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terça-feira, 31 de julho de 2018




A Vida.
J. Nori



Não é uma chave entrando, é a vida se libertando mostrando o que é viver, saindo por onde quer, é a vida que invade aquilo que prende a grade que tenta reter a fé. Que bela cena aos meus olhos que quiçá nem a merecesse ver, pois a vida sem entrave, não tem grade e nem tem chave só é necessário viver. Onde está a liberdade, do lado de cá ou de lá, será que após o inventário será gravado o cenário que este quadro nos mostra a perseverança de uma planta ainda criança nos mostrando que a vida, só precisa ser vivida, com fé, amor e esperança? Ah! Se eu fosse um poeta, ou se soubesse pintar, para este quadro gravar e depois lhe pendurar na parede de um castelo, ou quem sabe de um barraco com uma mensagem escrita, que a vida é tão bonita esteja ela onde está, onde até a própria ferrugem serve para lhe adubar. Este velho cadeado foi feito para prender, como deveria se sentir se pudesse entender, que mesmo feito de ferro e unir peças potentes de tão pesadas correntes, algo tão frágil e meigo, infenso aos olhos de um leigo ou alguém sem coração, fugindo do cadeado como um elo da corrente escapando a escravidão. Te amo minha poesia querida, pois a cada momento me mostras que não há grades nem portas que possam prender a Vida.