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quarta-feira, 30 de maio de 2018




Vinho e a Vinha.
J. Nori.


Uma Vinha e a outra ia, não eram estradas ou caminho, uma era para fazer vinho, a outra ia a orgia, como muito vinho rolando, como duas mão orando, como se algo pegando, mas nada havendo entre elas, como os punho de uma  rede não esmurrando a parede, mas se segurando nela, uma parede sem janela. Uma janela com grades, onde o sol mesmo se prende, mas sai a hora que quer, pois não há prisão que tema, ainda não foi feita uma algema que prenda uma ideia, um ideal ou a fé. Podem até prender a vida, mas jamais um pensamento, quem poderia alcança-lo, nem a luz ou mesmo o vento; que façam o maior alarde, que encham o mundo de grade que a liberdade sobrevive; prefiro ser morto livre do que livre acorrentado. Não reze porque lhe mandam, não atire pedras porque devem ser atiradas; pois quem constroem os escudos também fabrica as espadas, quem já lhe prometeu os muitos, podem lhe trazer os nadas. Não nade contra a corrente, nem se acorrente por si, siga sempre este lema, quem lhe aperta as algemas, não é o senhor de si; pode ser somente um lacaio um sabujo, um reles molambo sujo que nasceu para servir. Vive neste mundo a esmo, só não servido a si mesmo por só saber bajular; termina morrendo a míngua, lustrando botas com a língua a qual não sabe falar.