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sábado, 30 de abril de 2011


Rei Morto, Rei Posto

J. Norinaldo.


Chegou a hora de se despedir do rei,

Beijar-lhes os pés elogiar seu manto,

A voz tremida de tanta emoção,

O medo surdo que a alma grite;

Já não suporto este fingido pranto,

Atira rosas a quem te negou um pão.


A sombra ereta que nunca se curva,

Reza de pé pra não ficar de joelhos,

E mesmo agora destila o conforto,

Somente os abutres têm outra visão;

O rico manto estraçalham ao vento,

Se não escondem já o rei no chão.


O rei se vai, mas a coroa fica,

E se justifica o tal pranto fingido,

Se todo luxo que vai no seu caixão,

Sem nenhum vassalo a querer segui-lo;

Alguém pudesse transformar em pão,

O fingido pranto não seria em vão.


Chegou a hora de cobrir com terra,

O senhor da guerra, em fim meu senhor,

Ficará tristeza em sua despedida?

Daquele que em vida comandava a morte,

Consorte de um reino,n um trono de ouro...

Mas, por fim se vai sem comandar a vida.


quarta-feira, 27 de abril de 2011


O Lobo e a Noite.

J. Norinaldo

Salpicar a noite com pingos de medo,

Criando segredo para a escuridão,

Confiar no lobo que dentre a matilha,

Durante a partilha doa seu quinhão,

Semear o campo ter seu parreiral,

Fabricar seu vinho com a própria mão.


Manter seu rebanho bem perto da fonte,

Não descer do monte por causa do vento,

Não mover as pedras sem haver motivo,

Não viver cativo de um pensamento;

Não colher o fruto se não sentir fome,

Não tirar do pássaro o seu alimento.


Não ser o primeiro a atirar a pedra,

Sem antes fazer uma reflexão,

Não condenar antes de escutar o réu,

Lembrar das palavras daquele sermão;

E que a escuridão é do dia um véu,

Como o peito esconde o nosso coração.


Amar o cordeiro que a mãe não aceita,

Se ela rejeita deve haver razão,

Só a natureza sábia e coerente,

Pode de repente ter a explicação,

Só quem arquitetou a criação do mundo...

Tem nosso destino na palma da mão.


domingo, 24 de abril de 2011


Feliz Páscoa.

J. Norinaldo.

Esculpir Jesus com cacau e mel,

Pra tirar da boca o gosto do fel,

Por plantar espinhos que a fronte enfeitou,

Por ter esquecido que somente o amor...

Que ele ensinou é que leva ao céu.


Dos ovos inférteis do papel brilhante,

Que a inocência garimpa e consome,

A linda colheita que enrica o mercado,

Do Deus festejado ninguém sabe o Nome,

E o campo é desnudo com o trigo ceifado.


Os sinos não tocam, pois ninguém escuta,

Com o barulho da luta da sobrevivência,

E os pequeninos em verdadeira luta;

Em busca dos ovos que enganam a inocência,

Até que esquecem também na labuta.


Segue a humanidade esquecendo tudo,

Que ele pregou no Sermão da montanha,

Hoje a colheita é de quem chegar na frente,

O coelho põe ovos como uma serpente...

E quem mais tiver é o que mais ganha.


Páscoa Feliz Colheita do Cacau.

J. Norinaldo.

Tive a curiosidade de colocar neste domingo a palavra Páscoa no Google e pedir para pesquisar imagens, somente na primeira página 208 figuras de coelhos e ovos de chocolates coloridos, e 8 figuras que lembram Jesus Cristo.

O Google é como se fosse um depósito das nossas idéias, nossos anseios, nossos sonhos, nossas vontades; ali colocamos o que queremos mostrar de melhor ou de pior para outras pessoas, digamos que o Google seja o almoxarifado da vida moderna, e que agora na Páscoa, precisando de material para montar minha festa, fosse ao almoxarifado buscá-lo, encheria minha casa de doces e coelhos.

Está mais do que provado que estamos esquecendo O Nazareno, lembrando-o somente nos gritos dos pastores que não podem de maneira nenhuma esquecer o dízimo, que sequer temem por tanto gritarem por ele, deixem as suas ovelhas totalmente surdas.

Outro dia, sem sono liguei a TV de madrugada, bem na hora o pastor dizia com muito ênfase: Vocês precisam urgentemente fazerem suas ofertas, 10, 20, 50, 1000, 200 Reais, mas isto tem que ser ontem, não me venham com cartão de crédito, pois não tenho como adiantar este dinheiro, tem que ser em espécie; Tenho que pagar, pagar não, completar um pagamento e estão me faltando exatamente um milhão e meio; isto não é brincadeira e vocês tem que entender.

Desliguei a TV pensando: Quem deve a Deus realmente tem que pagar no dia, e como Deus não deve aceitar cartão de crédito por saber da robalheira dos juros, realmente tem que ser em dinheiro vivo.

Assim como o pastor, os coelhinhos e os ovos no Google, grande maioria tem endereço e preço, cada um querendo lucrar seu quinhão em nome Dele. Eu devo muito a Deus, devo a vida, devo explicação dos meus pecados, até da soberba e da presunção de talvez estar escrevendo este texto pensando em aparecer defendo-o quanto não tenho Dele nenhuma procuração. Mas tenho certeza que efetuarei o pagamento na hora certa, posso até já ter caído no conto do vigário, mas no Conto de Deus não cairei nunca. Prefiro saber que a dívida cada vez aumenta mais, Ele é Misericordioso e saberá esperar o pagamento, afinal fugir não poderei.

Um milhão e meio para completar o pagamento de uma dívida, eu correndo atrás de cinco mil Reais para fazer um livro e não consigo. E já nem posso mais pedir a Deus, estou complemente sem margem com Ele. Fazer o que?

quinta-feira, 21 de abril de 2011


Feliz Páscoa.

J. Norinaldo.

Não me ensinaram nada, a não ser não comer com a boca aberta, a dormir na hora certa e a escovar os dentes, não tinham tempo, tinham outros a fazeres, seus prazeres, pois a vida é muito curta e ainda há os presentes. Ovos de páscoa, os coelhinhos, mais um carro, mais um boneco de barro e a vida continua. Assim, o que vou eu ensinar para os meus filhos num futuro que virá? Que sei eu dizer sobre o Nazareno, sei que veio nos salvar, para nos mostrar a luz, mas terminou numa cruz que tenho aqui no pescoço. Se nos salvou ninguém também me explica e a vida se complica em massacres e chacinas e o mundo é um combate, agora por chocolate na Páscoa que se anuncia. Chegará um dia, que até Ele será item no mercado, muito bem embrulhado pra meninada comer. Esta certo que Ele disse:” Este é o Meu Corpo, tomai e comei, este é o Meu Sangue, tomai e bebei” mas era em forma de vinho pão que o homem há muito consome, e o que é Ressurreição, será que também se come?

Obrigaram-me a decorar uma oração, sem me explicar a razão por que rezo quando preciso, quando estou indeciso pra tomar uma decisão, o que não entendi, ninguém sabe me dizer por que? Ela diz: Perdoai nossas ofensas, assim como perdoamos a quem nos tem ofendido? Então por que tantos bandidos na terra, por que inventaram a guerra, e eu não sei perdoar ninguém?

