes planta  ciúme e  germina a comparação. Feliz daquele poeta que com sinceridade elogia a beleza de quem cria um jardim que floresceu, e sabe cuidar do seu com esperança e amor, consciente que se o seu não vingou  só nasceu talo e espinho, foi por olhar mais para o jardim do vizinho em fim esquecendo o seu. Mas dirão como um Poeta pode ter um sentimento tão insano esse tal de ciúme, não são todos só alguns,  todo poeta é humano esquecimentos são comuns de que as rosas aceitam adubo feito de estrume.