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quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018



O Tempo o vento e a Vida.
J. Nori



A teia que o tempo tece, pelas paredes da vida é como a das aranhas para pescar a comida, cuja presa enroscada será assim devorada e a teia será mantida; remendada, ou refeita, desfeita pelo próprio tempo senhor que em tudo atua, porém nada que toca na sua rede, mata a fome ou a sede que o tempo tem de vida. o vento que embala a rede da aranha ou do pescador, o vento que encrespa o mar fazendo a onda saltar e se atirar contra o rochedo, passa incólume pela rede do tempo sem nenhum medo; paro e penso um momento: Quem seria mais velho? o tempo ou seria o vento? A teia que a vida tece, é fria e indiferente, ao que acontece com a aranha, o pescador e o vento, tenta, mas jamais consegue deter a teia do tempo; que não pesca por comida e nem se acaba com com o vento e nem com o final da vida. Não tente tecer uma teia, como se tece uma meia ou se tecia antigamente, A meia você sabe que irá calçar, a teia não sabe o que vai pescar; o que poderá fazer, se o tempo, o vento e a vida jamais se deixarão prender?

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018





O Deserto da Multidão.
J. Nori.


O deserto não virá até você, a não ser que você fique parado enquanto tudo a sua volta é devastado sem você nada fazer, se for ao deserto não o culpe por mata-lo, ele não tem como ampara-lo a não ser como ele é. O deserto não é somente sol, areia e miragens, existem passagens na vida onde na multidão você estar no deserto como uma aranha sem rede, tendo a água ali tão perto e você pode até morrer de sede. Não se culpe por  estar errado ou certo; fique sabendo que existem seres humanos que não sabem viver longe do deserto; não fique triste por não entender ou não gostar de um lindo Poema, não faça disso um dilema, porque as vezes o tema é exatamente você que não sabia, que não precisa ser poeta porque já é Poesia. Se você acredita em Deus pode crer você está certo, veja o Oásis num deserto quem poderia ter feito? E o camelo? Quem poderia faze-lo para caminhar no deserto? Se você pensa que eu sou louco pode estar certo; pois vivo num bosque lindo, me sentindo num deserto.

sábado, 10 de fevereiro de 2018




O Velho e o Asilo
J. Nori


Eu vi alguém andando com um suéter surrado, empurrando um andador emprestado, de um velho num asilo por ele mesmo abandonado, que quando jovem poder ajudar e não fez; mas desta vez não teve oportunidade e a vida lhe mostrou como ela era, quando o céu escureceu e a chuva desceu, nem teve tempo de chegar até a tapera, a tapera do asilo que esqueceu. Sua lágrimas misturadas com a chuva, eram o vinho da mais amarga uva que a vida produziu que nos seus lábios forçavam para um trago, do vinho amargo da maior taça da construída, ao lembrar quando deixou no asilo aquele que lhe deu a vida e agora se embriaga, com a bebida mais amarga mas terá que ser sorvida. Eu vi alguém muito velho encarquilhado, pedindo que alguém o levasse amparado, a um asilo e ninguém apareceu; a sujeira do seu suéter surrado, e o barulho o andador emprestado do velho que ele um dia no asilo esqueceu. Ah! Esta vida não é somente uma bola, Ah! Esta vida é mesmo a melhor escola, triste daquele que nela nada aprendeu...





Sua amizade.
J. Nori


Eu navego no barco menor, naquele que traz menos peixes, naquele que tem menos redes, naquele do nome apagado, naquele que é sempre multado, porque nunca cumpre todas as regras; aquele que chega sempre por último porque é o que menos motor. Eu Torço sempre contra o Toureiro, mesmo sem nunca ter ter ido a tourada; eu viajo num banco apertado, mas não estou reclamando de nada. Nunca voei de primeira classe, apesar de já ter voado, mas não lembro de nenhum avião que caiu e o pessoal da primeira escapado; Quando pergunto onde achar um restaurante, me apontam sempre o mais barato, agradeço se saio sorrindo, estão apenas tentando ser sensato; me hospedo em hotéis sem estrelas, as vezes as vejo pelo telhado, ainda bem que quando isto acontece, é sinal que o tempo está do meu lado. Escrevo poemas e textos, que as vezes vejo nos sextos de sebos ou algum brechó; mas nã vivo chorando por isso, e quem sabe em razão disso é que a minha vida é uma alegria só. Outro dia eu estive em Paris, muito triste retornei de lá, quando alguém me sacudiu dizendo: Acorda e vai trabalhar. Eu não jogo na loteria, pensando num barco maior, que não precise de peixe e que não pague multas mesmo errado, voar de primeira classe e esquecer o banco apertado, das estrelas do hotel na fachada e não pelos buracos do telhado. O que quero da vida então, um túmulo bem ajeitado? Não! Nada disso me importa! Nem a minha alegria está morta nem tampouco minha felicidade; agora vou revelar com o que sonho mesmo, é coma sua amizade.

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018





Liberdade, a Senzala da Vida.
J. Nori


Seria a Liberdade a senzala da vida? Você se liberta da primeira zona de conforto no útero da mãe e chora, você se liberta de ser criança e reclama porque queria continuar criança, você fica adulto e reclama por demorará para se aposentar, você se aposenta, sonha com muitas coisas, não faz nada e começa a ficar com medo de morrer. Você se lembra que um dia foi feliz quando conseguiu conquistar a primeira garota bonita, depois reclama por se casou e agora vive numa prisão; você se lembra de como era feliz em tão pouco tempo com uma linda gata numa cama e hoje reclama que para você só restou a cama. Você hoje dia ao amigo aos gritos no telefone: Eu defeco todos os dias, durmo quase a noite toda e urino apenas 3 ou 4 vezes; isto é a felicidade agora é conseguir defecar normalmente, coisa que antigamente era normal. Ah! ainda faço uma caminhada até a esquina, quando antes seu sonho era escalar o Everest, até se preparou caminhando centenas de kilomentros. Jogo, não vejo mais, me dá sono e termino dormindo e me assusto quado sai um goal e a garotada grita; antes brigava em casa para correr duas ou mais horas atrás de uma bola. Ah! onde dói? Em tudo que é parte do corpo, mas tem um ditado que diz: Se não sentires nenhuma dor, estás morto. Portanto, sinto, logo vivo. Agora uma pergunta? Quando é que vamos nos livrar de tudo isto? De correr atrás da liberdade, da felicidade, de fugir da infelicidade, de não ter nenhum compromisso, contas, encontros, reuniões? Quando? Quando não precisaremos mais nos preocuparmos se estamos defecando todo dia, qual é a cor e a forma, se estamos dormindo a noite todo ou não dormindo coisa nenhuma. Sabe quando, quando não mais nos interessar em caminhar 100 km ou 100 m, quando não importar se  o pico do Everest tiver a mesma altura  do monte de terra que jogaram sobre nós; isto em fim é Liberdade; descanso, não servia para o descanso dos escravos as Senzalas? Nós somos escravos da Liberdade, libertos ou não sempre haverá uma senzala chamada vida; e o Senhor dos Escravos eu não tenho certeza de quem seja, mas a Senhora da liberdade apesar de não querer mesmo sabendo ser inevitável, sei quem é!. O facebook não estaria sendo a Senzala de muitos?