Sabe o que sei bem, e o que vou fazer agora? Vou comer meu chocolate, me empaturrar sem demora, pois tudo tem sua hora e Páscoa é só uma vez por ano, meus filhos, vão aprender na escola do futuro, por trás de grades e muro, o que não lhes ensinei, por que também não aprendi e até hoje não sei, se ele veio nos salvar, por que na cruz o Preguei.

Mesmo assim, uma Feliz Páscoa a todos. Não pergunte o que significa, já disse acima que não sei.

quarta-feira, 20 de abril de 2011


Sou Verdadeiro em Sonho.

J. Norinaldo.

Eu tive um sonho. Dormi muito cedo e chovia quando me deitei, pensei em dar uma cochilada, mas que nada ferrei num pesado sono. Acordei, ainda chovia, não me lembrava bem de todo sonho, mas não tive dúvidas fui ao computador e escrevi o que me veio a mente.

O bojo central do sonho, era uma propaganda que queriam que eu fizesse, para a televisão, e sobre a chuva. O que eu teria que dizer, realmente não lembro, só sei que relutei até o momento que acordei e não fiz a tal propaganda. Eu e uma moça, magra deveríamos dizer alguma coisa, a tal moça, já se encontrava debaixo de chuva fazia tempo, dizendo suas palavras, de pé, com as mãos para cima, repetia em voz alto, algo que eu não conseguia decifrar, apenas uma palavra vez por outra.

Só lembro, que várias pessoas, de terno e gravata, com pinta de executivos e empresários, falavam comigo em voz alta e ao mesmo tempo, dizendo: “Vai lá, o que te custa? Você sabe o texto”. Eu continuava relutando. Ouvi alguém a quem muito considerava dizer: Se você não fizer outro faz, esquece essa história de verdade, pois ela só te dará o que te deu até hoje, isto é nada.

De repente me lembrei de Jesus Cristo e gritei: Mas ele disse a verdade, disse ainda que era a verdade e a fé. Ensinou-nos a dizer a verdade, por que então vou mentir? E esta mesma pessoa me perguntava baixinho, como se só eu pudesse ouvir tal pergunta: Já que sabes tanto dele, diz-me o que foi que ele ganhou?

Ai, olhei para a moça, que me pareceu bem mais feia, com os cabelos grudados ao corpo, e pude entender algumas palavra que dizia, não vi as câmaras que a filmavam. Ela dizia: Senhor, fomos nós dois, podes nos punir. Estamos prontos a cumprir o Teu castigo, em nome da verdade.

Eu acordei assustado. Fomos nós dois que fizemos o que? Pelo jeito queriam me pagar para assumir algo que não fizera, já que relutava falando em verdade. A verdade é que durante o resto da noite e da chuva, refleti sobre aquelas palavras: Já que sabes tanto dele, diz-me o que foi que Ele ganhou?

Agora pensando bem, o que foi que Jesus ganhou realmente com a verdade? Reflita, bem com calma e tente responder para você mesmo (a). Além de uma cruz pesada para carregar, e depois nela ser pregado até a morte. Segundo nos conta a história, ou parte dela. E ai, pensei: Mas hoje ele tem milhões de seguidores em todo mundo. Além de não ser uma unanimidade, desses milhões, poucos sabem muito sobre ele, e os poucos que sabem fazem talvez a propaganda que me recusei a fazer; cobrando muito dinheiro por ela. Não por ser o dono da verdade ou tão honesto, mas por que em sonho pode acontecer qualquer coisa.

Mesmo assim O respeito e o amo, pois com certeza outro em Seu lugar, ao invés de dizer no final: “Perdoai-os Pai, pois eles não sabem o que fazem”. Gritaria feito um louco: Eu quero um Advogado. Ou Fala sério Pai! Olha só no que me meti pregando a Tua verdade.

Sei lá, pode até ter sido apenas mais um sonho, sei que mesmo no sonho não quis me comparar a Ele, me parecia mais ser uma questão de medo, pois me ofereciam muito por tão pouco, uma mentira, aliás, nada. Um milhão de grande mentiras não vale por uma pequena verdade.

Acordado, já não sei se não faria tal propaganda. E você?

terça-feira, 19 de abril de 2011


Sonhar e Viver.

J. Norinaldo.

A vida me ensinou a amar, mas não disse a quem,

A terra meu deu a uva e sei fazer o vinho,

A vida me deu o sonho e não me ensinou sonhar,

No sonho sou sempre a amado, na vida sempre sozinho,

Se a vida soubesse o quanto a mo talvez me amasse,

Sonhasse um pouco comigo e com meu carinho.


Não sei se vivo a vida ou somente um sonho,

Medonho é não ter certeza do sabor do vinho,

Sozinho é impossível viver um completo amor;

A dor de desperto e não ver mais o parreiral,

Sem sonhos a vida já não tem mais valor...

O vinho vira vinagre ou água com sal.


Queria tanto ter a certeza do amor da vida,

Sonho tanto decifrar os sonhos onde sou feliz,

Converso com meu travesseiro, mas nada adianta,

Os sonhos mudam de cenário e cada um me diz:

Se sonhas, com a felicidade é por que ela existe.

Talvez esteja no sonho de outro quem eu sempre quis.


Ah! Sonhar é tão necessário a felicidade,

A realidade é só mais um sonho que vida criou,

A vida e os sonhos são enigmas, preciso entendê-los;

Se quero provar o sabor do vinho que brinda o amor,

Saber que tanto nos sonhos quanto na vida, existirá dor,

Senão transformo a vida e os sonhos em pesadelos.

segunda-feira, 18 de abril de 2011



Suplicar Afeto.
J. Norinaldo.


Suplicar afeto é como catar restos no lixo da vida,
É cavalgar de costas sem ver a estrada, respirando pó,
Afiar a espada numa pedra mole que a chuva criou,
É como um lobo em plena matilha se sentindo só;
É como correr mesmo sem saber pra onde está indo...
É a solidão que com a própria mão você desenhou.

Conquistar afeto e dividir com outros isto é amor,
Guardar a espada como um adorno para o museu,
Cavalgar de frente, sentido o vento que carrega o pó,
Se preciso, correr tendo que saber se está longe ou perto;
Mesmo no deserto tendo a certeza de nunca está só,
E que a solidão não entra em seu coração, por estar aberto.

Deixar as migalhas para os passarinhos que cantam felizes,
E das meretrizes não comprar o templo em que vive a alma,
Dar um pão inteiro a quem no caminho busca seu destino,
Agradecer a quem lhe oferece o céu como o maior teto;
Ser benevolente com quem não cavalga, mas caminha a pé...
Não trocar a fé pela soberba de não precisar suplicar afeto.

Viver e Morrer.

J. Norinaldo.

Viver é abrir cancelas, se assustar com a luz ao deixar a cela, caminhar sem rumo com o passo no prumo rumo a esfinge. É como quem finge que saiu de um sonho em que colhia rosas num belo jardim, pisando na terra molhada de chuva que na madrugada batia a janela.

Viver, é acreditar que a brisa do mar nasceu para acariciar os cabelos dela, e que a procela vem de outro lugar. Viver, é colher o fruto preservando o galho, escolher o atalho pra chegar na frente, ciente de que a chegada, pode não ser nada como a gente quer.

Viver, é querer estar sempre ao lado da pessoa amada, tomar a decisão errada, seguir a estrada com o passo firme pelo altruísmo, seguir para o abismo sem escutar nada.

Viver, é escutar gemidos, gemer escondido, falar sem sentido sem temer represália. Viver é saber que a sandália te livra do espinho, saber que sozinho mesmo que demore se faz um castelo para ser senhor.

Morrer é viver a vida sem ter um amor.

domingo, 17 de abril de 2011


O Matuto.

J. Norinaldo.

Indiferente as mazelas do mundo,

A águia prossegue trocando de bico,

E o matuto ainda fala em cancela,

O sinete do rei já não tem mais valor;

O poeta protesta já não fala em amor,

A ferida se foi, mas ficou a seqüela.

Modernos ciganos não falam de tachos,

Mascates se encontram em palavras cruzadas,

Matutos discutem com os seus senhores;

Sentados a sombra as bolsas de valores,

Enquanto as pinguelas sumiram das estradas...

Que levam aos museus dos grandes amores.

Os alquimistas incansáveis em busca da verdade,

Vão deixando para trás os retalhos dos sonhos,

No reino encantado onde vivia a felicidade,

O mar açoitou com seus gritos medonhos;

Empurrando pra longe o que não quer por perto...

Formando um deserto com radiatividade.

A natureza chora seu quinhão perdido,

E o homem aturdido segue absoluto,

Os tiranos são postos para fora de casa,

E a guerra clareia a terra que arrasa;

A árvore ainda consegue gerar o seu fruto,

Matuto sou eu que ainda falo em matuto.

sexta-feira, 15 de abril de 2011



Bandeira da Saudade.
J. Norinaldo.

Eu perdi tudo que não tenho nesta vida,
Não terei, nunca tive, mas pouco importa,
Se todas as estradas levam a Roma,
Se na curva do túnel a luz é torta;
Onde poderei buscar a felicidade,
Se na verdade a minha Inês é morta.

A solidão minha constante companheira,
A bandeira que empunho com fervor,
Das migalhas que a maldade me atira,
Sem que fira minha alma sem amor;
Se nos versos que escrevo há mentira...
Foi a própria vida quem me ensinou.

E a saudade numa taça que transborda,
Mancha de fel os lençóis da nossa cama,
Raios de lua entram pela porta aberta,
Como punhais que ferem o peito de quem ama;
Sorvendo o fel dessa taça que transborda...
Gritando, sabendo que ninguém me chama.


A última que se foi, minha esperança,
Só a lembrança do passado me acalanta,
Como os contornos de alguma flor extinta,
Que adornava o altar de um querubim,
Trás seu perfume para que minha alma sinta...
Que a vida vale a pena mesmo assim.

quinta-feira, 14 de abril de 2011



The My Windows.
J. Norinaldo.

Se o castelo fica ao nível da montanha,
O sol chega primeiro ao seu senhor,
E a chuva beija antes seu telhado.
O vitral da janela é um farol colorido,
Que primeiro recebe a luz do sol,
Depois a joga sobre o lago poluído.

Da janela o senhor controla o mundo,
Com arrobas de poder ao seu dispor,
E o castelo não se isola dos barracos,
A humanidade vai procurando motivos;
Vai baixando cada vez mais seus arquivos...
Que engrandece a janela do senhor.

O homem fala cada vez mais diferente,
Indiferente ao amor mais fraternal,
E os dedos tomam o lugar da boca,
Na guerra louca cada vez mais virtual;
A virose envolve a terra com tentáculos...
Sem obstáculos para o bem ou para o mal.

E o amor vai ficando mais distante,
E o deserto urbano tão habitado,
E o destino se resume numa frase;
Se penso sei que existo numa tela,
Mas não viverei mais sem a janela,
Morro quando não puder mais mover o mouse.

quarta-feira, 13 de abril de 2011



A Fábula Tola ou a dor da Realidade?
J. Norinaldo.

Contaram-me faz muito tempo uma historia, não sei se verdadeira, vou tentar narrar aqui. Um homem vendia verduras próximo a uma escola, numa barraquinha, todos os dias, quando fazia sua refeição do almoço, a garotada saia da escola, e alguns jogavam terra ou outras porcarias na marmita do pobre vendendor, isto durante muito tempo. Até que um triste dia, o homem não agunetando mais aquilo, atirou algo num dos meninos terminado por matá-lo. O homem foi preso em flagrante, e a população teve que ser contida para não linchar o criminoso. Este homem durante o julgamento, dispensou seu advogado assumindo a sua defesa, nem sei se pode, aqui pode. Pois bem, começo o julgamento e foi dada a palavra a defesa; este cidadão, levantou-se, olhou para o Juiz e disse: Meretissímo Sr. Juiz, virou-se para os jurados e disse: Srs. Jurados. Deus alguns passosos e repetiu a cena: Meretissímo Sr. Juis, Srs. Jurados. E assim foi por algum tempo, repetindo sempre as mesmas palavras. Não se passara 10 minutos, o Juiz deu de mão no seu martelo, quase o quebrando gritou: Ou o Sr. Diz o que pretende, ou mando prende-lo imediatamente por debochar desta corte.
E ai, o homem disse: Meretíssimo Sr. Juiz, Srs. Jurados, tão puco tempo faz que repito as mesmas palavras e os Srs. Já não aguentam mais. Agora imaginem o que aguentei durante mais de 3anos, esses garotos jogando terra na minha comida, que minha esposa me trazia todo dia, já que não tinha quem ficasse tomando conta da minha barraca. Segundo o final da fábula que alguem me contou, o tal verdureiro foi absolvido.
É claro que não passa de uma fábula, mas agora imagine alguém que vai a primeira vez a escola, cheio de sonhos, de felicidade, de encontrar e fazer novos amigos, e lá encontra um ambiente totalmente hostil, onde este passa ser considerado o inimigo público n° 1, simplesmente por ser feio. Coisa que talvez nem soubesse, pois no ambiente de onde veio, jamais alguém lhe diria isto, ou se dissesse não acreditaria.
Já que estou falando de fábula, vamos criar uma aqui e agora. Digamos que alguém descobrisse, que Welirgton Meneses, o causador da tragédia de Realengo, por ter sido humilhado e achincalhado por colegas na escola, tivesse esses pensamentos macabros; e ai, procurassemos respeitaá-lo, como? Elevendo sua auto estima, convidando- para fazer palestras nas escolas, mostrando como é cruel o constrangimento coletivo contra alguém indefeso, principalmente por meninas, algumas das quais quem sofre essse tipo de agressão, chegou a sonhar com um mundo encatado. Será que daria certo? Em vez de dois revolveres, duas pastas, uma contendo relatos, outra contendo o video que tristemente foi descoberto depois do ocorrido, mostrando o que pensava antes, quando era humilhado, e o que passou a pensar depois de valorizado.
Pensem nessas duas historinhas, um pouco sem graça, reconheço, mas se tivessemos tomado conhecimento e dado alguma atenção pelo menos a primeira, quem sabe agora estarimos rindo em vez do rio de lágrima derramdo neste país.
Vamos ter mais atenção aos diferente, não vamos ficar indiferentes ou coniventes com as humilhações por estes sofridas, por que partem de crianças e adolescentes, nestes também existe maldade, porém é como algo que está sendo formado, ainda mole que pode ser modificado, depois de duro, se torna bem mais dificil.
Tenho uma composição de um Samba, que espero um dia ve-lo cantado, que diz: Quem desdenha um irmão por sua cor, critica o autor da obra indeira, está virando as costas para o amor, e empunhando as correntes por bandeira.


Surpresa nenhuma, eu já tinha escrito isto.
J. Norinaldo.

A maioria das pessoas me desrespeitam (sic), acham que sou um idiota, se aproveitam de minha bondade, me julgam antecipadamente. São falsas, desleais. Descobrirão quem eu sou da maneira mais radical numa ação que farei pelos meus semelhantes, que são humilhados, agredidos, desrespeitados em vários locais, principalmente em escolas e colégios, pelo fato de serem diferentes, de não fazerem parte do grupo dos infiéis, dos desleais, dos falsos, dos corruptos, dos maus. São humilhados por serem bons." Conteudo do video feito por Weligton antes do massacre. Fonte Uol.
http://www.youtube.com/watch?v=U8hAvsh9I0k&feature=player_detailpage#t=87s
Quem acompanha o que escrevi desde o dia do massacre de Realengo, poderá ver que tudo que escrevi está neste video, como disse nos artigos que escrevi, não sou psicologo, antropologo nem coisa nenhuma, se tinha alguma dúvida de que este rapaz era mais uma vitima do tal Bulling, ela foi desfeita durante a entrevista de um aluno gordinho que escapou ao massacre; e que o atirador lhe disse: Fica tranquilo gordinho, não te farei mal. Fui contestado e algumas pessoas no Facebook escreveram que não acreditavam que isto pudesse gerar uma tragédia, que era um preço muito alto pela intolerancia. É muito fácil alguem escrever ou dizer sem conhcimento de causa, isto é, sem nunca ter sido humilhado, esculachado principalmente por meninas, que consideram rir de alguém que é diferente algo inocente, quando não é.
O que quero aqui, não é justificar tal procedimento, jamais, porém chamar a atenção principalmente de pais e educadores para a prática criminosa do Bulling nas escolas ou em qualquer lugar. Onde está agora a tese de esquisofrenia?
Bulling, Sexting, humilhação e putaria, isto sim, não cabe alguém que tem condições de dar um computador a um filho de menor, conhecendo o avanço da tecnologia, onde hoje existem chaveiros, canetas e outras coisas que filmam durante horas, não saber como está se comportando este menino ou menina no seu quarto fechado durante horas.
Não é raro se entrar em salas de chat, (Bate-papo) e se encontrar pessoas se identificando como maiores, de repente perguntarem se querem ve-la, e ligam uma Webcam, e surge uma menina de 10, 11, 12 anos, toatalmente nua e agindo como verdadeira piranha. Sei que o contrário tambem existe, adultos que buscam tal divertimento. Porém o crime pende somente para um lado.
Adolescentes fazendo sexo, filmam e colocam na Net, ora, conhecem muito bem os seus direitos, se pegos, serão forçados a prestarem algum tipo de serviço a alguma comunidade, que farão se quiserem, sabendo que presos não serão. Agora quem tiver mais de 18 anos e for pego com tal filme, ai sim a cobra fuma.
Enquanto não aprendermos a copiar dos países adiantados, aquilo que os tornou adiantados, e continuarmos copiando o Big Brother, estaremos fadados a ser chacota lá fora, assim como termos pacotes turisticos, com meninas incluidas. Meninas que muitas vezes não são forçadas.
Tudo que escrevi sobre o massacre do dia sete do corrente, continua no meu ? Blog, quem quiser ver é só ir lá, não escrevi depois que vi o video recuperado pela policia.
Não vamos criar mais escolas para as pessoas diferentes, vamos tratar os diferentes com igualdade, e poderemos evitar mais chacinas no futuro.

segunda-feira, 11 de abril de 2011



Ódio ou Loucura?
J. Norinaldo.

Tinge-se de rubro o oceano antes azul,
Uma nuvem cor de chumbo cobre o céu,
A morte ensopa o manto com sangue puro,
E a verdade é escondida sobre um véu;
E os sinos tangem notas de tristeza...
O nome Dele é rabiscado por mais um filho infiel.

Doze condenados sem ter crimes,
Doze luzes que jamais se acenderão,
E um carrasco que se escuda na loucura,
Uma mão que aponta a sepultura;
E sentencia que ímpios não o tocarão,
No pano branco a querer sua moldura.

A dor que fica mesmo longe sem consolo,
No grito rouco de alguém que chora escondido,
Quem sabe amor, carinho e compreensão;
Fosse o antídoto pra alguém não foi compreendido,
Deus jamais fez nascer alguém bandido...
Com tanto ódio e rancor no coração.

Quem sabe,tudo isto poderia ter sido evitado,
Num simples gesto uma conversa com alguém,
Mas quando vemos alguém que fica isolado,
Dizemos: coitado, não conversa com ninguém;
É bem mais fácil virar o rosto para o outro lado...
Do que procurar saber o que aquele louco tem.

domingo, 10 de abril de 2011



BULLING Na Minha Opinião é Crime. J. Norinaldo.



O psiquiatra infantil Gustavo Teixeira avalia que apenas o bullying não é capaz de explicar ataques como o ocorrido nesta semana na escola municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na zona oeste do Rio. A informações da reportagem de Fabiana Rewald publicada na edição deste domingo da Folha. Fonte. Uol.

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Em escolas, o assédio escolar geralmente ocorre em áreas com supervisão adulta mínima ou inexistente. Ele pode acontecer em praticamente qualquer parte, dentro ou fora do prédio da escola.[21] Alguns sinais são comuns como a recusa da criança de ir à escola ao alegar sintomas como dor de barriga ou apresentar irritação, nervosismo ou tristeza anormais.[14] Um caso extremo de assédio escolar no pátio da escola foi o de um aluno do oitavo ano chamado Curtis Taylor, numa escola secundária em Iowa, Estados Unidos, que foi vítima de assédio escolar contínuo por três anos, o que incluía alcunhas jocosas, ser espancado num vestiário, ter a camisa suja com leite achocolatado e os pertences vandalizados. Tudo isso acabou por o levar ao suicídio em 21 de Março de 1993. Alguns especialistas em "bullies" denominaram essa reação extrema de "bullycídio". Os que sofrem o bullying acabam desenvolvendo problemas psíquicos muitas vezes irreversíveis, que podem até levar a atitudes extremas como a que ocorreu com Jeremy Wade Delle. Jeremy se matou em 8 de janeiro de 1991, aos 15 anos de idade, numa escola na cidade de Dallas, Texas, EUA, dentro da sala de aula e em frente de 30 colegas e da professora de inglês, como forma de protesto pelos atos de perseguição que sofria constantemente. Esta história inspirou uma música (Jeremy) interpretada por Eddie Vedder, vocalista da banda estadunidense Pearl Jam. Fonte. Wikipédia.

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Eis ai duas explicações para o Bulilyng, prática criminosa senão aceita pelos pais e professores, senão permitida por lei, também não é perseguida por estes. Uma escrita bem antes do massacre de Realengo, outra após. Especialistas americanos acreditam e afirmam que tal prática pode levar a vitima sim a atos criminosos extremos, como escrevi em outro artigo publicado no meu blog assim como Curtis Taylor o menino americano que cometeu suicídio acossado pelo tal Bulling, outro poderia fazer o mesmo, antes porém matando colegas na escola onde foi por muito tempo abusado. Como será que se sentiram os assediadores ao ver ou tomar conhecimento que Jeremy Wase Dalle se matou como forma de protesto dentro da sala de aula em frente aos seus colegas? Tristes ou realizados? E os seus pais? Não minha humilde opinião de quem sofreu este tipo de ataque covarde e sem sentido, não partem de crianças brincalhonas, e sim de criminosos juvenis. Nada, nada mesmo justifica o que aconteceu na Escola em Realengo, mas agora não cabe discutir se foi ou não motivado pelo Bulling, infelizmente já aconteceu. O que cabe agora é tentar pelo menos evitar esta prática criminosa nas escolas, já que entre adultos é bem mais dificil, usar este triste caso como exemplo, não para os pais, pois o que mais se vai ouvir é: “Isto sempre existiu e vai continuar existindo” Não a tragédia, mas o Bulling, agora de nome novo e bonito, no meu tempo era avacalhar, humilhar, achincalhar. E é bem mais triste quando envolve meninas na parte agressiva. Sinceramente para especialistas no assunto, minha tese é o mesmo que Medicina alternativa para a Medicina tradicional, não dará lucro, pois consistirá em prevenir a violencia, com vigilancia e palestras na escolas e nas casas dos seus pais, tanto dos agredidos, como dos agressores. Desabafo sabendo que serei contestado, mas não me calo, não sou especialista em nada, a não ser em realidade por mim por muito tempo vivida e vivenciada, aliás até hoje. Eu nunca dancei, sabe por que? Quando tinha 10 anos, a minha primeira professora levou uma acordeon para a escola, e fez uma espécie de baile para nós. Nenhuma menina quis dançar comigo, nunca mais tentei.


Preconceito. J. Norinaldo.

A beleza é realmente fundamental, e o preconceito jamais será extinto da face da terra, até por que não é visto em sua totalidade, somente quando pende para um lado. Vou dar um exemplo que a humanidade está cansada de ver, um homem feio ou negro, isto sem generalizar, fica rico ou famoso; o feio desfila em carros importados ao lado de uma beldade, o negro geralmente procura uma loira. Quando se não quisessem sofrer preconceito o certo seria o feio procurar uma feia, e o negro uma negra. Nada tenho contra negros ou feios, sou feio e nunca fui branco. Vi pela TV, uma manifestação num estádio de Vôlei, a platéia lotar o ambiente com faixas e cores que representam o movimento Gay, em solidariedade a um atleta que assumiu sua condição de homossexual e foi discriminado pela torcida de outro clube, não acompanhei bem a história, mas creio que foi isto. Também nada tenho contra Gays ou Lésbicas, tenho a convicção de não ter o direito de interferir ou criticar qualquer pessoa que tenha o direito sobre suas opções sexuais e se isto os torna feliz menor ainda minha chance de meter a minha colher. Não sei se lembram, há pouco tempo houve também uma discriminação contra um jogador de futebol negro que foi chamado por um colega de “Macaco”. Isto foi divulgado amplamente, creio que foi parar na justiça o tal caso de discriminação racial. Posso aqui está sendo leviano, já que não sou um grande torcedor do Vôlei e nenhum fanático pelo Futebol, por este último até já fui, quando havia amor pela camisa, e não rolava tanto dinheiro e glamour. Pois bem, quem sabe a torcida do Vôlei seja mais unida, pois não vi nenhuma manifestação de solidariedade ao atleta negro. Se fizermos um concurso entre o atleta do Vôlei e o jogador de Futebol, para ver qual o mais bonito, quem você acredita que será o vencedor? E quantas pessoas da raça negra votarão no craque do futebol? Houve uma guerra na Bósnia Herzegovina entre abril de 1992 a dezembro de 1995, e quem não lembra o que foi divulgada pela mídia internacional e a nossa? Agora quantas tribos africanas vêm sendo massacradas há décadas, e somente aqueles curiosos tomam conhecimento? Tanto que outro dia, vi num noticiário, ou li em uma revista o seguinte: Se não me falha a memória, no Congo, onde havia um morticínio horrível e que o mundo não tomava conhecimento, começaram a matar gorilas e no outro dia o país era invadido por centenas de jornalistas para divulgar tal fato. Certa feita entrei em uma loja de discos no Rio de Janeiro, e passeava entre as vitrines, quando se aproximou uma moça muito bonita e perguntou-me: Posso ajudá-lo senhor, por acaso procura a sessão de forró? Sou nordestino, apesar da aparência de suíço. Olhei para a moça e senti vontade de mandá-la bem longe, numa fração de segundos, no entanto, achei melhor dar o troco. E respondi: Pode me ajudar sim, mas não busco a seção de forró, já tenho muitos. Estou procurando outra música, e não estou encontrando, poderia verificar se a encontra para mim? Pois não disse ela sorrindo, e o sorriso eu tinha certeza, não era para mim, e sim de mim. Pode me dizer o nome da música e o autor? Claro, respondi também sorrindo. Véspera Solene de Confessores, K-309, o autor a senhorita deve conhecer. Eu ouvira esta música em algum lugar e no momento me veio à cabeça. Imaginem a cara que fez esta moça. Afastou-se, consultou alguém e voltou dizendo que a loja não tinha tal música. Não sei se não estou sendo preconceituoso no meu texto, não é essa minha real intenção, antecipadamente peço perdão se alguém assim entender, o que quero realmente dizer, é que já que não conseguimos extinguir de vez o preconceito, tentemos humanizá-lo de modo que não machuque tantos aqueles que são vitimas dele, levando-os muitas vezes ao suicídio ou a cometerem atos cruéis contra seus semelhantes, muitos dos quais contrários totalmente ao preconceito e a discriminação. Imaginem se aquela moça da loja de discos me pergunta: O senhor prefere o clássico ou o erudito? Qual seria a minha reação? Sem preconceito?

