Sua amizade.
J. Nori
Eu navego no barco menor, naquele que traz menos peixes, naquele que tem menos redes, naquele do nome apagado, naquele que é sempre multado, porque nunca cumpre todas as regras; aquele que chega sempre por último porque é o que menos motor. Eu Torço sempre contra o Toureiro, mesmo sem nunca ter ter ido a tourada; eu viajo num banco apertado, mas não estou reclamando de nada. Nunca voei de primeira classe, apesar de já ter voado, mas não lembro de nenhum avião que caiu e o pessoal da primeira escapado; Quando pergunto onde achar um restaurante, me apontam sempre o mais barato, agradeço se saio sorrindo, estão apenas tentando ser sensato; me hospedo em hotéis sem estrelas, as vezes as vejo pelo telhado, ainda bem que quando isto acontece, é sinal que o tempo está do meu lado. Escrevo poemas e textos, que as vezes vejo nos sextos de sebos ou algum brechó; mas nã vivo chorando por isso, e quem sabe em razão disso é que a minha vida é uma alegria só. Outro dia eu estive em Paris, muito triste retornei de lá, quando alguém me sacudiu dizendo: Acorda e vai trabalhar. Eu não jogo na loteria, pensando num barco maior, que não precise de peixe e que não pague multas mesmo errado, voar de primeira classe e esquecer o banco apertado, das estrelas do hotel na fachada e não pelos buracos do telhado. O que quero da vida então, um túmulo bem ajeitado? Não! Nada disso me importa! Nem a minha alegria está morta nem tampouco minha felicidade; agora vou revelar com o que sonho mesmo, é coma sua amizade.
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