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terça-feira, 30 de agosto de 2016




Cada Caminho Um Poema.
J. Norinaldo.



O teto deste caminho é a abóbada do universo, e cobrirá mais caminhos que as estrelas existentes, e mudará vestimentas como uma noiva se diz; por vezes um  manto negro, outras  vezes branco como um lápis de  giz, olhando para ele oramos pedindo para ser feliz, acreditando que ali está o Deus que amamos. O caminho leva a Roma todo mundo sabe disso, é um ditado tão velho ouvido no passadiço, dos primeiros galeões dos navegantes fenícios. O sol não está presente, pode surgir de repente não menos belo por isso, um rei não tem compromisso e vem à hora que quer e logo dá seu lugar a mais brilhante mulher que ornamentará este teto, construído pelo Maior Arquiteto como o próprio poema diz, olhando para ele oramos implorando ser feliz. Feliz de quem num caminho assim veja a beleza num todo, e não apenas capim e lenha para o fogão, e olhe sempre para o chão, e ao invés de felicidade peça apenas perdão. Embora na alma doa para pedir a quem perdoa com sinceridade no coração e sem nenhuma hipocrisia devemos olhar para o teto e encarar o Arquiteto e não olhar para o chão demonstrando covardia.

sexta-feira, 19 de agosto de 2016




Sol, o Maior Voyeur da Vida.
J. Norinaldo




Tímido surge o sol por entre nuvens, como temeroso o Voyeur se chega à fresta, como a brisa apenas faz tremular a chama de uma vela, como o pintor que duvida do valor da sua tela; o quão túmidos ficaram os seios da moça bela, pintada ao sabor do pensamento passageiro; o mesmo vento que carrega para longe as nuvens, deixando o sol se apresentar por inteiro, apagar a vela, mas não a festa, e o Voyeur finalmente em sua fresta decepcionado com a visão de um celeiro. Diferente do Sol sempre presente, podendo até não ser visto como o vento, que apaga a chama da vela e ao emproar outras deixa atrás de si a procela; ou do pintor que duvida do valor da sua tela; a vida pode para uns, ser muito triste e para outros muito bela. O sol estará sempre presente, doravante como as vela que ajudam a navegar emproadas como os seios túmidos da moça bela, ou o farol que orienta o navegante. O Sol é um só indiferente, se entre a vida, o pintor e o voyeur há diferença, se o navegante necessita sua presença, tímido ou exposto totalmente. Tenho dúvidas, quanto a tela preferida, a poesia ou outra coisa querida, mas maior de todas as minhas dúvidas...Seria o Sol o maior Voyeur da vida?

segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Parabéns Rafaela.
J. Norinaldo



Rafaela Silva, Silva Simples sem E Silva, oriunda da Cidade Deus onde o Silva predomina entre os seus, onde o deus nada lá tem de sublime, e quem olha de longe só ver crime; Rafaela hoje nos redime e leva a quem tem sentimento ao choro, como há muito não se viu na conquista do primeiro ouro do Brasil; és hoje Rafaela nossa Diva, com a tua simplicidade de Silva e uma medalha de ouro no peito e um feito que a história do país não esquecerá; e teu exemplo retumbará em outras cidades diferentes da tua, pois existem muitos talentos na rua, onde o último a dormir... Apaga a lua. Rafaela, a notícia se espalha pelo mundo inteiro; que o  brilho dos teus olhos e da tua medalha, é o maior orgulho do povo brasileiro. O lugar mais alto do pódio e o choro e os aplausos são só teus, e meus também, parabéns a cidade de Deus, parabéns a tantos Silvas que este nosso Brasil tem.

quarta-feira, 3 de agosto de 2016




O Mar, o Vento e o Meu Pensamento.

J. Norinaldo

Quando as palmeiras se curvam como a reverenciar o vento me volta neste momento o grandioso oceano onde eu dia singrei e continuo singrando mesmo que em pensamento. Nas noites negras soturnas nas minhas rondas noturnas  nos sonhos longes e perto lá no porto de partida, como se estivesse num oásis no maior deserto da vida. Quando a onda chega à praia como um vestido de noiva feliz pelo casamento, e as palmeiras eretas balançadas pelo vento cantam uma linda canção que repercute na areia, para velhos marinheiros era o canto da sereia. Ah! Que saudade que sinto às vezes quem chora e não mente, quando sentia saudades do continente tão longe de onde estava, de onde me embalava com o vento que ora curva as palmeiras como se fossem as bandeiras que enfeitavam meu navio, mensagens que poucos entendiam não importam o que diziam, não eram escritas ao leu, pois eram lidas do céu e isto a gente sabia. Por isto a confiança quando surgia a procela e estufava nossa vela como os seios de uma musa, a correria confusa  para salvar o navio, e honrar nossas bandeiras fazendo calor ou frio sem importar o momento era sempre o mesmo vento que que ora curvam as palmeira. Sinto saudades, dos golfinhos das baleias e do canto das sereias que existiam em meu pensar; sinto saudades de tudo, sinto saudades do mar e da escondida talude, ah! E da minha juventude que ousava enfrentar o vento que enfrentam as palmeiras, são saudades verdadeiras como verdadeiro é o vento, ligeiro sei é verdade, mas para minha felicidade menos que meu pensamento.