sábado, 9 de abril de 2011



A última Aula. J. Norinaldo


O que mais se ouve em programas de TV sobre a violência nas escolas do nosso país é a falta de segurança, dentro e fora dos muros escolares. Sim, por que dentro também existem drogas e violência e sexo entre alunos e contra professores, isto não é novidade. Levar o filho até a porta da escola, dar-lhe um beijinho atrapalhando o trânsito e voltar à vida normal, comparecendo a escola somente quando é chamado para tomar conhecimento de alguma irregularidade ou para assistir a pecinha em que seu filho é ator, não corresponde à responsabilidade de pai ou mãe. Conhecer o histórico da escola, assim como os procedimentos dos professores, o índice de violência do bairro e principalmente o comportamento do filho ou filha longe de casa, junto com a turminha, isto sim é primordial. Conheci uma família no Rio de Janeiro um casal com duas filhas, lindas, na época a que me refiro a mais velha tinha 12 anos, e a menor 10. Meu amigo sempre se queixava que sua filha maior era uma verdadeira mosca tonta, às vezes era flagrada cochilando até de pé; quase não falava. Um belo dia me contou que foi a sua escola sem aviso prévio, e tomou o maior susto, pois a encontrou no meio de uma rodinha de amigos, e só ela falava e gesticulava. Totalmente diferente. Segundo relato do Apresentador de TV José Luis Datena, o colégio onde ocorreu a tragédia no Rio de Janeiro tinha sequer um porteiro, um porteiro, coitado, talvez se lá estivesse, seria hoje mais um a ser enterrado, mas, se um pai vai a uma escola e nota que não há qualquer segurança para o seu filho, por mais relapso que seja procurará a direção para uma explicação; a não ser que venham tomar conhecimento do fato assim como eu, depois do sangue derramada e através da Televisão. Existem países como a África, locais em que as escolas são verdadeiros presídios de segurança máxima, altos muros, grades e guardas, por causa das feras, leões, leopardos e outros tantos que se alimentam de carne, e não dispensam carne humana, mas não estamos falando da África, da selva, estamos falando de um país onde sequer há guerra declarada há muitos anos. Mas sabemos que não só nossas crianças devem ser confinadas em presídios de segurança máxima para poderem estudar e tentar entender o que acontece com nossa nação e o mundo, o que já não causa espécie, pois nossas casas também estão virando fortalezas, ou casa mata, os que podem já usam vidros blindado e paredes a prova de mísseis, enquanto os bandidos, traficantes e assassinos andam livremente e em breve, criarão um sindicato muito forte para protestar perante a lei contra tanta segurança o que vem a dificultar seu trabalho. Assim como não devemos nos compadecer de todos os velhinhos, por que os canalhas também envelhecem, devemos atentar para os bandidos atuantes em nosso país também foram crianças e adolescentes, muitos deles bem nascidos e mau criados, quando os pais pagam tudo que desejam em troca do afeto e da amizade, até que chegam ao ponto em que não podem mais sustentar seus vícios e seus luxos, partem então para a marginalidade. Por que alguém planeja uma vingança tão cruel contra a casa que o ajudou a se afastar das trevas da ignorância, e contra inocentes que talvez nem venha a conhecer? até hoje sonho com minha primeira escola, e quase morro de saudade e amor por aquela pequena escola no sertão de Pernambuco. No momento em que escrevo este texto, um grupo de meninos e meninas faz uma verdadeira balbúrdia em frente a minha casa, por vezes não consigo sequer escrever, não tenho filhos, mas vivo em sociedade, e todas essas crianças estão gritando longe das suas casas, por que seus pais merecem sossego; e crianças realmente têm que brincar e gritar, principalmente na frente da casa dos outros, por que suas mães não podem deixar de ver a novela. Uma vez em um sítio de um amigo, vi uma galinha avançar sobre uma vaca para defender sua ninhada. Noutra feita fui testemunha de uma mãe que jogou seu filho no lixo. Até quando vamos ver crianças e adolescentes sendo chacinadas por se encontrarem indefesas? Simplesmente por que acreditam em Super Heróis? Ouvi num relato de uma das meninas que escapou do massacre: Eu não sei o nome de armas, acho que era uma metralhadora. Quantas morreram sem saber o nome da arma que a matou? Tenho plena certeza, caso venha a acontecer o advento da Copa do Mundo no Brasil, durante este período o Rio de Janeiro e as cidades que sediarão tal evento serão verdadeiros oásis de tranqüilidade. Por quê?

sexta-feira, 8 de abril de 2011



Ser Diferente.


J. Norinaldo.



Segundo vi no Jornal Nacional, estudo realizado nos Estados Unidos com perfis de matadores em escolas, 95 por cento deles praticou o crime por vingança. Que tipo de vingança, já que tiravam notas altas e eram considerados bons e disciplinados alunos? Eu sei. E não fiz nenhum tipo de estudo ou pesquisa sofri na carne motivos suficientes para pensar em loucas vinganças. Tive que lutar muito contra este sentimento, e nessa luta terminei me vingando de mim mesmo, tornando-me alcoólatra chegando ao fundo do posso. Para uma grande parte da humanidade, Deus quando fazia sua mais bela criação, ou seja, o homem, utilizando o barro e o Seu talento, não primava pela uniformidade, vez por outra distraído fazia alguém diferente, até para evitar a crítica que criara apenas uma forma e dela fazendo todos iguais. Vez por outra seus auxiliares deixavam alguém ainda mole cair ao chão, e voltavam com a criatura torta e feia para o Criador. Senhor, perdão, deixei cair essa criaturinha que ficou horrível de feia, pode consertá-la? E O Pai, em sua imensa sabedoria lhe diria: Não filho, deixe-a assim mesmo, senão essa bela criatura que acabei de fazer, não terá com que se divertir. Será? Psicólogos e psiquiatras dão sua versão a toda hora, teoria aprendida em bons colégios, sem nunca ter vivido nenhum tipo de preconceito. Tipo aquele menino ou menina que está sempre presente na charge do jornalzinho do colégio, ou que tem medo de olhar para trás quando passa por um grupo de colegas, sabendo que estão imitando como anda. Isto do primário a faculdade, quando este consegue superar este tipo de agressão continua e maldosa, muitos abandonam os estudos e se tornam introvertidos, depressivos, quando não abraçam o vício como eu fiz, por medo de tomar uma atitude criminosa e catastrófica, como a que aconteceu recentemente no Rio de Janeiro. Está mais do que na hora da sociedade atentar para algo que acontece diante dos seus narizes, das escolas, onde há grande reunião de jovens e crianças, começarem a ensinar um comportamento igual para as pessoas diferentes, para que esses diferentes possam sonhar igualmente como os iguais, e não usar o seu tempo pensando em vinganças, que muitas vezes concretizam, gerando rio de lágrimas, e em pessoas inocentes que nada tem a ver com sua louca vingança. Vi também no Jornal Nacional, quando apresentaram o jovem que entrou num cinema com uma metralhadora e matou várias pessoas. Viram que aquele jovem nada tem de bonito, pelo menos a beleza de consumo, tão usada para qualificar uma pessoa. Não estou aqui pedindo tratamento diferenciado para quem é diferente isto seria preconceito, apenas tratamento igual. Dizer que alguém feio é bonito talvez seja até pior que dizer que ele é feio, e até pode se dizer, depende da maneira. Tentar mostrar que o assassino de Realengo matou mais meninas, por estas serem mais pontuais e entrarem na sala primeiro, sentando-se as primeiras carteiras, é tão prático e tão conveniente, como dizer que por terem mais cabelos, isto chamava a atenção do assassino. Vamos ter coragem e enfrentar a verdade, que pode não ser a minha, mas acredito que tentar não custa nada, e só tornaria a humanidade mais humana. Quando no Chat você se descreve como um verdadeiro Apolo, achando que se disser a verdade nenhuma gata vai saber de papo com você, está simplesmente passando um E-mail ao criador dizendo: Está vendo? Era assim que eu queria ser, e não essa coisa que me fizestes. Portanto devemos ser o que somos, podemos criticar quem por exemplo: cheira mal por descuido, por ser feio nunca, ou estaremos criticando o Criador por tabela.


A Distancia.

J. Norinaldo.

Se caberei na distancia que a vida nos impõe, Responderei se souber no silencio do meu grito, Meu travesseiro cochicha, mas não consigo entender, Pergunto ao horizonte que teima em fugir de mim, Mesmo assim procuro ver que há sempre alguém mais aflito, E nesse imenso conflito procura não te esquecer. No embornal que carrego, levo a minha esperança, Como o choro da criança em busca do seio amado, Se a angústia da distancia faz esquecer o cansaço, Se os espinhos causam dor sei que ainda tenho vida, Se a tristeza me segue não deixarei que me alcance...  Não sei se existe distancia para o amor verdadeiro, Se o pensamento é ligeiro e não conhece obstáculo, E não contorna a montanha para seguir seu destino; Se caberei na distancia que a vida impões eu não sei, Ou se o meu escudo suporta tanta pancada na vida, De uma coisa sei querida, que jamais te esquecerei.

quinta-feira, 7 de abril de 2011



Vale a Pena Refletir.

