Translate

domingo, 15 de julho de 2012




Chuaá! Chuaá!
J. Norinaldo.


Quando a areia subir aos telhados, e a montanha parar de crescer, quando a selva voltar novamente e o homem parar de nascer; quando o oceano ficar livre das velas e ninguém o chame de mar, quando as vagas livres ao vento, voltem novamente a cantar: chuaá, chuaá.
Quando o manto negro da noite recortado apenas pelo luar, enquanto a onda mansa, avança na praia a cantar: chuaá, chuaá!
Onde estará a lembrança, do homem que aqui viveu, e que deixou esse mundo, diferente do que recebeu, com rios pesados de lama, que alimentavam este mar cujas ondas já nem conseguiam cantar: chuaá, chuaá.
Quando a areia subir aos telhados, o sol simplesmente voltará a brilhar, o manto da noite novamente é cortado pelos raios da lua que atingem o mar regendo as marés que por sua vez fazem a onda cantar: chuaá! Chuaá!

Sem comentários: