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quinta-feira, 2 de junho de 2016




Coração e alma.
J. Norinaldo



Eu juro que não sabia que nunca cheguei a perceber que era muito mais coração que alma, assim como um barco que é muito mais motor que casco e que por isto será seu próprio carrasco se atirando contra as rochas. Quiçá tarde demais voz do silencio e das ondas,  e das estrelas como tochas tentando orientar um barco que é mais motor que casco um ser que é bem mais coração que alma onde a procela e a calma se unem contra o rochedo macias mais sem nenhum medo assim como barco contra as rochas, desobedecendo as tochas dos faróis que o orientam a seguir avante sem conhecer a alma e o coração, o motor e o casco do barco e do navegante. Eu sou esse barco, cujo casco é tão fraco, como uma nuvem de fumaça, que com a brisa se esgaça e com um motor tão potente que com toda força a frente desmancha-se e se despedaça. E assim, como o arco que lança a flecha que não volta, depois que do cais o barco se solta, não há destino nem calma, ou outro poder nem equilíbrio que possa em fim deter ante a borrasca... Um Barco que é assim como uma fruta que tem muito mais polpa que casca.

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