J. Norinaldo.

Certa vez interagi num programa da TV Puc de são Paulo, não lembro agora o nome do apresentador. Perguntei ao Rabino Henry Sobel e ao Dr. Draúzio Varela o seguinte: Uma pessoa boa, pode se transformar numa pessoa má, por preconceitos sofridos durante muito tempo? Exemplo: um menino ou uma menina feia fisicamente, que ganha dos colegas apelidos horríveis, e que toda hora lembram a essa criança o quanto ela é feia? Não lembro exatamente o que me responderam, mas lembro na época que as respostas não me convenceram. Não por que eu tenha pesquisado esse tipo de comportamento, e que, portanto tenha um amplo conhecimento antropológico. Não, domino o assunto por que sou vitima dele e há muito tempo. Consegui de certa maneira contemporizá-lo com astúcia, de maneira total nunca; até hoje me sinto mal, muito mal, quando vejo alguém rindo ou fazendo piada da minha aparência, que reconheço nada tem de bela. Conta uma lenda que um Sheik teve um sonho em que perdia todos os dentes, no dia seguinte mandou que trouxessem um sábio para decifrar o seu sonho. Este chegou e após ouvir o relato do tal Sheik disse: Todos seus parentes O senhor assistirá ao enterro de todos seus parentes. O Sheik mandou que lhe dessem 100 chibatadas e o mandassem embora. Mandou que trouxessem outro sábio. Este ouviu o sonho e disse: O senhor será o último dos seus parentes a morrer. O Sheik mandou que lhe dessem 100 moedas de ouro. Quando se despedia um vassalo disse ao sábio: interessante, o outro disse a mesma coisa e levou 100 chibatadas. O sábio então lhe disse. O importante é a maneira como se diz. Por que será que o psicopata que causou essa terrível tragédia no Colégio de Realengo no Rio de Janeiro, disse ao menino gordinho: “Fica tranqüilo gordinho, não vou fazer nada com você”? E porque entre suas vitimas o numero maior é de meninas? Ouvi de um colega que cresceu com ele, numa reportagem da TV Bandeirante, que dizia que ele havia sofrido muitas humilhações. O caso do menino gordinho, como ele mesmo se referiu, não seria por solidariedade, por que aquele menino também poderia ser uma vitima do preconceito dos colegas? Você já conversou com seus filhos sobre o relacionamento deles com coleguinhas considerados esquisitos ou diferentes? Ou acha que as brincadeiras que eles junto com coleguinhas bonitos fazem é um direito e totalmente inocente? Já parou para pensar que muitos desses diferentes cometeram suicídio por causa dessas inocências? Ou alguém que chega a um ponto de pensar que a vida não vale a pena dessa maneira, mas que antes de partir, levará muitos ou os que puder levar consigo? Acredito que vale a pena fazer palestras com crianças nas escolas sobre o assunto, se não se evitar todas tragédias futuras, mas evitando apenas uma o ganho já é imenso. Não quero que mudem ao meu respeito, já estou velho demais para reivindicar este tipo de comportamento com minha pessoa, até por que já não dependo mais de aparência para nada, e sim do que posso fazer e mostrar que sei fazer; mas para crianças que talvez sem intenção se tornam verdadeiros monstros, para aquelas que chamam bicho feio, ou mesmo monstrengo. Nada justifica tal monstruosidade, contra crianças inocentes e indefesas, ou contra quem quer que seja, mas acredito que valha a pena refletir.
Meu Nome é Revolta.

J. Norinaldo.


Consternado pelo triste acontecimento no Colégio de Realengo, Rogo a Deus que dê força as famílias vitimadas para suportarem essa imensa dor. Na verdade já conhecemos esse enredo de horror, quem não se lembra dos massacres a escolas americanas cometidas por ex alunos? O que temos que fazer é repensar nossos conceitos, pararmos de importar o que não presta de países ditos desenvolvidos e ricos, como Big Brother e outras imundices. Deus queira que não vire moda em nosso país, e que vidas inocentes não sejam ceifadas em nome de fanatismo religioso, que prolifera no Brasil como uma verdadeira praga. Acabamos com nossa música raiz, estamos destruindo nossas tradições com rodeios que maltratam os animais para delírio de alguns, agora estamos também aprendendo a matar inocentes indefesos para poder chamar atenção da mídia, esse monstro necessário, mas que tem causado tanto mal a humanidade. Daqui há pouco tempo isto é um episódio esquecido, não pelos pais dessas crianças assassinadas, e vem o Big Brother não sei quanto, e a população ou grande parte dela tem com que se ocupar, assistir a pouca vergonha de casais transando numa casa patrocinada por esta mesma população. A Globo é a culpada? Não. A televisão mostra o que o povo quer ver, e se não houvesse milhões de telefonemas este programa de certo não existiria. Ninguém gosta mais de sacanagem do que eu, porém acredito que para isto devem existirem canais especiais como existem, e locais apropriados. Outra coisa que ouço muito em programas como do José Luiz Datena na televisão, falando que está cansado de alertar para traficantes nas portas das escolas, o que não vejo ninguém dizer, é que os traficantes estão dentro das escolas, ou seja alunos que vendem a droga e ninguém toma uma providencia. É utópico se falar em acabar com só traficantes, no dia em que isto venha acontecer, os usuários tomarão seus lugares, pois já não conseguem mais viver sem ela, e conhecem o poder que o tráfico traz. Está mais que comprovado que jovens que passam para o lado do tráfico, buscam somente o poder e o sexo fácil; pois também já esta mais que sabido, que meninas lindas inclusive bem nascidas, dão preferência a traficantes e bandidos. O cinema brasileiro vem mostrando isto há tempo. Vi uma menina que se encontrava na cena do crime dando uma entrevista a televisão, quando disse: “ Quando vimos que era tiros de verdade, agente saímos correndo desesperadas” A Gente saímos, dá uma idéia do que aprendem nossos alunos em salas de aulas, onde reunidas e indefesas oferecem um alvo fácil para loucos e tarados, para aprenderem absolutamente nada. Vejo também e discordo de apresentadores de televisão ficar dizendo: Não confundam este ato amalucado de um charope que devia estar acorrentado, com religião ou com fundamentalismo ou qualquer outra religião: quantos já tivemos conhecimento de pessoas que deixam de dar remédios para seus doentes, por que o pastor disse que é errado, que Deus o curará? Quantos já morreram por que sua religião não permite transfusão de sangue, e quem delegou poderes a este apresentador para tal assertiva? O que vejo no Brasil atualmente, é o incentivo a super população de miseráveis e filhos que jamais conhecerão o pai, mas que serão criados com o dinheiro de quem paga impostos, para depois ter a sua vida a dos seus filhos ceifadas violentamente por este adotados por livre e espontânea vontade dos governos populistas, que através de bolsas isto e bolsa aquilo, incentivam a fabricação de uma população sem nenhuma perspectiva. Enquanto nos preocupamos como uma Copa do Mundo que favorecerá a poucos, não vemos o caos da saúde, da segurança e do ensino em nosso país. Enquanto isto, muitos pais preferem telefonar para mandar alguém para o paredão do Big Brother, ou ir ao Maracanã ou outro estádio qualquer, do que pagar um sorvete para o filho, enquanto leva um papo de amigo, demonstrando ser seu real super Herói, isto quando não usa o dinheiro para manter o seu próprio vicio. Que este trágico acidente, sirva pelo menos para uma reflexão e uma nova avaliação de conceitos. Que isto não se torne moda, como é nos Estados Unidos, que copiemos dos países mais avançados, aquilo que os tornou avançados, não o lixo dos quais eles querem se livrar.

quarta-feira, 6 de abril de 2011


Triste Canção.

J. Norinaldo.

Debruço-me sobre um velho pergaminho, a partitura das pegadas que deixei pelos caminhos percorridos até então, tiro acordes que me lembram uma canção; que deixa viva antiga recordação de um amor que no passado só eu vivi. A flauta feita de um canudo de mamão, dá a idéia do caminho que sigo agora, Com cuidado andando na contra mão, a valsa triste que das notas vai surgindo, a cada acorde a procura de um refrão. O mais triste numa estrofe se resume, o meu ciúme vestido de insensatez, o amor não aceita desaforo, fui insensato ao duvidar do teu decoro, sofro de fato ao ouvir meu próprio choro, e as vezes culpo o meu pobre coração. Sonhei compor com os meus passos lindos odes, e ora ouça só parte de uma triste canção, sem platéia, sem aplausos sem salão, desafinada numa flauta feita com canudo de mamão.

terça-feira, 5 de abril de 2011


Poema e Tirania.



. Eu já não sei se estou certo ou errado, Pois não tenho falado de amor na poesia, Enfastiado com um mundo tão tirano, Onde o amor só tem lugar na fantasia, E os românticos poemas do passado... Perderam toda a beleza e a magia. Flores adornam conferencias de tiranos, Que citam versos sem saber a autoria, E a hipocrisia assim a humanidade assola, Que vai fingindo se lembrar do romantismo; E com cinismo aceitando a tirania, Poesia no, entanto hoje se copia e cola. Sou cigano, mercenário e não poeta, Um pateta, um duende de algum bosque, Que pretende buscar brilho num poema, Num dilema, numa dor, num beco escuro; No passado, no presente ou no futuro... Ou copiando algum escrito de Bukowski. Um tirano aprende com um tirano, Ninguém nasce provindo da tirania, Um poeta, este sim já nasce feito, Imperfeito como a sua poesia; Escrevendo o que sua alma sente... Adolf Hitler era poeta, você sabia? J. Norinaldo


Apenas Um Sonho. J. Norinaldo. Eu tive um sonho muito interessante, já aconteceu comigo de ter um sonho, e este parecer tão real, que eu saio contando a história como se fosse verdadeira. Certa vez, sonhei com o falecimento da esposa de um amigo que há tempos não via, a coisa foi tão real que avisei a alguns outros amigos conhecidos. Tempos depois, encontrei com este amigo que me deu um grande puxão de orelhas, sua esposa estava bem viva e uma verdadeira fera comigo. Hoje acordei após um desses sonhos, ainda bem que antes de espalhar a notícia tive a sensatez de verificar bem, foi apenas um sonho, mas que sonho. Certa vez li num jornal, ou sonhei com isto, se for sonho peço antecipadamente venham perdoar-me, pois não seria a primeira vez. Pois bem, que os japoneses caçavam botos e os matavam aos montes, simplesmente para proteger uma espécie de Lula muita apreciada como alimento no país, e que esses animais também se alimentavam delas. Fiquei muito revoltado, porém impotente até para divulgar minha indignação, se foi mais um dos tais sonhos, ainda bem. Também sei, e isto nada tem de sonho, que este país é muito criticado pela caça as baleias, apesar de uma cultura tão antiga e de ser considerado um povo altamente disciplinado. Vou contar meu sonho: Estava em algum lugar que não consigo identificar, só sei que não era no Brasil, numa ilha, tentando compor uma música que agradasse a juventude, uma grande ansiedade tomava conta de mim, pois não conseguia me concentrar, escrevia e escrevia e apagava e amassava e jogava no mar, e notava que as ondas atiravam de volta meus rabiscos. De repente olhava ao largo, e via uma grande reunião de baleias enormes e golfinhos, milhões deles, parecia uma grande festa, cada vez chegavam mais, quem sabe não era uma idéia para a tal canção que tentava compor? Mas algo me dizia que não, que aquilo tinha algo muito mais profundo. Em dado momento, todos mergulharam uniformemente desaparecendo da minha visão, passados alguns momentos, voltaram a tona numa velocidade incrível, formando uma verdadeira montanha de água de uma cor estranha, que seguia em alta velocidade na direção contrária a ilha onde me encontrava, até onde pude ver, cada vez mais alta se tornava aquela pirâmide e à medida que o sol nascia se tornava avermelhada. Acordei e imediatamente lembrei-me do tsunami que atingiu o Japão, justamente onde existia um Reator Nuclear, claro que se fosse em qualquer outra localidade não deixaria de ser uma tragédia, que o mundo lamentaria, mas pensem bem: além da tragédia, das mortes provocadas pela onde gigante de 38 metros de altura e uma velocidade fantástica, fica o drama de se livrar da radiatividade, uma dupla tragédia sem nenhuma dúvida. Conheço uma frase de algum pensador que não lembro o nome que diz o seguinte: “O simples bater de asas de uma borboleta num continente, pode causar um furacão em outro continente”. Não, talvez tenha dormido pensando coisas, e sonhei com isto tudo, não inventei, mas foi apenas um sonho, animais como baleias e golfinhos não devem conhecer um sentimento tão vil e inerente a nós seres humanos que se chama vingança, isto só deve existir em meus sonhos e na idéia de alguns cineastas e diretores como Michael Anderson e Alfred Hitchock. Acho que nem devia ter escrito isto, ainda bem que tive a sensatez de não dizer aqui que realmente aconteceu, vou repetir: Foi apenas um sonho.

domingo, 3 de abril de 2011

Oração do Navegante. J. Norinaldo. Oh! Virgem mãe, Senhora dos navegantes, Que guia os barcos errantes para o cais da salvação; Me estende a mão, mostra-me o rumo a seguir, Nunca me deixes cair no canal da tentação. Cobre-me ó Mãe, com o teu divino manto, Deixai que o Teu filho Santo navegue sempre comigo. Afastai-me do perigo e iluminai o meu caminho, E que o leme do meu barco esteja sempre contigo. Que o oceano jamais ruja na procela, Que o vento em minha vela seja constante e sereno, Que o farol que me orienta leve-me ao reino do céu, E que eu navegue sempre com Teu Filho, o Nazareno. Oh! Virgem Mãe, Senhora dos Navegantes, Em nome dos que navegam te ofereço esta prece, Imploro-te ó Mãe querida, que esta oração seja ouvida... E que não deixes perdida, mesmo a nau que não merece.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

A Beleza do Corpo. J. Norinaldo. Não sou e nem quero ser diferente, Sou gente, jovem, velho menino, Estrada, espinho perfume, destino; Um dia estrume para rosas tão belas, Deixando o orgulho pelo caminho, Com o nome gravado no esquecimento. Celebro a beleza com os olhos da vida, Não passo batido nas curvas que vejo, Aspiro o perfume que a brisa bafeja, Prefiro os sonhos em que curvas desejo, Se somente em sonho que em sonho seja, Sonhando espero na vida o ensejo. Quem pintou este quadro escreveu no rascunho, Que o pincel do tempo vai borrando a gravura, Sem nenhum talento e com pouco cuidado; Se nas curvas se escondem a soberba da vida, O pincel do tempo cada vez mais descuidado, Vai desmanchando as curvas e criando ferida. Este corpo perfeito que a vida te deu, Que provoca olhares de ardor e ciúme, Os meus olhos da vida são o testemunho, Não esqueças que as rosas beleza e perfume, Ou das letras pequenas que estão no rascunho... Rosas e corpo, um dia serão somente estrume.